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REVIEW | Grey's Anatomy: 11.02 "Puzzle with a Missing Piece"

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Chegando atrasada e sentando na janela. 
CONTÉM SPOILERS!

Mudanças nunca são fáceis e agradáveis, ainda mais quando sucedem acontecimentos que nos marcam. Com a saída de Cristina, era óbvio que o elenco estaria desfalcado. A deusa da cardiologia era a âncora da série em diversos momentos, principalmente nas relações pessoais entre personagens importantes. Com a sua ausência, Owen ficou sem a sua paixão, e Meredith ficou sem a sua person. Um pedaço do quebra-cabeça está faltando, isso é notável, e parece que temos uma peça tentando se encaixar... 

Em um primeiro momento, a inserção de Maggie Pierce não me enfureceu. De um jeito diferente consegui entender as suas atitudes na season premiere, o que me fez simpatizar com a nova cardiologista do Grey Sloan Memorial. Quando novos personagens adentram em um universo já consolidado, é difícil lidar com eles. Porém, isso aconteceu tão naturalmente com Owen, Arizona e até mesmo Lexie, que nos provou que tudo o que é bem construído pode fluir como se fosse natural. 

O problema é que a queda de "Grey's Anatomy" foi sentida de maneira geral. A repercussão de que a série havia perdido um de seus órgãos é notória, dentro e fora da storyline. A saída que o roteiro teve foi de encaixar alguém que fosse capaz de substituir esse órgão. Todavia, entrando em uma analogia médica, temos o caso de um fígado: se tirarmos um pedaço dele, este pode se regenerar, mas aquele antigo pedaço não voltará mais. 

O novo nunca substitui o antigo, e Maggie nunca irá substituir uma irmã de Meredith ou Cristina em suas cirurgias. Aliás, Maggie não conseguirá chegar aos pés de Cristina. Contudo, ela pode tentar. Neste segundo episódio do décimo primeiro ano, Maggie caiu de paraquedas e tomou rédea da situação em cima de uma boiada andando. Tal situação nunca é saudável para uma história. Aqui, Maggie assumiu o cargo de líder da história por alguns minutos e isso não nos satisfez. 

A situação em contexto se resume em: há uma birra entre a nova personagem e os fãs. Para que tudo funcione, é necessário que haja um encontro no meio do caminho. Maggie precisa achar um modo de conquistar o público, e sendo arrogante e prepotente (como ela foi neste episódio) ela dificilmente conseguirá. Por outro lado, os fãs da série precisam entender que ela não entrou para substituir ninguém, e sim para preencher o vácuo necessário de personagens. Sem personagens a história não anda! Devemos entender isso. Se abrirmos a cabeça um pouco, e se o roteiro colaborar na criação da personagem, teremos uma possível conexão. 

Todavia, como disse anteriormente, Maggie não é fácil. Não que Meredith seja, isso todos sabemos, mas ter que aturar uma síndrome de superioridade logo no momento em que temos a sua introdução, não é nada agradável. Esse ar de "eu posso" ficou extremamente claro no momento em que ela usa e abusa de Jo e não liga para isso. O mesmo acontece quando ela tenta criar laços sendo inconveniente em todos os momentos. Mas não podemos negar: Maggie é uma boa médica. Ela conseguiu resolver ponta soltas da temporada anterior descobrindo a verdade sobre a doença da família McNeil, e isso foi muito interessante. 

Maggie também conseguiu um pouco de simpatia nas cenas em que falava com seus pais. Ficou extremamente lúcido que a médica quis tentar chegar chegando para se encaixar no grupo formado. Espera lá Maggie! Todo mundo sabe que soberba não nos leva a lugar nenhum. Você está fazendo tudo errado! Dá para perceber que você quer mudar, mas não é assim que a banda toca. Quem sabe a sua relação com Amelia (a qual foi muito bem utilizada no plot todo como a conciliadora por trás das câmeras) crie uma esfera mais interessante para a personagem. 

Talvez Maggie ganhe um destaque merecido no momento em que comece a enfrentar Meredith, mas com razão. Querendo ou não, sabemos que a Grey original tem pontos à frente nessa jogada. Quem gostaria de saber que tem uma irmã perdida por aí? E uma irmã que tentou de tudo e só fez errado? Não é fácil. Sei que uma guerra virá por aí, e se Shonda e seus amigos forem capazes, podem transformar a situação em algo alheio ao que foi feito entre Mer e Lexie. 

Agora é só esperarmos que não tentem enfiar Maggie goela abaixo nos telespectadores como ocorreu nesse segundo episódio. Assim como espero que o drama de Calzona acabe logo. É sério! Acredito que a série já teve muitos erros semelhantes e tem tempo ainda para reverter a situação. E se Maggie (e aqueles que guiam a sua história) forem piedosos, podem transformar alguém totalmente apático em um personagem carismático. É só tentarem. "Grey's Anatomy" consegue, e espero que a escorregada desse episódio seja um chamado para a realidade. 

P.S.1.: Zola foi eleita (por mim) como a criança mais querida da televisão americana atual! Foi muito legal vê-la indo de encontro a Maggie, e como ela gerou um sentimento na mesma. É Maggie, nunca duvide de nossa amada Meredith Grey!
P.S.2.: Quando é que o Richard vai perder o medo e abrir o jogo à filha? Tá na hora disso tudo ter um movimento a mais! 
P.S.3.: Amelia, sou seu fã! O que foram os comentários dela a respeito de sexo, AVC e orgasmos? Essa mulher é demais.
P.S.4.: Não comentei sobre os casos, pois assim como Shonda, quis fazer vocês engolirem Maggie! Tudo bem, não é legal, mas não consegui fazer de forma diferente. Os casos foram bem construídos e de certa forma, interessantes, mas nada além disso. 

E vocês, o que acharam do episódio? 

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