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ESPECIAL | The O.C. [Season 2]

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Com 24 episódios exibidos entre os anos de 2004 e 2005, a segunda temporada de "The O.C." mostrou a evolução de alguns personagens e a degradação de outros. Com uma média de 8.5 milhões de expectadores, vimos a trama de Newport Beach se consolidar. Os problemas caseiros nunca estiveram tão em alta, porém, eram tratados com a maior naturalidade e bom humor possível. Atitudes que foram tomadas neste período da série serviram de base para todos os acontecimentos futuros. Relembre agora com a gente uma das melhores temporadas da série neste especial, mas cuidado: Este post contém muitos spoilers! – Por Eduardo Sá.
Leia também o post sobre a season 01

Acredito que "The O.C." esteja marcada na watchlist de grande parte dos seriadores. É difícil não encontrarmos alguém que não tenha passado um minuto se quer na casa da praia dos Cohen ou até mesmo assistindo um show no The Bait Shop. Assim como "One Tree Hill" foi um exemplo para mim, "The O.C." marcou presença contínua nas minhas listas e até hoje não fica de fora.

Quando pensamos que é fácil expressar em palavras os sentimentos por uma de nossas séries favoritas, nos enganamos. São tantos momentos que passamos com nossos personagens favoritos que acabamos nos tornando parte daquela história. Josh Schwartz conseguiu, ao meu ver, nos dois primeiros anos da série, construir um universo único que veio para mudar a forma de entendermos o mundo juvenil. Quem nunca quis ser amigo de Ryan, Marissa, Seth e Summer?

O segundo ano de "The O.C." é o meu favorito por ser a linha que separou os anos dourados dos rebeldes. Fato é que tudo o que serviu de bom nesta temporada, veio a calhar na terceira. As atitudes que nossos personagens tomaram refletiram lá na frente. Se a terceira temporada teve seus problemas, é porque eles começaram a criar coragem de aparecerem aqui. Não digo que isso é algo ruim, muito pelo contrário, é algo que deve ser levado em consideração. A audácia do roteiro me fez simpatizar com um destes 24 episódios.

"The O.C" já era um hit. O buzz era imenso e todos queriam saber o que teria acontecido na vida daquela família. Obviamente, nada ficou tranquilo. Os Cohen sofreram com a ausência de seus dois filhos, porque Ryan já havia se tornado especial o bastante para ser considerado com um. Ryan teve seus momentos de desespero ao voltar a Chino por Theresa, que supostamente estava grávida. Ainda bem que nada daquilo passava de um susto. Theresa conseguiu ter um filho, e este era de Eddie, e mesmo com as desconfianças que Kirsten presenciou, Theresa deixou claro que Ryan não era o pai.

O caminho estava livre. Ryan não precisava de novos problemas, mas o universo lhe trouxe um. A entrada de Lindsay só veio para conturbar ainda mais a relação de Ryan no grupo. Ele precisava de uma válvula de escape, e ter uma nova namorada não seria tão fácil assim. O problema é que Lindsay era alguém muito mais próxima do que ele imaginava. Supostamente, Lindsay era filha de Caleb, e como ele poderia namorar sua tia torta? Não dava. O romance ingênuo e insosso dos dois não pôde continuar, e mesmo com um Chrismukkah de cair o queixo feito no jardim da moça, isso não decolou.

Quem ficou feliz com isso? O público que torcia por Marissa e Ryan. Contudo, Marissa, como sempre, passou por seus momentos de rebeldia. Há quem ache que Marissa é uma rebelde sem causa, e aí eu lanço a questão: você viu a mesma série que eu?

Marissa, por mais problemática e imã de confusões que fosse, era alvo de diversos tiros, e talvez isso tenha desgastado a personagem ao máximo. Ela tinha tudo na mão, mas ao mesmo tempo, tudo lhe faltava. A negligência de sua mãe só a piorava, assim como a falta de bom senso de seu pai. Se Jimmy Cooper e Julie Cooper quiseram reatar, aquele não era o momento certo. Por mais que Julie tenha casado com Caleb Nichol, lhe transformando em Julie Cooper-Nichol, a presidente do Grupo Newport, isso não lhe bastava.

A ganância de Julie era tamanha que ela até cogitou a morte do marido, antes que ele pedisse o divórcio, uma vez que havia descoberto das traições da esposa, entrando até nos atos preparatórios. Mas o destino de Julie estava salvo. Caleb faleceu, de morte morrida e não matada, deixando apenas uma pequena surpresa para ela: a sua falência.

Jimmy: Hey Jules.
Julie: Jimmy. What are you doing here?
Jimmy: Well you didn't think I would leave you two alone during all of this, did you?

Sem ter um tustão furado, a vida de Marissa e Julie virou do avesso. Marissa que enfrentou problemas de bebida no começo da temporada, um namoro com o jardineiro, guerras caseiras e ataques de rebeldia, teria mais um obstáculo que foi explorado no terceiro ano da série. Talvez o grande problema que Marissa enfrentou no segundo ano de "The O.C." foram as suas experiências. Ela estava se sentindo só. Sua mãe não ligava para nada, e a oportunidade de ter um romance homossexual surgiu.

Alex apareceu como a dona do The Bait Shop que foi uma caso rápido de Seth, mas que acabou conquistando Marissa. Essa fase lésbica da personagem talvez tenha sido um pouco interessante, pois aí ela pôde amadurecer e ver que nem tudo lhe vem de mão beijada. Já sabíamos que aquilo não ia durar, mas era o que ela tinha. Sua amiga estava enfrentando problemas amorosos, sua família estava uma loucura e seu ex-namorado cheio de problemas. Ela precisava fugir. Mesmo enfrentando a mãe, Marissa conseguiu aproveitar a vida, até que outro problema maior surgiu.

Se Ryan e Marissa estavam prestes a ficarem juntos, Trey Atwood voltou para infernizar a vida de todos. É sempre bom termos um antagonista na história, ainda mais um tão descarado como Trey que veio pedir arrego para os Cohen. Contudo, Trey não possuía o lado genuíno de Ryan, e suas atitudes eram bruscas o bastante para incomodar tudo e todos.

Com isso, Trey serviu de base para o desfalque que Marissa enfrentou no ano seguinte. Marissa tentou ajudar o futuro cunhado, mas ele foi otário o suficiente para aproveitar da situação e tentar estuprá-la. Se Ryan já estava com a pulga atrás da orelha, esse foi o momento em que ela pulou de vez. Nada conteve a briga dos irmãos, e se não fosse pela Marissa, tudo teria ocorrido de maneira diferente. Marissa tomou a arma do chão e agiu de maneira reflexiva, atirando em Trey e salvando a pele de Ryan. Se ele sobreviveu, isso é assunto para o próximo especial, mas este cliffhanger foi digno de uma season finale.

"All year, I have tried to be a different person. I can't do that anymore."


O que "The O.C." sempre possuiu como trunfo foi o casal Summer e Seth. Os dois tiveram suas vidas cruzadas, e neste segundo ano isso foi um pouco conturbado. Se Ryan e Marissa podiam passar por problemas conjugais, poque o casal mais simpático da televisão, na época, também não poderia?

Summer: Cohen, that was really sweet.
Seth: Pathetic and sweet?
Summer: No, just sweet.

O Captain Oats e a Princess Sparkles se separaram por um momento, assim como Seth e Summer. Seth, após ter uma crise de identidade, resolveu voltar para a família e para os braços da amada. Pena que era tarde demais. Seth não cogitou que a moça estaria envolvida com outras pessoas, afinal, a vida segue. É aí que surgiu Zach, o novo namorado de Summer que agitou a vidinha dos dois. O arco-íris do amor desandou. Seth passou por uma barra. O amor da sua vida havia lhe deixado, então era a hora de buscar outro. Alex apareceu como um refúgio para Seth, assim como o trabalho no Bait Shop. Nem um nem outro deu certo, mas Seth tentou.

Seth também conseguiu parar de pensar em tudo no momento em que criou a Atomic County, talvez um dos melhores plots que a série já apresentou. O geek mais querido das séries provou ser nerd suficiente para retratar a vida de Orange County em quadrinhos. O sonho de todo mundo era ler uma história daquelas HQ's.

Summer pôde desfrutar da sua vida de musa inspiradora, usando fantasias e tudo mais. Pena que nem tudo são flores. A parceria que ele tentou criar com Zach desandou, assim como as suas ideias, mas um horizonte novo se abiu. Summer se deu conta de que Seth era seu e de mais ninguém.

Talvez uma das cenas mais clássicas das séries no geral seja o beijo spider-man de Seth e Summer. O garoto, arrependido, tentou arrumar sua tv à cabo, quando de repente fica pendurado lá em cima, mas socorrido por Summer, que lhe lascou um beijo digno de pulos no sofá. Acredito que todos os fãs da série piram cada vez que assistem a esse momento. É aí que ambos provaram que eram endgame.


Por falar em endgame, um dos casais mais estáveis das séries passou por uma barra. Kirsten e Sandy foram feitos um para o outro, e isso era explícito, mas como "The O.C." gostava de expôr os sentimentos de seus personagens ao máximo, vimos a dupla passar por um perrengue daqueles.

Kirsten: I sense sarcasm.
Seth: Well, you're perceptive, mother.

Sandy estava ausente no momento em que Rebecca Bloom retornou à sua vida. Sempre temos aquela bitch que vem para causar, e isso foi o que Rebecca fez. Ela expôs a relação de Sandy e Kirsten ao máximo que o público quase presenciou o divórcio de um dos casais mais queridos da televisão. Kirsten estava sofrendo, e precisava do consolo do marido, que estava ausente nos piores momentos. Sandy errou, e quem não erra? E foi aí que as taças de vinho noturnas de Kirsten começaram a aumentar para uma garrafa, duas, até se tornar um problema. O ápice do vício da personagem foi no velório de seu pai. Foi aí que percebemos que Kirsten precisava de ajuda. Será que Sandy estaria ali para ela?

O segundo ano de "The O.C." teve muitos erros e acertos, além de ter deixado várias ponta abertas para suas resoluções no terceiro ano, mas que valeram a pena. A série, além disso, teve diversos momentos musicais ótimos. Com a entrada do clube The Bait Shop na trama, pudemos desfrutar de diversos momentos musicais. O que mais me marcou foi o show do The Killers com a música "Smile Like You Mean It". Outro momento marcante foi a cena do beijo "homem aranha", ilustrada com a ótimo cover de "Champagne Supernova" do Matt Pond A, cuja cena você confere um pouco mais acima. A morte de Caleb também deve ser lembrada pela música "Fix You" do Coldplay. Uma das principais músicas foi "Hide and Seek", do Imogen Heap, cuja cena você confere um pouco mais acima também. E como não lembrar da abertura? "California", por mais um ano, nos animou a cada início de episódio.


Top Episódios:
2.06 "The Chrismukkah That Almost Wasn't"
2.09 "The Ex-Factor"
2.14 "The Rainy Day Women"
2.15 "The Mallpisode"
2.24 "The Dearly Beloved"

Espero que vocês tenham gostado desta segunda parte do nosso especial que, em quatro semanas, tentará te levar numa viagem ao passado, relembrando esta série que marcou a vida de muita gente, inclusive a minha. 

P.S.: Acompanhem a página The O.C. no facebook. 

E vocês, gostam da segunda temporada? Quais foram seus momentos favoritos? Até semana que vem com os comentários da Camilla Andrieto sobre o terceiro ano da série.

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