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REVIEW | Glee: 5.14 "New New York"

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New York, New Glee.
CONTÉM SPOILERS! 

Desafios sempre foram recorrentes em "Glee". Durante as cinco temporadas tivemos muitos caminhos mas todos nos levaram até um mesmo ambiente: à sala do coral. O espírito de tudo se encontrava ali. Todas as histórias de superação ocorriam no mesmo lugar, só mudavam de face. Agora a reinvenção foi extrema. "Glee" tem uma nova roupagem e a Big Apple é o centro de tudo o que veremos a partir daqui. O espírito de New York conseguiu amadurecer as coisas e trazer problemas mais concretos, e esse choque de realidade talvez tenha me assustado.

New York, New Rachel. A estrela de Funny Girl já havia se reiventado lá em "Makeover" mas aqui ela tem a opção de se adaptar aos novos costumes de seu loft. Rachel ascende cada vez mais, tanto que anda de carro pessoal pra lá e pra cá, e sua personalidade mudou. Da rainha do New Directions ela se tornou a diva da Broadway, e isso é um passo em tanto, principalmente em tão curto prazo e de maneira tão bem sucedida. Rachel sempre foi egocêntrica, mas a maneira como ela consegue voltar à realidade em segundos é o que sempre me fez admirá-la. Com Artie ela saiu de seu pedestal e voltou a ser a amiga lá do clube do coral.


New York, New Artie. Se no McKinley ele poderia rodar pra lá e pra cá, na cidade que nunca dorme isso ficou difícil. Essa intenção da série de mostrar os problemas de uma cidade como New York me chamou muita atenção, pois foi capaz de enfatizar que nem a cidade perfeita fica longe de problemas. Roubos acontecem, e pessoas comuns não são tão comuns assim. Até os outsiders conseguem se sobressair, e até mesmo passar por cima dos outros. Toda a deficiência de Artie teve uma importância catastrófica para nos mostrar que a vida adulta não é fácil, independentemente de se ter problemas físicos ou não. A interação dele com Rachel foi interessante pois desenvolveu um arco de contraposição. Enquanto ela poderia ir e vir da melhor maneira possível, ele tinha que sofrer tudo para chegar onde queria, até que conseguiram se encontrar no meio do caminho.


New York, New Blaine. Quando Klaine surgiu lá na segunda temporada, a novidade era tamanha que ganhou o respeito dos fãs. O primeiro casal homossexual oficial da série estava em alta, e foi algo inovador até mesmo para os padrões, mas tudo aconteceu de maneira tão natural que eles se tornaram um casal rotineiro como um outro qualquer. Muito bacana ver Blaine tentando e tentando ganhar o seu espaço e precisando levar um banho de água fria para perceber que não é nesse grude que as coisas funcionam. O ponto negativo do episódio foi focar grande parte das suas cenas em um personagem que perdeu a sua graça por tentar demais. Blaine, que deveria ter seguido a carreira de médico como queria, está apenas batendo grade em um habitat que não lhe representa, e isso desgasta o público, que não aguenta ver tanta melação e enfoque em um único episódio.

New York, New Kurt. Ele teve a oportunidade de se descobrir, e aqui ele tem que fazer tudo de novo. A novidade em sua casa não lhe agrada muito, e foi legal ver todo esse desenvolvimento pois nos tirou da zona de conforto ao colocar um personagem tão único em um patamar diferenciado. Se até Kurt estava de saco cheio de Blaine, imagine o público! A relação de Kurt com Starchild, diferentemente da sua com Blaine, vem sendo algo muito saudável para a trama. Podemos ver que a amizade dos dois consegue movimentar algo e trazer o melhor do personagem à tela. A adição de Adam Lambert ao elenco foi um trunfo pois conseguiu transformar todo um enredo desinteressante em algo novo. Starchild é pra frente, e mesmo com Blaine o enfrentando, ele não saiu do seu lugar para querer justificar algo. Starchild vem crescendo em "Glee" e é de personagens assim, como ânimo, que a série precisa para sobreviver em New York.


New York, New Sam. A trama de Sam é algo que deu as caras no início da temporada e teve uma boa recepção, principalmente por mim, pois mostrou um lado que é bem polêmico do mundo da moda. Sam sempre é genuíno, e isso fica claro no momento em que ele se encontra perdido em New York. Até que seu cabelo diminuiu (glória!) e sua carreira começou a decolar. Todo o plot da cueca com bundas salientes serviu para mostrar que todos começam lá de baixo, e se forem deixados levar, podem sofrer as consequências. Gostei que o arco decidiu optar pelo caminho saudável e tirou Sam da outra Sam.

New York, New Mercedes. É sério, o que ela foi fazer em New York? Não era o sonho dela continuar a sua carreira lá em L.A. porque era perto de Hollywood e ela não queria ser um produto nova-iorquino igual a Rachel? Podiam ter trazido uma New Tina. Isso só serviu como desculpa para dar um lugar para Blaine e Sam morarem e trazerem um lenga lenga entre ela e o modelo de cuecas com bundas.


New York, New Me. A série pode mudar, mas se o público não mudar com ela, não tem santo que ajude. Fato é que "Glee" arriscou mas em um momento certo. O seu destino já foi traçado e só teremos mais uma temporada, e talvez essa mudança tenha ocorrido para trazer a série de volta à vida. Ainda bem que isso aconteceu e terá um prazo de validade. Fato é que o público tem que aceitar. Todos crescem, e o reboot de tramas do McKinley estavam sendo desgastados. A primeira impressão dessa nova fase foi ok. Não foi nada maravilhoso, mas nada péssimo, só diferente. O spin off se tornou a série principal, e os problemas de "Glee" lá atrás desapareceram para dar um ar mais adulto à série. O público tem que mudar com ela e aceitar que isso acontece. Eu aceitei.

P.S.: No próximo episódio a review volta do jeito de sempre, só quis seguir o padrão e fazer New York, New Review. rs

E vocês, o que acharam do episódio? Gostaram do novo rumo que a série tomou? 

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