Que comecem os jogos!
CONTÉM SPOILERS!
Ainda com um novo formato estranho, Person Of Interest volta essa semana com um episódio que mostra que por mais que a série tenha mudado nos últimos dois anos, ela ainda é a mesma série genial pela qual nos viciamos. O episódio parecia ser apenas mais um caso da semana até a revelação de que Samaritan criou o jogo e está recrutando pessoas. O fato de Samaritan estar recrutando pessoas pode ter (e provavelmente terá) um peso enorme ainda na primeira metade da temporada, levando em conta que as temporadas da série são sempre divididas em dois grandes arcos.
O episódio foi escrito em conjunto por um roteirista que eu tenho um certo desgosto e um dos meus roteiristas favoritos da série, Melissa Scrivner-Love ("Reasonable Doubt", "4C", "Most Likely To…") e Dan Dietz ("Mors Praematura", "Last Call", "Beta") respectivamente. Tenho minha birra com Melissa desde "Masquerade", o primeiro episódio dela na série. Mesmo que ainda esteja abaixo do que a série nos mostrou na última temporada, novamente tivemos um bom episódio. Dan Dietz raramente decepciona. Entretanto, "Nautilus" continua a sina da série de ter começos mais calmos, calmos demais até.
A nova base de operações, que é muito mais foda que a Biblioteca, diga-se de passagem, simboliza o novo começo do Team Machine. E, ao mesmo tempo em que a série apresenta o novo, ela coloca um pé no velho para que os episódios não fiquem tão estranhos. Nesse episódio, por exemplo, tivemos muito tempo de tela para Finch e Reese, que praticamente salvaram Claire sozinhos, lembrando os bons e velhos tempos. Felizmente, a série arranjou bons motivos para que Root e Shaw não interfiram tanto.
Novamente o caso da semana foi interligado com Samaritan, dessa vez mais diretamente que no premiere, talvez essa seja o padrão da série até que eles consigam reverter a situação. Não vejo nada de errado nisso, mas talvez muitos casos escancaradamente ligados à Samaritan pode vir a ser um tiro no pé. Espero também mais episódios seguindo os modelos de "Beta", onde o Team Machine foi caçado por Samaritan. As identidades são bons escudos e dão calma por enquanto, mas espero que não dure tanto.
Com todas as mudanças, a série pode vir a mudar algo que possa vir a não agradas o público. A mudança na abertura, com o layout da Samaritan foi muito boa e a primeira frase mudando de "you're being watched" (você está sendo vigiado) para "we're being watched" (NÓS estamos sendo vigiados) foi uma boa saca, mostrando que as menores coisas podem interferir positivamente. O fato de a equipe não ter recursos ilimitados é algo que também melhora a história. Em meio a tantas mudanças, espera-se que a série mantenha seu padrão de qualidade, não importa o quanto sua essência mude.