
Melhor deixar o Jazz tocando bem alto essa noite.
CONTÉMSPOILERS!
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Em seus três anos, American Horror Story (devido em grande parte a sua estrutura) descobriu um jeito de puxar coisas no meio das temporadas. Já que a série é pra ser uma colagem tributária de gerações de horror e tragédia, atrocidades da vida real frequentemente entram na mistura para mini-arcos. Às vezes esses loucos são inventados (Leigh Emerson de Asylum, Pigman de Murder House) e às vezes são pessoas reais, ou eventos reais – como The Black Dahlia, uma mulher que achava ser Anne Frank e agora The Axeman.
De fato, Coven foi nessa onda, estabelecida nas primeiras duas temporadas, um pouco mais profundamente através de figuras reais sendo parte da história central – Laveau e LaLaurie. E mesmo com a bobeira de alguns rituais de jazz do Axeman, ele foi bastante verossímil. A carta lida em voz alta no começo? Suas verdadeiras palavras para a mídia. Seus avisos para todos que não tocassem jazz em suas casas à noite? Totalmente legítimos. E dava pra notar que o ator convidado Danny Huston (Magic City) estava adorando o papel, que até se aproxima de seu personagem em Magic City.

Mas esse tipo de episódio também é frequentemente posicionado para nos fazer desviar um pouco, pra dar uma movimentada e apresentar uma história que logo acaba. A grande diferença aqui é que no fim de The Axeman Cometh, o Axeman partiu pra cima de uma Fiona emocionalmente frágil, acabada de sair da sessão de quimioterapia e a ofereceu uma bebida. Fiona que tinha acabado de descobrir que lia mentes, mas que também desejava profundamente ser amada por alguém. Então, ela vai vê-lo como aquele que vai amá-la como ela deseja ou vai descobrir que ele é um psicopata?
Outra semana, outra terrível decisão de Zoe – mas, pra ser justo, seu trato com o Axeman levou à descoberta do corpo de Madison (e sua eventual e nojenta ressurreição). Mas isso, apesar dos avisos de Queenie, também libertou o Axeman para o mundo. Ele que mesmo antes de ser libertado já tinha perseguido uma Delia cega por seu quarto. E agora ele está por aí afora – outra alma velha de New Orleans andando pelas ruas modernas. E ele também (obviamente) odeia bruxas, já que a classe de 1919 o assassinou.
Descobrimos qual era o combinado de Hank – como ele esteve trabalhando por anos para Laveau como assassino de bruxas. Usando Cordelia, que, segundo Laveau, nebulou o julgamento de Hank, impedindo-o de encontrar novas bruxas. Não entendi direito o trato dele com ela, tipo, o que ele ganha por sair matando as garotas de Salem? Porque parece que ele só a obedece pra ele mesmo não morrer.
De qualquer jeito, a tábua de Ouija foi o primeiro erro de Zoe. O segundo talvez tenha sido trazer Madison de volta, mesmo com os avisos de Misty sobre seu estado de putrefação. Mas Madison volta com menos de seu jeitinho e mais vômito. Veremos se ela voltará ao normal, tanto fisicamente quanto mentalmente. Durante a ausência dela entretanto, vimos que Zoe tomou o posto de mandona. Vide seu ataque da motosserra, e frases como “Não amarele agora!” e “Seja uma bruxa!” pra cima de Queenie e Nan. Coisas que vocês esperaria de Madison – como quando ela convenceu Zoe a remontar Kyle.
Kyle ainda não está bem, nada bem. E agora, depois de destruir o radinho de Misty, ele está fora de seu porto seguro. Não tenho certeza sobre porque ele está todo bobão, mas deve ter alguma coisa a ver com a maneira que ele foi revivido, em vez dos poderes de Misty, foi um pacto negro de um pergaminho poeirento feito por bruxas menos poderosas.
Esse episódio, como no do Papai Noel assassino da temporada passada, permitiu que algum ótimo ator mais velho tivesse a chance de fazer um psicopata em AHS. Um ótimo descanso da trama central.