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ESPECIAL | Um dia na Comic Con Experience Brasil 2015

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Dia 04 de dezembro de 2015, fui pela primeira vez na Comic Con Experience realizada em São Paulo. Gosto muito do objetivo do evento e já tinha uma curiosidade conferir o que rolava na feira daqui. Por motivos pessoais, sempre passava essa oportunidade, e esse ano quase não fui também, porém, um painel especial foi confirmado para sexta-feira e me obriguei a largar tudo e comprar logo o ingresso. Claro que estou falando do painel do Netflix, mas entrarei em detalhes posteriormente, agora vou contar um pouco da feira e das outras atrações que rolaram por lá.
Por Nathália Garrido. 


Primeiramente, no site do evento sugeriam que fôssemos de metrô e da estação pegar um ônibus gratuito. Eu, como uma boa defensora do metrô e sempre com um grande terror de ficar presa em trânsito, optei em seguir o conselho deles. Deveria não ter seguido. O transporte que eles disponibilizaram não comportava o número de pessoas, e mesmo que fosse relativamente rápido para ir a pé, a logística deles foi absurdamente falha e eu precisava chegar logo para garantir lugar onde eu queria. Corri.

Cheguei lá por volta das 9:40 e 10:15 entrei na Comic Con. Um dia antes o Netflix havia liberado no Facebook e no Twitter que haveria sessões de autógrafos com o elenco de Sense8 e Marvel’s Jessica Jones (até então apenas a Krysten, sem o David Tennant, o que aconteceu o oposto quando olhei fotos da hora do autógrafo). Quando entrei parei no estande do Netflix na hora e já tinha uma fila enorme para conseguir senhas de autógrafos de ambas as séries. 

Me dividi com a minha amiga, e cada um foi parar em uma fila. Em Sense8 havia um karaokê e já me peguei ansiosíssima para cantar What’s Up"no palco. Deu ruim. De 120 senhas para o autógrafo eles resolveram distribuir apenas 40 naquela hora, pois haveria outra atração e o resto seria distribuído mais tarde. Pararam a fila duas pessoas antes de mim. Não peguei senha para autógrafo. Não cantei.

Bola pra frente, enquanto uma das minhas amigas correu um pouco depois das 11 para a fila dos painéis, fui conhecer um pouco da feira antes de enfrentar a fila pro auditório Cinemark que ia rolar os painéis mais esperados. Marvel, DC e Star Wars obviamente dominaram o local, lojas de HQs e miniaturas e muito Iron Man, Hulk e Batman gigantes para fotos dominavam o espaço.


O estande que eu mais estava ansiosa para entrar era a Mundo Geek porque lá que tinha produtos de Doctor Who e uma Tardis tamanho real. Impossível de entrar. Se criava cada vez mais uma fila apenas para ENTRAR nela. Paciência, já vi outras Tardis em tamanho real e o jeito iria ser comprar o que eu quero pela internet mesmo.

Tinha muita coisa legal para as crianças menores também. Uma piscina de bolinha gigante de Procurando Dory, bonecos gigantes do Kung Fu Panda, Snoopy (Peanuts) e Alvin e os Esquilos faziam os menorzinhos delirarem. Muita gente levou pequenos para conhecerem e até mesmos bebês e achei extremamente tranquilo, se não entrar em lugares com grandes filas e onde habitavam fãs enlouquecidos, dá pra ser um passeio em família divertido. 

Tinha muito cosplay maravilhoso, muito cosplay tosco também, mas os bem feitos valeram toda pena. O pessoal se empenhou mesmo, por todo lado você podia ver a galera tirando foto com os cosplayers. Foi definitivamente uma atração a parte.

Então 13:30 fui para a fila do auditório Cinemark. Entrei já um pouco abalada com o tanto de gente, mas continuei ali com esperança, haviam nos dito que tinha um tapete vermelho perto da entrada onde os atores iriam passar, se eu não entrasse mesmo assim tinha que ficar ali mesmo, para vê-los. 

Foram 6 horas na fila. E até o Frank Miller entrar às 16:30 nada foi passado no telão. Mas até quem não conheça Frank Miller se deliciou com o cara. Autor e desenhista de histórias em quadrinhos norte americano, foi bem curto e grosso nas suas respostas, mas esse senhor maravilhoso deixou os fãs à beira de um ataque do lado de dentro e de fora. 


Um dos fãs na hora da pergunta foi pego afogado em lágrimas mas conseguindo pedir pra assinar a HQ dele. Não é pra menos, o cara está envolvido com Batman, Wolverine, Demolidor e criador da Elektra, e deixou bem claro que não viu a série do Daredevil. Sobre a Elektra ele disse: "podem fazer o que quiserem na série, não será ela.

Frank Miller saiu e deu entrada para Jim Lee. Incrível. Desenhista de histórias em quadrinhos, trabalhou para Marvel em X-Men e atualmente trabalha para a DC Comics. Muito simpático na hora das perguntas quando o pessoal mostrava dificuldade em falar inglês ele dizia “tudo bem, é normal, é difícil para mim também, inglês não é minha primeira língua.” No final ele desenhou na hora um desenho do Batman e presenteou um rapaz que fazia aniversário no mesmo dia e puxando um parabéns para o mesmo.

Então era a hora do Netflix, afinal, fui lá para isso. Gosto de Sense8, gosto de Jessica Jones, mas meu foco eram dois: David Tennant, pois sou muito fã de Doctor Who, e Alfonso Herrera e bom, quem sabe o porquê, sabe. Aquela  minha amiga, sabe, que entrou na fila horas antes? Foi barrada apenas três pessoas antes, estava um caos, ninguém mais saía do auditório. As regras do auditório eram: entrou, lotou, só entra mais se alguém sai. 



O pessoal que queria ver Netflix monopolizou o local de 2.500 lugares. Uma pena, muita gente perto de mim queria entrar apenas para ver Miller e Lee. Por mais que a regra seja geralmente essa, não vejo nenhum problema em melhorias da logística futuramente porque era óbvio que colocando esse painel por último isso iria acontecer.

Fomos incomodados milhões de vezes pela grosseria de um certo alguém dizendo toda hora que em San Diego é assim mesmo, mas quem é acostumado a lidar com fãs sabe muito bem que se tratando de Brasil tudo é bem diferente. Pois quatro da tarde já estava falando que ninguém mais entraria, muita gente saiu da fila por isso, mas continuamos, queria vê-los pelo menos passando perto de mim. 

Apesar do painel de Jessica Jones marcado às 18:30 e Sense8às 19:30, os atores entraram um seguido do outro. O pessoal de Sense8 mal tinha entrado e eles já anunciavam Jessica Jones. Foi muito legal ver eles de pertinho, todos extremamente simpáticos, David então nem se fala, estava totalmente abismado com o grito dos fãs. 

Alfonso estava bem acostumado com toda essa loucura acompanhando seus colegas de elenco. Jaime Clayton que faz a Nomi em Sense8 era claramente a que mais estava amando tudo aquilo, conheci ela umas horas depois no hotel e a mulher é além de linda, extremamente simpática e atenciosa. 

O grande problema foi o descaso da organização com o painel. Durou muito pouco. Os fãs estão ainda estão decepcionados e revoltados. Muito se fala o que aconteceu lá dentro, o comunicado oficial foi que o Netflix mandou encerrar em 15 minutos pois os fãs estavam descontrolados e invadindo o palco. Não estava lá para ver, mas uma amiga próxima sim. De acordo com ela, tudo está sendo aumentado e não havia necessidade desse descaso com os fãs. Propaganda enganosa.  

O fato é: vieram promover Jessica Jones, e, ao contrário do que fizeram com Sense8 em trazer o Alfonso Herrera pelo seu passado, ignoraram totalmente o passado de David Tennant em Doctor Who. David pode ter tido que não sabia que era tão conhecido no Brasil, mas os organizadores sim. 


Assisti de fora mesmo e bem pouco, a transmissão era sempre cortada e resolvi curtir um restinho da feira depois de tanto tempo naquela fila.

O evento foi bem legal, divertido e cheio de coisa pra fazer, mas se você quiser visitar a feira e bater perna, vá um dia só para isso (Star Wars vale a pena). Se tiver alguém em especial para ver, tenha em mente que isso consumirá 100% do seu tempo e da sua energia dentro daquele lugar com possibilidades de fracasso. 



Pretendo voltar mais vezes, porém, depois dessa primeira experiência voltarei preparada e disposta para evitar tanta fadiga e aproveitar mais do que estava sendo oferecido. Então por favor, não tragam Matt Smith ano que vem. Ou tragam, estarei lá.



Eu sou a Nathália Garrido, repórter por um dia do The Series Factor, rs

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