CONTÉM SPOILERS!
Tivemos apenas dois episódios após o imenso hiatus de "Revolution", mas posso dizer que já possuo certos problemas com a segunda parte da temporada. Tivemos doze episódios regulares, não foram perfeitos mas não deixaram a desejar, contudo, a série insiste em apertar a mesma tecla de dinamicidade. Não sei vocês, mas já começo o episódio cansado, e só na metade deste que venho a me animar. Não que seja uma grande reclamação, longe disso, mas o crescimento que a trama desenvolve em seus capítulos, saindo do nada para acabar em grande cliffhangers, já parece não funcionar mais.

Tivemos as reações dos personagens após o enterro de Danny e a rebeldia de Charlie contra a mãe. Até acho válido que a garota se sinta assim, querendo a vingança, indo à luta e tudo mais, mas a minha mão coçou no momento em que Rachel deu uma tapa na filha. A garota talvez merecesse para acordar. Toda essa iniciativa dela não dá em nada, e talvez seja ótima daqui para frente para guiá-la.
Pudemos ver isso claramente no momento em que Randall chegou à base rebelde para capturar Rachel e seus pen drives. Gostei muito da dinâmica de Charlie que conseguiu ao menos acabar com aqueles que mataram seu irmão. Todavia, a vontade que Charlie possui não é a mesma de Rachel. A personagem talvez seja a mais racional de toda a série. Aaron é uma samambaia que tinha tudo para conseguir salvar certos momentos e só serve para fazer burradas e deixar pontas soltas, como a história dos amuletos brilharem e não estar nem aí. Poxa, se eles brilharam e fizeram certas coisas funcionar é que existe algo de diferente neles. O puxão de orelha que ele levou de Rachel talvez tenha sido necessário para situá-lo no grupo, porém, duvido muito.
Rachel, desde o momento em que apareceu, provou ser a mulher de ferro, e isso ficou ainda mais claro na conversa que Randall teve com Monroe, onde o mesmo deu a entender que teria o melhor para Bass. Ele foi até Rachel, e numa caçada às bruxas, conseguiu perdê-la. Acho válido essa sessão de gato e rato, mas que daqui um pouco ficará enjoativo.
O bom que Rachel foi sensata o suficiente para destruir os objetos que poderiam ser suficientes para fazerem mais helicópteros levantarem voos, já que a milícia voltou a se equipar com meios de transporte. Os pen drives foram destruídos, mas agora ficamos com o pé atrás sobre uma tal Torre, que me lembra algo bem a cara da Iniciativa Dharma (fãs de "Lost", cadê vocês?). Essa mitologia que "Revolution" vem criando pode se tornar o grande trunfo da primeira temporada, desde que sejam respondidas de maneira coerente. Espero mesmo que isso nos leve a algum lugar válido.
Eu costumava elogiar Miles, mas a sua vontade de matar Bass vai acabar na mesma. Ele já teve algumas chances, mas perdeu. Miles não é perspicaz como eu pensava, e consegui notar que ele precisa de grandes impulsos para tentar arrumar as falhas do seu passado. Penso que Nora seja o necessário para que ele tenha um salto, uma vez que o romance deles vem sido engatado, mas meu medo é que isso volte a ser suficiente para um grande problema, já que a antiga cunhadinha a.k.a. antigo romance retornou para abalar as estruturas. Quem sabe assim Miles não aprende e cai de uma vez nas garras de Monroe para fazer justiça com as próprias mãos?
Um ponto negativo que venho percebendo é a inclusão de certos personagens, como o surgimento de Jim Hudson no episódios. Obviamente precisamos de uma reciclagem, mas seria bom uma coisa mais demorada. Certas pessoas surgem, fazem alguns movimentos e são cortadas da trama. Jim me pareceu um homem com uma grande história. Fugido da milícia ele pôde contruir sua vida baseada em outros nomes, o que veio a afetar sua eposa. Assim pudemos notar que Miles conseguiu ser uma pedra no sapato de todos.
Randall vem sendo interessnate, principalmente as suas iniciativas de liderança. Gostei que ele pôde colocar Bass no seu devido lugar (coisa que Neville vem tentando também), mas o mais interessante foi perceber que isso talvez venha tendo crescimento desde os primórdios pré-apagão. Com a morte do filho nas guerras, Randall veio construindo um império que conseguiu fazer um grande estrago. Sem saber o porquê, fico ansioso para as resoluções futuras.
"Revolution" vem mostrando um grande universo. Ainda com ponta soltas, a série precisa comer uma quantia razoável de feijão com arroz para mostrar para o que veio. Entretanto, penso que isso vem sendo construído e logo logo a trama sem luz conseguirá provar a sua existência. Quem duvida?
P.S.: Não sei vocês, mas eu amo a Elizabeth Mitchell, e Rachel está sendo uma grande personagem assim como Juliet era em "Lost". Saudades mil.
E vocês, o que acharam do episódio?