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FIRST LOOK | Hannibal: 1.01 "Apéritif"

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O mal tem um nome e esse nome é Hannnibal Lecter.
CONTÉM SPOILERS!

Depois de cinco aparições no cinema, finalmente chega às telinhas a versão do Serial Killer mais famoso na dramaturgia. Criado por Thomas Harris o assassino serial, após ser representado por Brian Cox e se tornar mundialmente famoso pela interpretação magistral de Anthony Hopkins, é vivido, nessa versão, pelo ator dinamarquês Mads Mikkelsen.

Os acontecimentos da série criada por Bryan Fuller (das geniais Pushing Daisies, Dead Like Me e Wonderfalls) retratam a história do primeiro livro em que o personagem aparece, Dragão Vermelho de 1981.  Will Graham, previamente vivido por William Petersen e Edward Norton, aqui trazido a vida por Hugh Dancy (The Big C), nesse primeiro episódio é recrutado pelo agente Jack Crawford (Lawrence Fishburne) para consultar sobre uma série de assassinatos no interior de Minnesota.

Sua incrível habilidade de empatia faz com que o consultor se torne uma peça chave na resolução de complicados crimes, Graham tem o dom, e ao mesmo tempo, maldição de entrar na mente dos criminosos e conseguir elaborar cenários como ninguém. Infelizmente esse dom também é sua maior fraqueza, pois minimiza sua habilidade de socializar com outras pessoas,e os crimes que o agente visualiza ainda o afetam psicologicamente, deixando marcas em sua mente que não podem ser apagadas.

Após a investigação da cena do crime de uma das vítimas e a descoberta que o assassino comia os órgãos de suas vítimas, o agente parece ficar psicologicamente afetado, fazendo com que Jack recorra a Dr. Alana Bloom (Caroline Dhavernas) para auxiliá-lo. Resolvendo ficar afastada, a recusa da doutora faz com que Crawford peça a ajuda de Hannibal Lecter.

Os dotes investigativos de Graham o fazem perceber que a segunda vítima encontrada foi assassinada por outra pessoa. Apesar das similaridades entre os crimes, Will consegue perceber a falta de sentimentos imbuídos no segundo ato. Com a ajuda de Hannibal o agente consegue descobrir o culpado Garret Jacob Hobbs, e a sequência de sua captura é retratada fielmente conforme o livro.

A caracterização de Hugh Dancy como Graham é perfeita, suas neuroses e conflitos são muito bem transportadas para a telinha, conseguimos nos sentir tocados pela atuação do ator. O mesmo podemos dizer de Mikkelsen, seu Hannibal é cheio de nuances e conseguimos perceber a falta de sentimentos do personagem. A dinâmica entre os dois é muito interessante, cada um é um lado da moeda, ambos são brilhantes em suas áreas, mas enquanto um sofre com tudo o que acontece o outro é alheio as limitações que sentimentos proporcionam.

Fiquei muito entusiasmado com essa estréia, pois Hannibal apresenta um excelente piloto, que transporta muito bem para as telinhas a obra de Thomas Harris. Além de Bryan Fuller, a série ainda conta com a produção de Martha De Laurentis (que também produziu os filmes mais recentes do personagem), Sara Colleton (Dexter), Jesse Alexander e Tim King (ambos de Heroes).

P.s. 1:
Os efeitos visuais das sequências onde Graham recria os crimes são muito bem feitos e utilizados.
P.s. 2:
Já no primeiro episódio o agente já é servido com as especiarias do chef Hannnibal.
P.s. 3:
As legendas para mostrar a localização me lembraram muito as utilizadas em O Silêncio dos Inocentes e em Arquivo X.
P.s. 4:
Assim que vi a Academia do FBI em Quantico fiquei esperando para ver Clarice Starling correndo com seu moletom.
P.s. 5:
Hannibal Lecter, segundo o próprio autor e algumas fontes foi baseado em aspectos de Willian Coyne, Albert Fish e Stepan Chikatilo
P.s. 6:
As cenas dos crimes são bastante fortes para um programa de canal aberto, parabéns a NBC pela ousadia.




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