Pode ser que haja tentativas, mas certas coisas são insubstituíveis.
CONTÉM SPOILERS!
A ligação que os personagens foram formando desde o primeiro episódio até agora - penúltima episódio da temporada - deixa claro o quanto se desenvolveram tanto em seus próprios personagens como também desenvolveram suas relações uns com os outros. Muitas ligações, eu diria até imprevisíveis, vêm sendo postas as provas pelos diretoras e para surpresa de muitos - ou não - têm funcionado muito bem.
Vejo que Masters of Sex não tem aquela característica da enrolação, deixando sua quase uma hora de duração parecer minutos intermináveis, muito pelo contrário, a trama se desenrola de uma forma que ao chegar ao final lamentamos por não podermos ficar presos por mais uma hora na década de 50.
Os assuntos abordados tendem a se tornar mais complexos do que uma simples 'novela mexicana', o eventos ocorridos tanto no hospital quanto nos demais cenários provam que a simplicidade não é algo que a showtime preza e por isso com maravilhosos roteiros fazem com que os assuntos diários vividos por cada um tenham uma complexidade fascinante.
Já havia comentado anteriormente, mas mais uma vez é preciso elogiar Ethan, que passou de um residente inconsequente e imaturo para um homem responsável e decidido. Nos primeiros episódios ele se apaixonou por Virgínia de uma forma irresponsável e possessiva, afastando todas as possibilidades de ter um futuro com ela, agora porém, se mostra um sensato apaixonado. Apesar de seu crescimento, ainda acho que há aspectos a serem trabalhados, como por exemplo esse pensamento dele de apoiar Virgínia se ela quiser ficar em casa. Sabemos que isso não acontecerá, pois, como também já mencionado aqui, ela pensa muito a frente de sua época e não a vejo como uma pessoa que simplesmente ficaria em casa sendo sustentada pelo marido, ainda mais depois de provar ser capaz de muitas conquistas.
A aparição do ex marido de Virgínia também ajuda para que a imagem de Ethan melhore perante os espectadores, e até mesmo com Virgínia, que depois da decepção com Bill parece querer levar Dr. Haas um pouco mais a sério.
Eu diria que Dr. DePaul foi um grande revelação na série e ainda mais neste episódio. Chegou com a trama em andamento buscando seu lugar de destaque tanto dentro do hospital, disputando lugar com tantos médicos bem conceituados, como também seu lugar dentro da série, já que quando entrou, a trama central já havia criado forma e os espectadores já estavam acostumados aquele cenário.
Sua antipatia por Virgínia foi superada, ainda mais quanto viu que pode contar com ela, não apenas como nova assistente ou melhor aluna da sala, mas como mulher, que entende o que a outra passa e procura ajudá-la, levando em consideração todos os obstáculos que a vida, a profissão e o mundo machista impõe. Sua confiança por Virgínia é reiterada quando pela primeira vez, fala a respeito de sua doença.
O estudo de Dr. Bill poderia estar melhor se contasse ainda com o auxílio de Virgínia, que, com certeza, era muito mais que apenas uma auxiliadora. Com isso, ele não consegue organizar suas ideias corretamente tem diversas alucinações com sua antiga companheira de trabalho. Afinal, todo estresse de uma apresentação tem subido à cabeça, e não tem ajuda de ninguém extremamente competente para lidar com isso.
Libby, como boa esposa que é, tenta ajudar Bill de alguma forma e acaba sendo útil, além de tudo consegue se divertir um pouco. Não tenho certeza se Bill apenas não admite seus sentimentos de forma exterior, ou se verdadeiramente não sabe o que sente. Mas se a segunda opção estiver correta, acredito que quando Libby mencionou que o casal que participou do estudo 23 vezes pode ter se apaixonado , ele pode ter começado a pensar mais a respeito.
P.S.: Adorei as alucinações. "Vir.... Jane."
P.S².: Masters of Sex foi indicada ao Globo de Ouro como a melhor série dramática.
P.S³.: Michael Sheen foi indicado ao Globo de Outro como o melhor ator em série dramática.
Ficaremos na torcida. O que estão achando da série?