CONTÉM SPOILERS!
O grande problema das séries de mistério e seguir o seu plot principal de maneira dinâmica, que faça o público querer respostas cada vez mais. A redoma é o grande arco da série, e sua mitologia vinha crescendo desde o primeiro episódio. Não que ela não tenha tido um destaque em "Manhunt", longe disso, uma vez que a redoma consegue ser um único personagem, mas ela serviu como personagem secundário em um terceiro episódio que nos apresentou um filler. Pouco cedo para enrolações, não acham?
Digo isso pois, se não tivéssemos assistido a este episódio, nada mudaria na sequência da série. "Manhunt" foi a tentativa da CBS de segurar a audiência até Setembro, onde a primeira temporada de "Under The Dome" se encerrará. Vejo muitas pessoas cogitando uma segunda temporada, e confesso que no começo até pensava que seria bom ver uma extensão desse mistério, desde que fosse bem construído. Acho que a série pecou no momento em que decidiu sair dos trilhos de sua obra original. Sei que Stephen King está por trás dessa versão televisiva, mas tal adaptação começou a me preocupar.
Toda série possui aquele episódio desnecessário, mas ver uma estreante logo nos seus primeiros episódios fazer isso, é um erro imenso. Tudo bem, a série conseguiu engrenar um pouco mais os seus personagens, que tomaram maiores proporções, mas nada que venha a ser importante.
Penso que o personagem que mais tem a nos oferecer no momento é Joe. O garoto é dono da casa com a energia suficiente para recarregar o celular de todos, além de ser muito inteligente a ponto de querer descobrir pontos estratégicos. O seu único problema é aquele amigo besta que saiu gritando para todos a existência de um "quase gerador" na casa do amigo. Em tempos de necessidade isso não é algo que saia se espalhando. Ainda nesta linha, acredito que a trama venha a crescer justamente com ele, ainda mais agora unido com Norrie. Esta relação dos dois só tende a aumentar, ainda mais após as descobertas e uma convulsão conjunta. Como não estranhar tamanha coincidência? E o que foi aquela eletricidade no momento em que ambos deram as mãos? O início de algo que surgiu ali é o que me motivará até o fim da temporada, tenho certeza.
O bom que "Under The Dome" ainda consegue fazer algumas críticas sociais em cima de tudo isso. Neste episódio vimos a discriminação do casal de lésbicas. Em uma cidade pequena acredito que seja comum as pessoas torcerem os narizes para algo que não estão acostumadas. Gostei muito do tapa de luva que Carolyn deu nos dois velhotes do bar que agem com tamanha hipocrisia. Em tempo de crise, ver alguém diferente não é nada demais, ainda mais em uma cidade igual Chester's Mill onde o pior está acontecendo com alguém tão aclamado.
É aí que cito Junior Rennie. O garoto pode ter as costas largas por ser filho do primeiro vereador da cidade, mas a sua história é mais sombria do que pensam. Todo esse ar de psicopata que o garoto apresenta me tira do sério, e acredito que isso seja algo bom para a construção de um sentimento sobre a série. O problema é que Junior ainda insiste no romance com Angie, tal garota que já devia ter tido um fim lá no piloto. Se fosse pra ficar trancada sem fornecer algo bom à trama, que tivesse um fim mais justo!
Na review passada comentei sobre a importância de Julia na trama, mas a onipresença que a personagem possui na trama adaptada para a TV começa a ser algo não muito prazeroso. A mulher está encaixada na rádio da cidade, nas descobertas sobre a redoma, no mistério de Barbie com seu falecido marido, dando pitaco na administração da cidade, procurando os mistérios da city hall e agora buscando respostas junto com Junior, e tudo isso em apenas três episódios. O ponto positivo de Julia é que ela consegue ser cativante ao ponto de ficar ligados em suas descobertas, como a tocaia que ela fez para ver o que Junior aprontava, e acabou descobrindo com ele que a redoma é mais funda do que todo mundo pensa. Foi aí que ela também ficou com o pé ainda mais atrás com Barbie por ter visto o que ele fez com Junior, mas mal sabe ela quem é o verdadeiro vilão da história.
Toda a trama que envolve Barbie talvez seja uma das mais interessantes, ainda mais agora que ele acabou se envolvendo com Big Jim, o cara mais perigoso da série, por ser assim, sorrateiro e capaz de usar a redoma em algo a seu favor, pois com ela, Big Jim consegue manusear o seu poder de forma mais ampla e direta. Ele quer o poder e a gora quer defender o filho, e isso talvez seja algo não muito favorável para Barbie, que já está com dois em seu encalço.
Além disso, Big Jim fará de tudo para se manter no topo da cadeia alimentar que é Chester's Mill. Ele já conseguiu consagrar Linda, mas a fez de boba, uma vez que deixou a moça no encargo da prisão do policial atirador do episódio passado. Linda tem a capacidade, mas depois da morte de Duke Perkins, ela parece ter ficado um pouco mais perdida.
É com voltas e mais voltas em torno do próprio rabo que "Under The Dome" nos apresenta "Manhunt", um episódio que é digno de guardarmos na nossa caixinha mental que junta todos aqueles episódios que queremos esquecer. Espero que semana que vem esse erro não se repita.
E vocês, o que acharam deste terceiro episódio?
Digo isso pois, se não tivéssemos assistido a este episódio, nada mudaria na sequência da série. "Manhunt" foi a tentativa da CBS de segurar a audiência até Setembro, onde a primeira temporada de "Under The Dome" se encerrará. Vejo muitas pessoas cogitando uma segunda temporada, e confesso que no começo até pensava que seria bom ver uma extensão desse mistério, desde que fosse bem construído. Acho que a série pecou no momento em que decidiu sair dos trilhos de sua obra original. Sei que Stephen King está por trás dessa versão televisiva, mas tal adaptação começou a me preocupar.
Toda série possui aquele episódio desnecessário, mas ver uma estreante logo nos seus primeiros episódios fazer isso, é um erro imenso. Tudo bem, a série conseguiu engrenar um pouco mais os seus personagens, que tomaram maiores proporções, mas nada que venha a ser importante.
Penso que o personagem que mais tem a nos oferecer no momento é Joe. O garoto é dono da casa com a energia suficiente para recarregar o celular de todos, além de ser muito inteligente a ponto de querer descobrir pontos estratégicos. O seu único problema é aquele amigo besta que saiu gritando para todos a existência de um "quase gerador" na casa do amigo. Em tempos de necessidade isso não é algo que saia se espalhando. Ainda nesta linha, acredito que a trama venha a crescer justamente com ele, ainda mais agora unido com Norrie. Esta relação dos dois só tende a aumentar, ainda mais após as descobertas e uma convulsão conjunta. Como não estranhar tamanha coincidência? E o que foi aquela eletricidade no momento em que ambos deram as mãos? O início de algo que surgiu ali é o que me motivará até o fim da temporada, tenho certeza.
O bom que "Under The Dome" ainda consegue fazer algumas críticas sociais em cima de tudo isso. Neste episódio vimos a discriminação do casal de lésbicas. Em uma cidade pequena acredito que seja comum as pessoas torcerem os narizes para algo que não estão acostumadas. Gostei muito do tapa de luva que Carolyn deu nos dois velhotes do bar que agem com tamanha hipocrisia. Em tempo de crise, ver alguém diferente não é nada demais, ainda mais em uma cidade igual Chester's Mill onde o pior está acontecendo com alguém tão aclamado.
É aí que cito Junior Rennie. O garoto pode ter as costas largas por ser filho do primeiro vereador da cidade, mas a sua história é mais sombria do que pensam. Todo esse ar de psicopata que o garoto apresenta me tira do sério, e acredito que isso seja algo bom para a construção de um sentimento sobre a série. O problema é que Junior ainda insiste no romance com Angie, tal garota que já devia ter tido um fim lá no piloto. Se fosse pra ficar trancada sem fornecer algo bom à trama, que tivesse um fim mais justo!
Na review passada comentei sobre a importância de Julia na trama, mas a onipresença que a personagem possui na trama adaptada para a TV começa a ser algo não muito prazeroso. A mulher está encaixada na rádio da cidade, nas descobertas sobre a redoma, no mistério de Barbie com seu falecido marido, dando pitaco na administração da cidade, procurando os mistérios da city hall e agora buscando respostas junto com Junior, e tudo isso em apenas três episódios. O ponto positivo de Julia é que ela consegue ser cativante ao ponto de ficar ligados em suas descobertas, como a tocaia que ela fez para ver o que Junior aprontava, e acabou descobrindo com ele que a redoma é mais funda do que todo mundo pensa. Foi aí que ela também ficou com o pé ainda mais atrás com Barbie por ter visto o que ele fez com Junior, mas mal sabe ela quem é o verdadeiro vilão da história.
Toda a trama que envolve Barbie talvez seja uma das mais interessantes, ainda mais agora que ele acabou se envolvendo com Big Jim, o cara mais perigoso da série, por ser assim, sorrateiro e capaz de usar a redoma em algo a seu favor, pois com ela, Big Jim consegue manusear o seu poder de forma mais ampla e direta. Ele quer o poder e a gora quer defender o filho, e isso talvez seja algo não muito favorável para Barbie, que já está com dois em seu encalço.
Além disso, Big Jim fará de tudo para se manter no topo da cadeia alimentar que é Chester's Mill. Ele já conseguiu consagrar Linda, mas a fez de boba, uma vez que deixou a moça no encargo da prisão do policial atirador do episódio passado. Linda tem a capacidade, mas depois da morte de Duke Perkins, ela parece ter ficado um pouco mais perdida.
É com voltas e mais voltas em torno do próprio rabo que "Under The Dome" nos apresenta "Manhunt", um episódio que é digno de guardarmos na nossa caixinha mental que junta todos aqueles episódios que queremos esquecer. Espero que semana que vem esse erro não se repita.
E vocês, o que acharam deste terceiro episódio?