Conexões.
CONTÉM SPOILERS!
Se havia algo em Heroes Reborn que me incomodava até então era o fato de vários plots estarem desconexos. Sejamos honestos: era uma salada de herói para lá e pra cá sem função alguma. Obviamente que a série trabalharia em cima disso, e eis que, onze episódios depois (pertinho da finale), tudo se encaixou. É, demorou, mas foi...
...e foi meio que forçado, não é? Depois de revirar o universo de Heroes em sua própria atmosfera, o roteiro conseguiu aniquilar as maiores pontas existentes e fechou os parênteses. "Send in the Clones"chegou para dar início ao fim da série limitada que, a partir de agora, visará, finalmente, dar um desfecho ao brave new world que Claire Bennet desencadeou na series finale da série mãe.
Toda a trama dos Renautas e a busca por um mundo melhor, ou bem selecionado, foi algo inteligente. A execução da storyline não foi das melhores, mas conseguiu ser fiel à mitologia de Tim Kring. Não tivemos uma série digna dos primeiros anos da Heroesque conhecíamos, é claro, mas fomos colocados em uma atmosfera familiar. Os personagens conseguiram trabalhar com suas peculiaridades, crescendo ao longo dos episódios, mas não como heróis, e sim como sobreviventes.
Ora, a sobrevivência foi o fato gerador da temporada. Se achávamos que a descoberta do brilhante novo mundo seria proveitoso, estávamos enganados. A crítica existente nas entrelinhas é bem oportuna, e consegue mesclar tudo o que foi trabalhado em anos anteriores. Aqui, os EVOs se tornaram ameaças e precisam provar o contrário. Tal fato é bem peculiar pois não é algo inédito. Aliás, o clima de Heroes Reborn é algo com gostinho de "eu conheço essa história". Um futuro distópico faz muito sucesso nas telonas, e, aparentemente, Tim resolveu seguir a fórmula mágica. Até que funcionou.
O episódio em questão, por mais aleatório que seja, foi o elo de ligação entre o passado e o futuro da série. "Send in the Clones"conseguiu trabalhar com a essência de seus personagens, colocando-os em jogo, bem como dando-lhes atribuições necessárias. Tal feito é extremamente eficaz no que tange ao relacionamento de Carlos com os demais. Com o auxílio de Miko, o personagem se tornou útil ao roteiro por conseguir entrar de cabeça na história, tornando-se o responsável pela "libertação".
Se focarmos neste ponto central, vemos exatamente aquela crítica que mencionei. O preconceito existente entre os da própria espécie. Matt retornou para isso, para provar da sua própria ganância e de como o seu convencimento conseguiu lhe convencer. Faz sentido? Totalmente. Matt conseguiu ser a vítima de seu próprio dom, e deixou ser levado pela ganância e pelo medo, coisa que foi aplicada de maneira temerária por Erica.
A caça pelos nossos heróis funcionou no episódio, desde que a relação entre Malina e Luke, passando pela redenção forçada de Quentin e Phoebe, chegando, é claro, em Tommy, o personagem mais importante da série na presente ótica. É aí que vemos, finalmente, uma conexão entre plots. Se Carlos conseguiu salvar o menino Micah (agora maromba, regrado à frango e batata doce), foi para alertar, mesmo que involuntariamente, Tommy (pois não consigo chamá-lo de Nathan) das intenções de Erica.
Tudo bem, o menino não estava alienado, tanto que auxiliou Miko a completar sua missão, mas pelo menos agora ele conseguirá estampar sua infelicidade com os demais planos oriundos da mente manipuladora de Erica, que conseguiu, como vimos, alienar a própria filha. Ademais, o episódio cumpriu o papel da ação que tanto sentíamos falta, ao fazer Miko ter uma última - e icônica - luta com o mil homens, finalmente o exterminando da face da terra. Vá de retro e leve todos os seus clones!
Assim, Heroes Reborn nos entregou um episódio satisfatório capaz de nos deixar ansioso para os acontecimentos futuros, especialmente com a inclusão de Joanne na batalha que está prestes a acontecer. Mas, será que a série merece tanto crédito por finalmente entregar o seu melhor nessa altura do campeonato? Deixo a pergunta em aberto.
...e foi meio que forçado, não é? Depois de revirar o universo de Heroes em sua própria atmosfera, o roteiro conseguiu aniquilar as maiores pontas existentes e fechou os parênteses. "Send in the Clones"chegou para dar início ao fim da série limitada que, a partir de agora, visará, finalmente, dar um desfecho ao brave new world que Claire Bennet desencadeou na series finale da série mãe.

Ora, a sobrevivência foi o fato gerador da temporada. Se achávamos que a descoberta do brilhante novo mundo seria proveitoso, estávamos enganados. A crítica existente nas entrelinhas é bem oportuna, e consegue mesclar tudo o que foi trabalhado em anos anteriores. Aqui, os EVOs se tornaram ameaças e precisam provar o contrário. Tal fato é bem peculiar pois não é algo inédito. Aliás, o clima de Heroes Reborn é algo com gostinho de "eu conheço essa história". Um futuro distópico faz muito sucesso nas telonas, e, aparentemente, Tim resolveu seguir a fórmula mágica. Até que funcionou.
O episódio em questão, por mais aleatório que seja, foi o elo de ligação entre o passado e o futuro da série. "Send in the Clones"conseguiu trabalhar com a essência de seus personagens, colocando-os em jogo, bem como dando-lhes atribuições necessárias. Tal feito é extremamente eficaz no que tange ao relacionamento de Carlos com os demais. Com o auxílio de Miko, o personagem se tornou útil ao roteiro por conseguir entrar de cabeça na história, tornando-se o responsável pela "libertação".
Se focarmos neste ponto central, vemos exatamente aquela crítica que mencionei. O preconceito existente entre os da própria espécie. Matt retornou para isso, para provar da sua própria ganância e de como o seu convencimento conseguiu lhe convencer. Faz sentido? Totalmente. Matt conseguiu ser a vítima de seu próprio dom, e deixou ser levado pela ganância e pelo medo, coisa que foi aplicada de maneira temerária por Erica.

Tudo bem, o menino não estava alienado, tanto que auxiliou Miko a completar sua missão, mas pelo menos agora ele conseguirá estampar sua infelicidade com os demais planos oriundos da mente manipuladora de Erica, que conseguiu, como vimos, alienar a própria filha. Ademais, o episódio cumpriu o papel da ação que tanto sentíamos falta, ao fazer Miko ter uma última - e icônica - luta com o mil homens, finalmente o exterminando da face da terra. Vá de retro e leve todos os seus clones!
Assim, Heroes Reborn nos entregou um episódio satisfatório capaz de nos deixar ansioso para os acontecimentos futuros, especialmente com a inclusão de Joanne na batalha que está prestes a acontecer. Mas, será que a série merece tanto crédito por finalmente entregar o seu melhor nessa altura do campeonato? Deixo a pergunta em aberto.
E vocês, o que acharam do episódio?