REVIEW | Suits: 2.12 "Blood in the Water"

Ações e consequências.

"Suits" mostrou o grande poder que tem com "Blood in the Water". O episódio foi todo focado nas estratégias de Harvey Specter e sua turma para tirarem a Pearson Hardman da lama. Tudo foi motivado pelo simples caso da semana que envolveu Trent Devon, um esperto mestre da tecnologia que quase bateu o Google. Trent, preocupado com suas ações, bisbilhotou tudo sobre a firma e descobriu a Guerra Civil interna de nossos advogados. Obviamente isso lhe trouxe preocupação, mas foi o coringa para a derradeira bola de neve que desceu a colina durante os quarenta e poucos minutos de episódio. 

É isso que faz "Suits" ser uma das melhores séries atuais, na minha opinião. A grandiosidade de um único caso foi crucial para todas as histórias. Mas quem mais se destacou foi Louis Litt. O agora sócio sênior tinha a faca e o queijo na mão para jogar tudo fora, mas foi sensato, coisa que seu rival Harvey Specter muitas vezes não é. Louis Litt é o cara que ninguém quer mas que ninguém consegue se livrar, principalmente Harvey. Contudo, o crescimento de Louis na série só vem a ser um ganho para o telespectador, principalmente pela sua ardilosidade e receio, principalmente com Harvey. Os tempos de Hortelino e Pernalonga dos dois não existe mais, e as atitudes à la Ralph Wolf and Sam Sheepdog só crescem a cada episódio que passa. Falando nisso, adorei essas referências que Louis citou rs. 

Desta vez, Louis foi alvo de Allison Holt, uma antiga amiga de Daniel Hardman que veio para aumentar o sangue na água. Ela é advogada da firma Bratton Gould que está conseguindo levar vários associados e clientes da Pearson Hardman. Porém, como Harvey tem o seu menino prodígio Mike, tudo veio a calhar. A tramoia de Allison foi descoberta, mas trouxe diversos problemas para a guerra Specter vs. Litt. Presumindo que Louis estava sendo o traidor que demonstra ser, Harvey teve o seu momento de glória e atacou Sr. Litt com unhas e dentes, fazendo com que este recuasse e buscasse socorro na firma concorrente. 

É claro que Jessica viu que colocou a lenha na fogueira no momento que elegeu Harvey o seu pupilo, e isso deixou Louis mais fulo da vida. A advogada conseguiu abafar toda a confusão, mas viu que aquilo traria diversas consequências. Jessica pode ser a patroa que todos querem, mas quando temos Louis na reta, nunca a vejo sendo racional. Tudo bem, Harvey é o melhor advogado da Pearson Hardman e Louis só comete erros, entretanto, Louis possui o amor que Harvey muitas vezes não consegue demonstrar que tem, como nos momentos onde não levanta um dedo para mudar as situações, jogando tudo nas costas de Mike. 

Este é o defeito de Harvey. A sua soberba o mantém preso atrás de sua mesa, apenas mandando e desmandando. Como a água estava batendo no seu queixo, foi a hora de fazer alguma coisa. Harvey, co ma ajuda de Mike, conseguiu reverter toda a situação e ainda afunou o barco da Bratton Gould, mas recebeu o aviso de que aquela era a primeira batalha que ele enfrentaria a partir do momento que virou o jogo dentro da própria firma. Talvez o que venha lhe amargurando ainda mais é o fato de não ter pelo o que lutar, principalmente agora com Zoe fora da jogada. Nosso iron man ficou broken hearted.

Paralelamente a tudo isso, tivemos a continuação da história de Mike Ross. Este tentou juntar os pedaços que conseguiu estraçalhar, mas pisou no calo de Harvey que só vem a crescer. Ele se atrasou nas reuniões e levou um tremendo esporro de Harvey que só lhe tira das piores situações possíveis. Apesar de parecer um pouco folgado, Harvey foi o salvador do nosso falso advogado, e isto ficou claro no momento em que Mike recusou a possível proposta de trabalho da Bratton Gould. Ele conseguiu parecer mais canalha ao ponto de negar uma ajuda ao colega Harold, humilhado e destratado por Louis. Pensei que ele seria insensível o bastante para negar o auxílio ao "amigo", mas ele não me desapontou e indicou Harold ao cargo na firma rival. 

Mike ainda levou uma bela surra do marido de Tess, que descobriu tudo sobre o caso que ele tinha com a moça. Nem os hematomas foram suficientes para aliviarem o coraçãozinho de Rachel, que mantém a postura femme fatale ao destratar Mike toda hora. Bem que ela faz! Tudo isso serviu, pelo menos, para nos fornecer uma bela cena onde Louis ajudou Mike após a briga. Quem não adorou essa aproximação do vilão com o mocinho indefeso?

Assim, "Suits" faz mais um grande episódio focado nas consequências de um passo em falso. Já posso afirmar que a segunda temporada da série está brilhando, assim como a sua antecessora fez, e isso só faz a legião de fãs crescerem, pois a cada semana ficamos mais encantado com toda essa história jurídica mas com traços reais.

P.S.: Como atrasei com o episódio, não pude encaixar a música "Marathon" da banda Heartless Basstards na coluna soundtrack da semana, mas você pode ouvir a trilha que enfeitou o fim do episódio clicando aqui.

P.S.²: Pearson Paulsen ia ficar legal. Donna como patroa JÁ!

P.S.³: Já estou ansioso para o episódio da semana que vem com o papai Zane sendo uma pedra no sapato de Rachel e Harvey.