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REVIEW | Hannibal: 3.01 "Antipasto" [Season Premiere]


A magnitude complicada de Hannibal.
CONTÉM SPOILERS!

Hannibal nunca foi uma série simples. Não importa se é no quesito do desenvolvimento de suas histórias, no desenvolvimento de seus complexos personagens, ou mesmo nas suas excelentes narrativa ou fotografia. Nos dois primeiros anos de sua existência, Hannibal provou que nada simples acontece ali e para mim isso é uma das características que mais me fazem apreciar a série. Óbvio então que com o começo de seu terceiro ano as coisas não poderiam ser diferentes, não importa que a narrativa não tenha sido a mesma que foi nos mostrada nos seus vinte e seis episódios anteriores, aqui a mudança foi necessária porque Lecter e companhia mudaram todas as regras do jogo com os acontecimentos de "Mizumono".

Se você viveu os últimos meses em uma bolha ou então não quis saber nenhuma dica do que o terceiro ano da série nos apresentaria, você talvez ainda tivesse esperanças de começarmos tudo exatamente de onde paramos, afinal, nada poderia ter tirado mais o nosso fôlego do que aquela season finale. Não sei quanto a vocês, mas com certeza para a minha pessoa, ela entrará no ranking das season finales mais espetaculares que já vi. Bom, como eu disse, se você estava esperando para saber o que aconteceu com Will, Alana e Jack, você vai continuar esperando, pois aqui os poucos momentos em que alguns deles deram o ar da graça foi somente em raros flashbacks.  Precisaremos esperar mais alguns dias para melhores respostas.

Lecter pode ter o cargo máximo aqui, afinal, o show não só leva o seu nome, mas tem o intuito de contar toda a evolução de seu personagem e de seus atos, porém o show não seria nem de perto tão interessante se o antagonista não tivesse um bom personagem ali para contrapôr contra as suas atitudes.

Will pode não aparecer aqui, mas não podemos deixar de pensar em um só minuto o quanto todas as atitudes de Lecter são impulsionadas com apenas um pensamento o seu relacionamento com Will e o que ele achará de determinada ação. Aqui, mesmo sem a presença do personagem, temos a todo momento a lembrança dele com os flashes detalhando os últimos dias de Gideon, e como não apreciar o terror psicológico que Lecter apresenta aqui, dando para a sua vítima pedaços de si mesmo para não só alimentá-lo, mas também deixá-lo com um gosto melhor para as próximas vezes?

Uma das coisas que mais me chama atenção na série é que, apesar de ela ser uma série que aborda 100% um tema violento, em raras ocasiões temos o prazer, ou desprazer para alguns, de acompanhar essa violência. Tudo o que nos apresentado aqui nos remete a uma obra de arte...

Não importa se é a forma utilizada na fotografia da série, que aqui por exemplo conseguiu misturar três narrativas de forma que conseguíamos distinguir ela mesmo sem nenhuma indicação do que estava por vir, ou então na forma que Lecter apresenta os seus pratos, porque temos que concordar, se não soubéssemos que na teoria estaríamos comendo parte de pessoinhas, quem nunca achou extremamente apelativo os pratos realizados pelo nosso protagonista? Ou então o simples fato de que Lecter e Bedelia não só escolheram o lugar mais artístico do mundo para a sua "nova" vida, como também ele decidiu assumir a vida de um professor especializado em Dante.

Hannibalé o tipo de série que não joga as informações na cara do telespectador e já entrega tudo pronto e mastigado, ela é a série que você acompanha para aprimorar os seus poderes de dedução, ela dá pequenas dicas do que realmente quer dizer e nós temos o verdeiro deleite em poder saboreá-la da melhor forma possível, lentamente, mordida após mordida.

Bedilia sempre esteve ali, vivendo sobre aquela fina linha, nem dentro e nem fora da realidade de Lecter. Sempre soubemos que isso só passou a acontecer porque ele a ajudou no passado, mas a história em si nunca foi elaborada. Aqui em "Antipasto" temos o começo de um entendimento sobre os fatos que levaram Bedilia a estar presa nesse relacionamento. Ele a ajudou e agora, querendo ou não, ela é refém dele. Como ele próprio disse, ela não é apenas uma observadora na situação, ela está ali, dia após dia o ajudando, não importa se é apenas comprando ingredientes que irão complementar as receitas de nosso protagonista ou então apenas vendo o que ele estava fazendo e não o impedindo. Ela é de fato uma participante das ações dele, pode ser apenas por medo, afinal, ela conseguiu deixar vários indícios muito antes da sua tentativa de fuga de que não quer estar ali, de que quer ser pega.

Não vejo Lecter como uma pessoa impulsiva, todos os atos dele são calculados e determinados. Lógico que, como estamos tratando da vida, imprevistos e coisas que não planejamos sempre acontecem. Aqui, o imprevisto foi a aparição de Anthony Dimmond que conhecia o verdadeiro professor e poderia colocar toda a situação a perder.

Desde o primeiro momento em que ele apareceu em tela, já sabíamos que um bom destino o personagem não poderia ter, afinal o ditado de que a curiosidade matou o gato não existe sem motivo, razão ou circunstância, e vivendo a vida de fugitivo que Lecter e Bedilia vivem, em hipótese alguma eles poderiam ter alguém ali que não só sabia que a identidade dele não era verdadeira, mas que era enxerido o suficiente para colocar tudo a perder.

Sou sincera em dizer que não sei se gostei do personagem, e o fato de ele ser alguém que não era simplesmente estúpido - pelo fato de adorar Tom Wisdom (Dominion) - ou por pensar que a inteligência com a mistura de perspicácia dele, poderia levar ele a algum lugar, mas como sabemos Hannibal não deixa nada para o acaso, Dimmond teve que morrer.

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Fico curiosa para saber como continuará o desenvolvimento do relacionamento de Lecter e Bedilia. Ela não quer estar ali, ele sabe disso, ela sabe disso, mas mais uma vez, Hannibal aposta no terror psicológico. Não há como saber se ele não a esta preparando para ser uma futura refeição, ou apenas porque ele gosta da companhia dela ali, visto que com ela ele pode ser ele mesmo já que ela o conhece muito bem.

Notas deliciosamente diabólicas:

1.: Tenho que dizer que adorei ver Mads Mikkelsen em algo que não fosse um terno.
2.: Fotografia e cenário, mais uma vez invejáveis.
3.: Como não amar Lecter dizendo que está se controlando e não matando todos que ele deseja? 
4.: Caso vocês não tenham assistido e desejem ficar esperando ansiosamente pela quinta-feira, aqui esta a promo 

E vocês o que acharam do retorno de Hannibal? Ansiosos pela temporada?

REVIEW | Game of Thrones: 5.09 "The Dance of Dragons"


Como treinar seu dragão parte 5.
Cuidado, spoilers!

Se "HardHome" foi repleto de gelo, "The Dance of Dragons", por outro lado, trouxe o fogo. O episódio nove de cada temporada é sempre marcado por ser épico e trazer sequências sensacionais, e digo a vocês o seguinte: Foi exatamente o fogo que conseguiu trazer ao episódio uma das sequências mais legais da série e, sem dúvida, a melhor do episódio.

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Um dos melhores núcleos da série é o de Daenerys, e especialmente agora que contamos com o Tyrion ao lado da mãe dos dragões. E obviamente essa história de abrir as arenas de novo iria dar merda, como tudo o que acontece nessa série com quem gostamos. Juro que esperava que a merda fosse acabar dando com Sir Jorah lutando e tal, mas nunca iria imaginar um ataque tão bem feito dos Filhos da Hárpia. Mas antes deles, preciso compartilhar a redenção de Jorah com Dany. Todas as sequências de luta dele foram extremamente bem feitas e eu sempre devo parabenizar o coreógrafo dessas cenas porque nesse quesito a série não erra nunca. E eu pude sentir a aflição de Tyrion e Dany enquanto Jorah quase morria, e olha que foi exatamente ele que deu o primeiro salvamento da rainha, porque nem Daario fucking Naris tinha visto o primeiro filho da Hárpia atrás de si.

E a partir daí, tivemos de 10 a 15 minutos de uma sequência de mortes e sangue sensacionais. Quando aquelas máscaras douradas foram surgindo ao longo da arena eu só conseguia pensar "fodeu, fodeu, fodeu, fodeu e fodeu". Como lidar quando você tem poucas pessoas em quem pode confiar e está cercada de inimigos? Não sei se esses momentos foram mais agoniantes para a herdeira Targaryen ou pra mim. Minha vontade de gritar e sair correndo foi extrema e meu namorado teve que acabar aguentando meus surtos enquanto isso: Simplesmente não conseguia me controlar e não poder comentar com ninguém. O cerco foi se fechando e não conseguia ver uma forma de eles escaparem dali. Mas é aquele momento em que você se lembra que o nome do episódio é sugestivo e fica só à espera dos filhos de Dany aparecerem para salvar a mãe.

E de fato, o filho pródigo voltou para os braços daquela que lhe deu à vida e Drogon não poderia ter tido um timing melhor. Toda a sequência foi magnífica, inclusive nos detalhes, desde o simples foco nas mãos de Daenerys e Missandei juntas até a grandiosidade de Drogon comendo os Filhos da Hárpia vivos e queimando-os. Passando pelas defesas de Daario e Jorah, Tyrion ajudando Missandei, até chegar no ápice do grito do filho com a mãe e ela lhe acalentando, foi realmente tudo muito digno de palmas. E o grande clímax foi a grande fuga de Dany no maior estilo Harry, Ron e Hermione fugindo do Gringots, montada em Drogon e voando ao infinito e além. E é em cenas como essa que eu realmente tenho a mocinha como minha favorita na corrida ao Iron Throne.

O núcleo de Arya é o que menos tem me empolgado durante essa temporada repleta de twists. Talvez porque eu seja impaciente e tudo o que Jaqen tem mais ensinado a ela seja a paciência e calma para a agir, contrariando minha natureza repleta de ansiedade. Mas bom, a missão foi dada a ela na semana passada e aqui seria o momento de ela agir e ela deixou-se levar pela Stark que ainda existe dentro da mocinha que vende ostras. A presença de Ser Meryn Trant (um dos poucos vivos na lista de matança dela) a distraiu de seu objetivo central e acredito que isso ainda vai repercutir de alguma forma. Mas por enquanto, nós torcemos pra que ela consiga pelo menos matar esse né? Especialmente com toda a história da pedofilia ali. No mínimo, ele merece uma morte bem dolorosa, e se for pelas mãos de Arya, melhor ainda.

Agora, se todos nós sabemos que os nonos episódios são marcados por alguma coisa extremamente épica e geralmente envolvem mortes. Bom, mesmo amando todo o núcleo de Daenerys e Drogon, o que realmente mexeu comigo foi o núcleo de Stannis. Confesso que nunca gostei do personagem, desde que apareceu lá longe só como o irmão mais velho de Robert e tal, e eu realmente fico surpresa no quanto esse homem tá durando na história. E incrivelmente eu tava começando a achar uma utilidade pra ele nessa história toda e de repente: BOOM. Odeio Stannis com todas as forças de novo.

Em outras reviews eu já tinha comentado quanto carisma a menina Shireen tinha e o quanto eu já tinha me apegado a ela. A fofura e meiguice da herdeira Baratheon me conquistaram e eu já devia ter previsto o que o futuro guardava para ela, afinal, não é a toa que a história nos faz conhecer personagens e gostar deles. E a ameaça de morte para a menina já tinha vindo em "The Gift" e eu, lá mesmo, defendi Stannis posicionando-se contra Melisandre e sua mania louca de queimar as pessoas vivas. Aqui me arrependi amargamente de cada palavra que pronunciei a favor dele. Ok, eu entendo que o ataque dos Bolton tenha realmente prejudicado o exército dele e tudo mais, mas ele já tinha tomado a decisão de mandar Sor Davos de volta para Black Castle pedindo ajuda para Jon e a Patrulha da Noite.

Aliás, a desculpa esfarrapada de mandá-lo para longe foi a assinatura de culpa de Stannis em mandar ASSASSINAR SUA PRÓPRIA FILHA! Ele sabe que Sor Davos nunca permitiria que uma atrocidade dessas acontecesse e justamente por isso, impediu uma resistência da parte de sua Mão. Aliás, os momentos de Davos com a menina sempre foram bem bonitinhos, tivemos um momento de despedida tão fofo quanto a relação dos dois seguiu durante a série. O carinho que Davos demonstrou pela filha de Stannis ultrapassou qualquer cena do pai com Shireen porque ele está cego pelo poder. E pior do que isso: Ele conseguiu cegar a esposa também. E minha gente, que tipo de pais conseguem assistir a própria filha queimando viva EM TROCA DE PODER e não fazem absolutamente nada? Gostei de ver que por fim, a mãe foi cativada pelos gritos da filha e quero mesmo que ela fique sendo assombrada por aquela cena para o resto da vida. O que nos resta saber agora é quais serão as consequências desse assassinato no núcleo.

Game of Notes:

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1) O núcleo de Black Castle ficou de lado depois do épico episódio passado e aqui só vemos que o problema de Jon Snow mal começou.
2) Quem mais ficou esperando o gigante bater com a cabeça em alguma coisa da construção da Muralha? haha
3) É tão estranho um episódio sem King's Landing.
4) Só eu que fiquei esperando que Dany fosse levar Tyrion, Missandei, Daario e Jorah na sua grande escapada? O que será que vai acontecer com eles agora?
5) Campanha: Daenerys, solte seus dragões de novo, está iniciada.
6) Quem mais amou o cordão de Dany todo trabalhado no dragão prata?
7) Só eu senti falta de Sansa?
8) Já que o noivo de Dany tá morto, podemos ter esperanças por ela e Daario de novo?
9) Núcleo de Dorne me dá um pouco de sono, assumo, mas agora com Jaime e Bronn voltando pra King's Landing com Myrcella e Trystanne, as coisas podem ficar mais interessantes, especialmente porque vai estar tudo uma doideira quando voltarem.
10) RIP Shireen Baratheon.

E vocês, o que acharam do episódio? E o que esperam da season finale na semana que vem?

REVIEW | Hannibal: 3.02 "Primavera"


Mais um pedaço da deliciosa refeição que é Hannibal! 
CONTÉM SPOILERS!

Hannibal decidiu que era hora de inovar e nos contar a sua história de uma maneira diferente do que havíamos visto até agora. Tudo isso apenas é possível pois o jogo de gato e rato mudou, e com isso o relacionamento de Will e Lecter também.

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Com essa mudança na dinâmica dos personagens não poderíamos esperar que a história continuasse sendo abordada da mesma forma, afinal, Hannibal pode até nos confundir em alguns momentos, mas ela nunca deixa de ser coesa com aquilo que propõe fazer. Aqui em "Primavera"continuamos a observar a história por uma perspectiva (ao mesmo tempo) diferente e similar ao que estávamos acostumados a ver.

Se "Antipasto" nos mostrou como está a vida de Bedilia e Lecter escondidos daqueles que supostamente estariam procurando por eles, em "Primavera" somos enviados à jornada de Will desde o momento em que ele foi apunhalado por seu "amigo"; a sua recuperação; chegando ao momento que tanto desejamos: a procura de Will por Lecter.

É engraçado e extremamente inteligente observar o quanto Hannibal inova com as suas histórias, afinal, quem diria que estamos indo a caminho do terceiro episódio da sua nova temporada e ainda termos perguntas extremamente importantes sobre a finale da segunda temporada, sem respostas?

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Posso dizer que, se fosse qualquer outra série que ainda estivesse segurando essas informações, eu estaria um tanto quanto possessa, mas por se tratar de Hannibal e a forma como estamos degustando lentamente as informações, só posso dizer que estou gostando e muito dessa diferente forma de ser excelente que muitas séries deveriam aprender.

Falei semana passada o quanto Hannibal apresenta uma narrativa que, por muitas vezes, se apresenta complexa aos nossos olhos e o quanto isso me agrada. Em "Primavera", a situação não é diferente. A cada cena mostrada temos que pensar e repensar para ver se o que entendemos é realmente o que a série está tentando nos dizer, isso é, quando a própria série não esta tentando pregar peças com a nossa mente.

A mente de Will sempre foi um lugar complexo, tudo isso muito antes de Lecter entrar ali e fazer uma bela bagunça, mas ao mesmo tempo que essa complexidade existe, ela foi o que me atraiu na série logo em seu piloto. Ver não só o que o Will vê, mas sim a forma como Will vê o que seus suspeitos vêem. Se você, assim como eu, adora tentar entender o mundo pela nebulosa mente de Will, você praticamente deve ter batido palmas quando Will esta enxergando a última "obra de arte" pelo olhar de seu criador. - This is my design.

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A série, mais uma vez, utilizou de seus recursos de fotografia para mostrar diferentes linhas do tempo em um mesmo episódio. Aqui, ao mesmo tempo que tivemos Will relembrando o passado como um telespectador de seus próprios acontecimentos, pudemos ver novamente (e sim digo novamente pois toda a introdução que tivemos em "Primavera" foi o mesmo que nos foi apresentado ao fim de "Mizumono") onde Lecter e Will finalmente tem o seu conflito com todas as cartas expostas na mesa, ao invés do jogo passivo/agressivo que eles tinham até aqui. 

É interessante pensar no fato de que Hannibal aproveitou aproximadamente cinco minutos de um episódio anterior, não só para deixar todos os fatos, diálogos e consequências de fácil acesso na nossa memória mais também para nos apresentar não só uma das sequencias mais brilhantes desse episódio, mas acredito que o motivo de toda a correlação para essa nova temporada da série.

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Após Lecter ter traído Will, não só o atacando, mas atacando Alana, Jack e, principalmente, Abigail, Will vê o cervo que o acompanhou durante uma boa parte da segunda temporada morrer. Com a morte do cervo, Will entende que o Hannibal que ele conhecia, e apreciava, também morreu ali. O ataque a Abigail acabou com toda e qualquer esperança que Will tinha para com Lecter, e, com isso, uma nova era começa. As motivações de Will ir para a Itália atrás de Lacter ainda são um mistério. Se ele está ali para caçá-lo por seus atos ou se ele apenas quer reencontrar um antigo amigo, não sabemos, e pelo visto nem Will.

Entretanto, após entrar na mente de seu suspeito através de seu trabalho, Will encontra-se de cara com um novo tipo de cervo, que ainda não esta completamente formado, mas que, diferentemente do anterior que Will contemplava sua beleza, aqui ele sente medo dele, e apesar das suas palavras de perdão para Lecter essa situação já se prova por si só que o relacionamento dos dois nunca mais poderá ser o mesmo. A xícara realmente se quebrou, e, talvez, nada possa montá-la novamente.

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Se você chegou a esse ponto de acompanhamento da série, você, assim como eu, sabe que a mente de Will, apesar de brilhante, não é um dos lugares mais seguros de se encontrar. É exatamente essa situação que "Primavera" nos traz. De todas as vidas que estavam em risco após a explosiva season finale, acreditava que o fim era realmente o de Abigail. Então, imaginem a minha surpresa ao ver ela ali ao lado da cama de Will dizendo para ele que queria ir atrás de Lecter, ou então ambos ali na igreja que ele havia mencionado para o Will procurando pistas de seu paradeiro.

Não sei se vocês foram ou não enganados pelo brilhante roteiro que nos foi apresentado aqui, mas Abigail sempre foi uma impressão que havia ficado marcada na alma de Will, então nada mais justo ela ajudar Will em sua busca. No momento em que ele encontra aquilo que estava procurando, pudemos ver Will finalmente deixando a garota ir. Mais uma vez a série conseguiu mostrar de um jeito totalmente genial Will aceitando o que aconteceu com ele, em contraposição com o que aconteceu com Abigail.

Lecter mostrou mais uma vez que, não importa por onde passa, ele deixa sua marca nas pessoas ao seu redor. Se Will foi de Boston procurar respostas sobre o seu paradeiro, por que não existir outras pessoas que, em algum momento da vida, se encontraram com Lecter e sua arte?

Como uma mesma pessoa não pode afetar todos a sua volta da mesma forma, o episódio trabalhou com essa ideia mostrando que a cicatriz que Lecter deixou em Rinaldo é bem diferente da que ele deixou em Graham, e conseguimos observar essa diferença na forma que Will e Pazzi procuram pelo seu monstro. Mais uma vez os diálogos mostrados na série são excepcionais e tendem a mostrar a sua complexidade e necessidade de envolver o seu telespectador.

Sabemos que o encontro entre Will e Hannibal irá acontecer, mas tenho que dizer que estou amando saborear cada um dos pequenos pedaços que estão nos sendo apresentados  e torço para que tenhamos muito mais deles antes do reencontro. Amo o fato de eles estarem tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo.

Notas deliciosamente diabólicas:

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1.: Só eu que estava com saudades de Will analisando evidências de sua forma peculiar?
2.: Mais uma vez Hannibal sendo excepcional em comparar sua vida com as obras de arte da Itália.
3.: Se tínhamos alguma dúvida do porquê  do cenário escolhido para ser o photoshoot da nova temporada, aqui todas as nossas dúvidas foram solucionadas.
4.: Will aceitando a morte de Abigail, com certeza irá entrar para uma das minhas cenas preferidas dessa série. Rip Abigail! again!
5.: Lecter apenas observando Will!
6.: Se vocês não viram, aqui está a promo do próximo episódio que, acredito, irá mostrar mais um pedaço das respostas que tanto queremos.

E vocês o que acharam de "Primavera"?

CONHEÇA | MasterChef Brasil


Com muito tompero, a franquia MasterChef chegou ao Brasil trazendo os melhores chefs da gastronomia à nossa telinha. Se você está em uma dieta restrita, cuidado, esse programa pode te dar alguns quilinhos a mais (mesmo que psicológicos). 
Atenção, o post a seguir possui spoilers da primeira temporada. 

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Para quem não conhece, MasterChef é um reality show culinário criado em 1990 no Reino Unido que seleciona cozinheiros amadores para uma competição acirrada, na qual elaboram pratos específicos (ou, até mesmo, mirabolantes) por meio de provas complexas. Como se não bastasse, tais cardápios são analisados por um time de chefs renomados, os quais decidem o futuro de cada opoente.

A franquia se desdobra em mais de vinte edições pelos quatro cantos do mundo, atraindo pessoas de diversas idades. O programa é conhecido pelo seu ritmo frenético, o qual coloca seus competidores e, especialmente, seu público, em êxtase. Não obstante todo o entretenimento, o show transmite aos telespectadores ensinamentos culinários, instruídos pelos seus famosos jurados. Dentre eles, destacamos o famoso trio Gordon Ramsay, Joe Bastianich e Graham Elliot da versão americana (sem falar no maravilhoso MasterChef Junior).

Em um país onde os realities shows vêm ganhando destaque desde a estreia do Big Brother Brasil pela Rede Globo, os programas de competição com foco culinário começaram a surgir. Contudo, em 2014, a Rede Bandeirantes, ou a Band para os íntimos, resolver se aventurar no sucesso internacional e trouxe a franchise ao país. Em pouco tempo, o programa repercutiu em território nacional em razão de sua qualidade, gerando um buzz tremendo, o que garantiu em seu sucesso. Atualmente, o MasterChef Brasil encontra-se em seu segundo ano, mantendo o seu elenco e guiado pela apresentadora Ana Paula Padrão.

O vencedor do programa leva para casa a quantia de R$ 150 mil; uma bolsa de estudos na renomada escola francesa de culinária, a Le Cordon Bleu; um Fiat Fiorino; a publicação de um livro com suas próprias receitas, e; o tão sonhado troféu.

Jurados

O trio de chefs que guia o júri do programa é extremamente coerente e funcional. A crítica logo de cara surge em torno da nacionalidade de seus componentes, haja vista termos um único brasileiro encabeçando o programa. Contudo, conforme os episódios se desenvolvem, abraçamos a equipe como se brasileiros fossem diante do jeitinho nacional que os assola. Devemos lembrar, também, que na versão americana, somente Graham é nacional dos Estados Unidos, então não há se falar em incoerência acerca disso.

Henrique Fogaçaé o brasileiro do time de jurados. Com fama de jeito de bad boy, para o jurado não há indecisões na cozinha. Ou é oito ou é oitenta! Fogaça começou jovem nas cozinhas, estagiando com os melhores chefs nacionais, incluindo Alex Atala. Chef Henrique conseguiu a consagração ao abrir o Sal Gastronomia da cidade de São Paulo no ano de 2005, o que lhe rendeu um reconhecimento, sem falar em prêmios de revelação na cozinha por revistas de renome. Fogaça não pára por aí! O cara teve iniciativa e criou a Feira Gastronômica em São Paulo no ano de 2012, sem falar em seu pub Cão Velho, este que é sucesso de público.

As tatuagens maneiras e os palavrões soltos pelo chef lhe traçam uma característica de durão. Porém, Fogaça não é só a carcaça. O jurado possui um bom coração (e um emocional sensível, em algumas situações), haja vista suas atitudes no programa. Ele xinga quando é preciso, grita quando necessário, mas quando vê alguém em desespero ou na dúvida, não titubeia e veste a carapuça de professor. Fogaça é um exemplo para os aspirantes a chefs, e que caiu na graça do público.

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Erick Jacquin não gosta de ser chamado de Jacquin, só pelos íntimos! O francês chegou no Brasil em 1995 após uma jornada excepcional em Paris. Com seu conhecimento da culinária francesa, a qual possui muito requinte, o chef logo conquistou o Brasil com seus restaurantes, os quais foram eleitos como os melhores do país por diversas vezes. Ainda, Erick Jacquin foi o responsável por trazer Petit Gateau, aquela sobremesa que tanto amamos, ao território nacional. Se não fosse por ele, do que seria a nossa vida, não é mesmo?

O deleite de sua culinária é muito observada pelos candidatos, mas o medo que o chef transmite é inigualável. Ele diz o que quer, sem sombra de dúvidas, mas daquele seu jeitinho especial. O seu sotaque francês dá toda uma diferenças às ocasiões. "Isso non tem tompero"é algo que o público nunca esquece. Quando ele encarna em um competidor, coitado deste. Mohamad foi o sorteado da primeira temporada, mas que acabou ganhando o estômago do jurado com seu nhoque de banana (baseado na receita de Fogaça, não podemos esquecer). Erick Jaquin é único, e por isso é tão amado pelo público brasileiro.

Paola Carosella é a argentina mais abrasileirada de todas. Nascida no país vizinho, a chef mora em solo brasileiro há mais de 20 anos, e aqui firmou a sua culinária ao construir um império gastronômico. Paola possui diversos restaurantes na cidade de São Paulo, os quais lhe garantiram diversos prêmios, incluindo o de chef do ano pela Revista Veja em 2010.

No programa, Paola é dura e ácida, contudo, querendo ou não, ela acaba abraçando seus pupilos involuntariamente. Mas não se enganem, ajudar não significa facilitar! Paola abre o olho daqueles que estão espertos, mas não é por isso que ela deixa de avaliar os pratos que lhe são apresentados com rigor. Inda, Paola caiu na graça do público brasileiro por ser extremamente charmosa e caricata, fazendo altas caras e bocas, sem falar no seu andar à la Beyoncé, é claro.

E, como se não fosse suficiente toda a pressão consolidada pelo trio, temos a apresentadora Ana Paula Padrão que guia o programa e não tem medo de dar bronca nos competidores. "Só mais cinco segundos"é a frase que arrepia os opoentes, eu tenho certeza!

A Primeira Temporada 

O primeiro ano do programa surgiu devagarinho, quase como um bootcamp. Treinou direitinho, mesmo pecando na edição ao soltar spoilers em suas próprias previews, mas cumpriu o prometido. Por isso, o show conseguiu reconhecimento nacional e se tornou um hit, dando à emissora a vice-liderança em audiência em muitos momentos.


O primeiro ano nos manteve na beira do sofá por dezessete episódios. Tivemos provas únicas em decorrência da caixa misteriosa, a qual amedrontava os candidatos, mas que, ao final, dava o bônus da imunidade àquele que melhor a executou. Também tínhamos provas em grupo que dividiam os competidores em times azuise times vermelhos, o que gerava um grande estresse. Em grupo, vimos o pessoal servir o batalhão do exército, crianças em um parque de diversões, argentinos em uma vinícola, heróis do esporte nacional, entre outras provas que desafiam o grupo todo.

Contudo, as provas de eliminação sempre foram as mais desafiadoras. Os participantes eram avaliados um a um, e o pior deles era eliminado, perdendo o sonho de ser o primeiro MasterChef brasileiro. Dentro das melhores provas de eliminação, tivemos a do sushi, a da comida do dia anterior, a dos peixes (e a famosa arraia) e a do Petit Gateau, por exemplo. Aaaaah, esse Petit Gateau deu o que falar... Como não lembrar da sobremesa salteada com sal pela Sandra, a qual fez isso por engano? Não tem como esquecer!

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Os competidores fizeram o show ser o que é. O time era muito unido e muito simpático. A cada semana, era difícil dizer adeus. Tivemos Isabella e a sua doçura em forma de comida; Bianca e a sua dramaturgia transportada aos pratos; Jamyly e o seu amor (excessivo) ao seu Estado do Amapá; Jaime e a sua simplicidade do gueto. Contudo, o destaque vai para Martin, Mohamad, Cecília, Helena, Lúcio e Elisa(foto), o grupo que me conquistou pela união e empatia. A cada eliminação era uma saudade que ficava, e com certeza esse será um dos melhores grupos que o programa terá até o fim.

A final foi ao ar em 16 de dezembro de 2014, gerando 7.8 pontos em audiência, o recorde do programa até então. A vencedora foi a carismática Elisa Fernandes de apenas 24 anos de idade, que cresceu no programa de um jeito único. O segundo lugar ficou para Helena Manosso, a qual disputou com seu esposo Lúcio por um período do programa, que servia como a mãe do grupo, sem falar na sua capacidade em fazer pratos muito bem temperados e que transmitiam o seu amor pela cozinha. O terceiro lugar ficou para Luís Lima. Para quem tem curiosidade em assistir ao primeiro ano do programa, ele está disponível no YouTube. Vale muito a pena!

A Segunda Temporada 

Seguindo a fórmula de seu antecessor, o segundo ano do programa veio em carga total, trazendo participantes únicos que movimentaram os episódios apresentados até aqui. Já pudemos ver que essa temporada será bem acirrada. Com quatro semanas no ar, a segunda temporada já dividiu opiniões e nos presenteou com situações únicas, como o hambúrguer mineiro monstro e frango cru, por exemplo.


Apesar dos dois finalistas já terem sido anunciados por alguém de má-intenção (um spoiler desses não vale, né gente?), o programa não deixará de ser menos interessante. Não se preocupem, não revelarei a notícia de mal gosto aqui. Apesar disso, tenho certeza que o segundo ano será recheado de emoções e receitas malucas, sem falar nos comentários dos jurados que já estão à toda. E olha que ainda temos alguns meses pela frente. MUITO TOMPERO.

Exibição 

O programa vai ao ar semanalmente pela Rede Bandeirantes nas terças-feiras às 22hrs20min, durando cerca de duas horas. Tenha certeza, esse tempo passa voando (mas a fome surge a cada minuto). Caso você perca a primeira exibição, o TLC Brasil reprisa o episódio nas segundas-feiras posteriores, às 22hr30min também. Ou seja, você não tem desculpa para não assistir!


P.S.:Para quem tem curiosidade, a versão Junior do programa nos Estados Unidos é uma fofura! A opção caçula do show se encaminha à sua quarta temporada, e possui um total de 22 episódios exibidos, somente. E nós aqui do The Series Factor entrevistamos Logan Guleff, o vencedor da segunda temporada do programa. Confira a entrevista clicando aqui.

E vocês, o que acham do programa? Espero seus comentários aqui em baixo. 

REVIEW | Pretty Little Liars: 6.02 "Songs of Innocence"


Consequências.
Cuidado, spoilers!

Pretty Little Liars está longe de ser uma série boa, mas como eu sempre digo, a gente tem que comparar os episódios com eles mesmos. Não dá pra pegar a storyline dela e comparar, por exemplo, com uma "The O.C." da vida, porque não é justo. Mas isso não justifica não notarmos as melhoras que nossa série anda fazendo e sim, devo dizer que "Songs of Innocence" apresentou uma melhora muito grande em relação a premiere, bem como a série anda fazendo desde "A is for Answers", a finale da season 4. Com direito a umas quedas aqui e outras ali (e muitas outras acolá), PLL vem se reinventando de onde não tinha mais como crescer.

Reclamei na review passada, que realmente achei que o resgate das liars foi muito rápido, mas essa semana a série me surpreendeu dando algo que eu realmente não esperava: Uma nova forma de ver o tempo em que as meninas passaram presas no cativeiro de -A. Elas passaram três semanas de tortura por lá e nós, até agora não temos nenhuma informação concreta do que aconteceu por lá. Essa foi a jogada de mestre de "Songs of Innocence": mostrar em alguns flashbacks uma ideia daquilo que elas passaram nessas três semanas. Achei a ideia realmente boa porque dessa forma, temos uma contraposição de linhas temporais, o que dá uma dinâmica maior à série, além de abrir um leque de possibilidades para trabalhar com histórias individuais e em grupo com as meninas, tanto no passado, quanto no presente.

Acredito que quem mais vimos sofrer aqui foi Hanna. A história toda da mudança no quarto foi algo excelente a ser trabalhado, afinal, qual é o único lugar do mundo em que todos nós deveríamos nos sentir seguros? Sim, em nossos quartos. E o que acontece se o lugar que é programado para ser nosso porto seguro não é mais confiável e não traz mais conforto? Eu, particularmente, no lugar dela, faria a mesma coisa. Toda e qualquer lembrança de momentos torturantes tem que ser deixadas para trás e, a princípio, -A realmente está finalizado e agora tudo se trata de novos começos. Desapegar-se do que passou e construir um futuro novo, com alguma esperança de que as coisas serão melhores do que no passado. O quarto pode ser uma mudança física, mas é o início de uma mudança interna psicológica que Hanna deverá passar. Ainda bem que ela tem Caleb e Ashley a seu lado, que mesmo não entendendo nenhum dos jogos que elas foram obrigadas a jogar, estão ao lado dela para ajudá-la nessa transição.

Falando em transição e em comportamentos que eu consigo me ver, Aria está em um lugar bem parecido com o que eu estaria, por exemplo. Usar de sarcasmo para esconder o que passa por dentro é completamente aceitável e uma coisa que eu mesma faço quando passo por alguma situação que não quero comentar. Além disso, quando fala com Ezra e ele dá a dica de que ela poderia transformar esse sofrimento em arte, ou pelo menos, livrar-se do peso original escrevendo no diário, ela tem uma resposta muito interessante e que mais uma vez, senti a empatia por ela. Ninguém quer ter um lembrete no seu quarto de momentos torturantes que passou em sua vida. Aqui, ela e Hanna tem o mesmo dilema: Ninguém quer lembrar de algo que foi feito para ser esquecido e passado por cima. A única coisa que realmente me irritou nela foi o fato de mentir sobre ter visto Andrew no cativeiro. Eu entendo o desespero de querer que alguém seja responsabilizado por tudo isso e de que esse sofrimento acabe logo, mas a mocinha entrou num beco sem saída e não só a promotora como Ella, perceberam o desespero dela em querer justiça.

Justiça também é o tema de Emily por aqui. Acho ótima a evolução da personagem que cresceu de uma menina chata e cheia de mimimi para alguém forte e que tem um senso do justiça e capacidade de querer proteger os outros. Acho, aliás, que ela seria uma boa militar, inclusive. Seguir os passos de papai Fields não parece tão ruim. Ela, inclusive, concorda com isso, já que resolveu vestir a camisa - literalmente - do pai e treinar sua mira no centro de tiros. Achei a forma dela em lidar com o passado das três semanas a mais pró-ativa das quatro. O senso de defesa gerado em si é admirável e eu discordo de Pam em dizer que ela está errada em saber se proteger. Não, gente, não defendo o uso de armas de fogo (ou qualquer outro tipo delas), mas não custa nada ela tentar se ajudar de alguma forma. Se atirar em alvos é algo que a faz aliviar a tensão e esquecer das terríveis memórias trazidas do cativeiro, que seja assim e ela possa se libertar também das péssimas lembranças das três semanas que passou presa.

Spencer tem um problema diferente de todas as amigas, afinal, a menina que antes já foi viciada em remédios para esquecer-se de -A, agora foi proibida por Veronica a tomá-los de novo. Acho certo o que a mãe fez por ela, porque afinal, o medo de que o vício torne-se iminente de novo é muito grande (não só dela, mas de todos nós, fãs da série e da personagem, especialmente). Gostei de ver que assim como Hanna, Spencer também pode contar com o namorado e a mãe nesse momento de dificuldade. Como não adorar o pique-nique dela com Toby? Como não adorar Veronica passando - finalmente - um tempo com a filha pra que ela pudesse dormir de fato? Mal sabe ela que conseguiu impedir a mais nova dos Hastings de começar um novo ciclo com o remédio de ansiedade roubado de Aria. E eu realmente espero que a mocinha não se vicie de novo e consiga superar essa dependência psicologicamente química.

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Por fim, temos Alison que teve um plot quase inútil. A ideia dela perguntar quem é Charles DiLaurentis para Kenneth foi bem burra pelos seguintes motivos: 1) TODO MUNDO mente nesse série; 2) Sabe deus se esse pai não tá envolvido também e já sabe que as meninas tem noção da história de Charles; 3) outra burrice foi ela acreditar que esse pai não sabia de nada. Sério, quanto mais essas meninas andam, mais burrice vemos por aí, né, minha gente. Acho ótimo que Spencer tenha dado algum senso de noção pra ela poder desconfiar do pai e pela promo do próximo episódio, Jason será o próximo interrogado, e eu até acho que é uma boa ideia questioná-lo sobre o irmão perdido no tempo, porque afinal, só duas pessoas conscientes estavam presentes nas gravações dos vídeos, além de Charles, Jessica, que já não pode responder nada mais e Jason. Então, mal posso esperar para ver o que o irmão de Spencer e Ali responderá sobre isso.

Little Lies:
1) Ezria separado me dá uma dor no coração.
2) Vocês também repararam que a única cena que as meninas apareceram todas juntas foi no hospital?
3) Mona fez falta...
4) As mães todas apareceram, mas alguém me diz onde estão os pais dessas meninas?
5) Alguém me diz quem se interessa por esse policial novo, Lorenzo, sendo um possível interesse amoroso de Ali?
6) A menina Sarah também me pareceu meio inútil, a não ser, quem sabe, se ela tiver algum envolvimento com Emily, o que é bem possível, dado o "ótimo" gosto da menina.

E então, o que acharam do episódio?

REVIEW | Game of Thrones: 5.10 "Mother’s Mercy" [Season Finale]


Foram tantas covas cavadas que o cemitério não tem nem mais espaço
CONTÉM SPOILERS!

Chegamos a season finale da quinta temporada deGame of Thornes, vamos coroar esta temporada como a mais contraditória até agora. Tivemos episódios fracos, possivelmente o nono episodio mais fraco de todas as temporadas, porém tivemos o melhor episódio de toda a série: "HardHome".

Analisando Mother’s Mercy, ele foi fantástico, mas se juntarmos ele com a temporada inteira, ele foi bem mais ou menos. O episódio foi recheado de mortes e momentos uauu mas nada além disso, muitas coisas que foram trabalhadas ao logos desses dez episódios foram jogadas no lixo.

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Em uma série que o poder e quem está no trono é uma das coisas mais importantes, ter favoritos é normal .Stannnis logo de cara foi descartado como favorito, ele não apresentava nenhum traço de carisma ou humanidade, ao decorrer de cinco temporadas isso mudou até dois episódios atrás ele era um ótimo pai e tinha feito atos históricos. Porém desde a morte de sua filha ele perdeu o carinho que tinha conquistado pelo público e metade de seu exército. A tão sonhada batalha finalmente chegou e chamar aquilo de batalha é um sacrilégio, devemos chamar de massacre. Os Boltons acabaram com a metade que sobrou do exército de Stannis. Porém o que realmente me chocou foi o fato da mulher detestável dele ter cometido suicídio por causa da morte da filha.

A morte de Renly foi uma das piores para mim, não sei se acredito ou não na suposta morte do Stannis pelas mãos da Brienne, mesmo ela não tendo nenhum motivo para hesitar, acredito que algum fator externo e não relacionado pode ter impedido sua morte. Mas a grande questão é: para quê deixar o personagem vivo? Toda a sua família morreu (culpa dele), o exército dele já era, até Mel se mandou. E se Brienne matá-lo ela finalmente vai honrar uma das milhares de promessas dela.

Sansa querida, sua sorte na vida morreu junto com a sua loba na primeira temporada. Quando você finalmente consegue acender a vela para conseguir escapar das mãos do sádico do seu marido que só falta te bater de raquete, sua “salvadora” está ocupada. Mas a senhora está muito contraditória, podia ter ficado no vale com o Mindinho, fugido com a Brienne e o Pod no começo da temporada, ou ido embora novamente com o Mindinho mas não, decidiu casar com um bastardo cujo o símbolo da casa é um homem esfolado e agora não aguenta mais. 

Sansa cresceu muito como personagem para mim nesta temporada, é triste ver que ela foi ameaçada, usada e estuprada apenas para o desenvolvimento de Theon. Vimos um relapso da sua antiga versão quando ele matou a Miranda. Claro que ainda vai ter muito drama Reek x Theon. E é impossível não achar fofo Sansa dando a mão para ele para pularem, foi simbólico, se no seu casamento ela tinha nojo do mesmo neste momento ela conta com a sua ajuda. Como eles vão sobreviver aquela queda sem danos é uma ótima pergunta.

Outra trama que não me serviu de nada foi a de Jaime, que ficou a temporada inteira atrás da filha/ sobrinha para no fim ela morrer nos seus braços envenenada. Agora eu me pergunto e pergunto para as serpentes de areia: se fosse para matar a menina envenenada, dessa maneira branda aonde ela não seria torturada não era mais fácil fazer logo no começo? Assim ninguém teria ido para Dorme, ninguém teria tomado bronca, não teríamos romance adolescente e muito menos uma cena aonde alguém admitiria estar feliz por ser produto de incesto. Se a morte da Myrcella foi apenas para o Jaime ter um propósito de vingança na série ótimo, pois o personagem em si estava até que em um bom momento na vida dele sem muitos inimigos, ninguém atacando ele diretamente. A conversa foi fofa entre os dois mas como eu disse irreal. E quem diria que o mais banana das crianças seria a única viva?

E a grande pergunta o que será do nosso galã Teen Tristan? Ele vai ficar bravo com a morte de sua amada e jurar lealdade aos Lannisters? Fazer o Romeu e se matar com uma espada? Ou morrer, pois será olho por olho e dente por dente?


Arya neste episódio não só merece palmas mas o Tocantins inteiro, claro que eu queria ver o processo de se tornar alguém diferente porque não pode ser só colocar uma máscara de alguém que já morreu. Mas a cena dela matando o assassino de Syrio foi fantástica, sem contar que todo o processo que ela passou trabalhando com o Jaqen foi o que permitiu que ela pudesse alcançar o seu objetivo. A violência foi mais que necessária neste caso e vamos dar as mãos e agradecer o fato que ela riscou um nome da sua lista no maior estilo Nikita de ser.  A cegueira provavelmente é algo temporário mas o pânico que a atriz demonstrou me fez sentir pena da personagem, e mais uma vez temos que elogiar a HBO pela ótima cena de Arya se sentindo culpada pela morte de Jaqen e por fim desmascarando ele diversas vezes. 

Da riqueza à lama: este é o lema da Dany, só pode. A cada temporada ela conquista mais coisas e acaba perdendo o dobro. Quando seu dragão alado decidiu não cooperar e tirar um cochilo, ela fica no meio da campina cercada pelo povo de seu ex marido. Vamos ser sinceros, o sonho de qualquer garota. Agora só nos resta ficar curiosos até a próxima temporada e descobrir não só de onde eles surgiram mas também qual o seu propósito com a rainha dos dragões. 

Agora nessa confusão toda o  que me deixou realmente curiosa é saber como Tyrion, Missandei e Verme Cinzento irão comandar a cidade que está totalmente cercada pelo caos, o lado bom é que eles terão a ajuda do fofoqueiro de plantão dos sete reinos. Mas sou obrigada a dizer que ainda não consegui descobrir como eles conseguiram fugir do ataque do episódio passado, afinal os filhos da Harpia estavam lá matando todo mundo e quando a rainha fugiu eles simplesmente pararam?

Repulsa, nojo e horror a descrição perfeita pra esta cena da Cersei caminhando até o castelo. Lena está de parabéns, a sua atuação foi perfeita e apesar de ter um relacionamento amor/ ódio com a personagem não consegui não simpatizar com ela. A cena em si foi grotesca, me deu nojo dos corpos expostos, nojo pela atmosfera de Porto Real, nojo pelo sangue. Por isso a produção está de parabéns pela minha repulsa. E é claro, a cara da Cersei no final, pessoas vão morrer, cabeças vão rolar, partes intimas vão ser cortadas e cidades vão queimar. Agora me respondam o que aconteceu com Margaery e Loras? Eles fugiram? Estão na cadeia? A rainha dos espinhos conseguiu mexer os seus pauzinhos?

Jon sempre foi um dos personagens mais queridos da série e tinha como não ser? Ele era honesto, valente, destemido, corajoso, amava a Ygritte pelo o que ela era. Idealista e com um coração que era a maior de suas virtudes. A traição da sua patrulha foi algo duro e pesado de se ver, afinal a sua inocência e o amor pela sua família o levaram a emboscada. A cada facada, o telespectador conseguia sentir a vida esvaindo de seu corpo e a traição entrando. Olly terminar o serviço por assim dizer é trágico mas afirma o que George R.R. Martin sempre falou: "All men must die".
Jon foi o personagem que me fez assistir a série mas não consigo tirar a razão da sua patrulha em querer vingança ou justiça dependendo do lado de quem você esteja. Quantos patrulheiros não foram mortos por causa dos selvagens? Quantas famílias não foram destruídas? E quantas vilas não foram arruinadas por causa deles?

Jon teve seus momentos mais felizes graças a uma selvagem, com ela, ele aprendeu a amar. Porém para a maioria das pessoas selvagens são sinônimos de morte, dor e sofrimento. Não quero e nem acredito na morte definitiva do personagem/ ator. Mel não abandonaria Stannis a quem sempre foi fiel por nada, e quando a vida de Jon estava indo embora seus olhos começaram a ficar azuis isso tem que significar algo. 

Sem Jon e sem Sam, com a patrulha este arco está acabado, o que será dos White Walkers agora? Sem ninguém para acabar com eles todos irão morrer, bem talvez este seja o ponto de tudo. Todos focados em dinheiro e poder quando uma ameaça bem maior se aproxima.

Game of Notes:

1)  Sam já está viciado em sexo.
2) Mais uma espécie nova de zombie Montanha agora.
3) Quem assiste Game of Thrones provavelmente não assistiu Gilmore Girls, mas exijo uma cena entre Sir Jorah e Daario,  igual a que o Luke joga o Jess no lago.
4) Cadê  o Ghost quando precisamos dele?
5) Será que o Bran vai voltar na próxima temporada?
6) Pago uma coxinha se alguém me explicar o porque da Dany tacar o anel dela no chão.
7) Aquele momento constrangedor que seu dragão não quer funcionar no meio da floresta.

 E vocês o que acharam da finale?

REVIEW | Pretty Little Liars: 6.03 "Songs of Experience"


É hora das perguntas serem respondidas.
Cuidado, spoilers!

Pareceu que a sexta temporada de Pretty Little Liars resolveu começar a andar com as coisas e responder nossas perguntas acumuladas ao longo de tanto tempo sendo espectadores da série. Desde a descoberta de que -A era Charles, as coisas parecem estar encaminhando para que os mistérios da vida sejam completamente revelados. Por enquanto, só posso agradecer pelo quanto a temporada tem sido boa, mesmo com três episódios somente, e bom, uma promessa de um tempo de mudanças. Amém pra isso.

A grande questão desde a season finale passada girava em torno da seguinte pergunta: Quem é Charles DiLaurentis? E em "Songs of Experience" temos a resposta para essa questão. Claro que não sem antes darmos algumas voltas. Eu realmente achei bem estúpido da Alison perguntar para o pai sobre o assunto, quando tá na cara que TODO MUNDO nessa cidade mente compulsivamente por qualquer coisa. E foi exatamente por isso que aplaudi Spencer enfrentando a amiga e assumindo o controle de ir até o Jason e questioná-lo sobre o nome aparecido na Dollhouse. E não é que temos um enigma sendo desvendado?

Charlie era o "amigo imaginário" de Jason quando criança e um belo dia, Kenneth disse que ele deveria ir embora e Jason nunca mais o viu. Provas físicas disso? A foto de Jessica com os dois meninos escondida no potinho tá ali pra mostrar que Charlie é mais real do que Jason foi levado a acreditar. Confesso que o cliffhanger em mostrar -A assistindo a conversa entre os DiLaurentis restantes me deixou extremamente curiosa com tudo o que teremos a seguir e eu confesso pra vocês que tentei fazer uma leitura labial do pai de Ali e Jason e posso jurar que ele respondeu um"he's your brother". Agora só nos resta esperar o resultado disso.

E por falar em Spencer, esse sismance dela com Ali realmente me deu ânsia de vômito. Assim como Toby, eu não acredito completamente na epifania de vida que a menina diz ter tido. Ok, ela realmente ajudou os meninos a acharem as liars, mas ainda não confio nela, não. Acho a preocupação do Toby bem ridícula, se formos pensar nisso, porque né, quem liga pro cara novo quando a menina pode estar enchendo a cabeça de sua namorada? Mas entendi o ponto ainda assim. O que me deixa encucada aqui é realmente pensar que Alison pode ter mudado mesmo e estar buscando sua redenção. Quando terei certeza disso? Não sei, mas talvez seja essa nova chance que ela precisa pra se redimir comigo.

Hanna parece querer seguir com sua vida e, aparentemente é a única que está pronta pra tentar se distrair de tudo o que passaram nas três semanas de tortura. Ir pra escola, aceitar uma sessão com a reaparecida Drª. Sullivan, e querer conversar sobre o que aconteceu enquanto ela e as amigas estavam sequestradas são sinais de que ela precisa de um closure para poder seguir em frente. Tudo ficaria bem se -A não tivesse ressuscitado das trevas e ameaçado a menina Sara com uma vídeo chamada tosca. Confessemos que todos rimos daquela ameaça e os 30 segundos contando na tela como se fosse um programa de perguntas e respostas com tempo. Acho que como ela pareceu a mais prejudicada nesse meio tempo, umas sessões com uma psicóloga realmente ajudariam, não pra contar do que aconteceu, mas pra ter alguém com quem conversar que esteja fora desse círculo vicioso e tóxico de -A.

E já que entramos no assunto da menina Sara, só posso dizer que tenho sentido muita pena dela. Os olhos tristes e a repressão que ela mesma se impõe são de quebrar o coração de qualquer um, mesmo alguém como eu, que não se importa muito com os outros. Acho ótimo que Pam e Emily tenham acolhido a mocinha e confesso que não sei se gosto muito dessa aproximação, afinal, todos sabemos como Emily tem o dedo podre pra escolher as pessoas com as quais se relaciona, e se envolver com alguém tão - ou mais, nesse caso - danificada quanto ela não é lá a coisa mais saudável do mundo, mas quem somos nós pra julgar, não é mesmo? Já que no fim todas as pessoas com quem ela teve algum caso acabaram deixando-a, talvez seja no apoio a Sara que ela possa achar algum conforto.

E bom, não poderia encerrar a review sem falar de Aria e Ezra, meu casal favorito que me dói ver a cada nova semana separado. Eu realmente amo como ele está ali por ela incondicionalmente, mesmo que seja de forma ilegal e para descobrir coisas sobre -A. Ok, no fim das contas Andrew é adotado, mas como as minhas suspeitas, ele não é Charles. Seria muita doideira ele mentir a idade e ainda ter mais gente como a Gossip Girl tinha pra fazer seu servicinho sujo de ameaçar adolescentes dormindo com um canivete, porque afinal, ele estava preso né. E uma das cenas ápices do episódio pra mim foi o encontro entre ele e as liars, mas especialmente com Aria, porque afinal, tava rolando um ship ali, né, gente?! Tudo bem que não acreditei muito nessa história de que ele tava atrás da Aria esse tempo todo, mas também não encaixa mais na minha cabeça a teoria de ele ser Charles. E a partir do belo discurso dele temos alguns questionamentos a serem feitos: 1) Qual é a coisa tóxica da sua cidade? Queria eu que na minha fosse um grupo de adolescentes só; 2) Será que elas vão realmente se formar? E se for, vai ser por mérito ou porque ninguém aguenta mais esse dramalhão todo?; 3) Como será o retorno para Rosewood High? 4) Andrew vai conseguir uma bolsa numa universidade, mesmo com essa passagem pela polícia?; 5) Como ia caber todo mundo de carona na viatura de Toby?; 6) Por que eu tô fazendo perguntas inúteis?. Algumas delas terão respostas, outras não, mas é assim que a vida funciona...

1) Mal posso esperar pelo próximo episódio e essa promo sensacional.
2) Jason, se você ficar mais lindo, meu coração se esmaga.
3) Acho engraçado como ninguém acha anormal essas relações de caras mais velhos com meninas de colegial. Ezra e Aria, Lorenzo e Alison... Sei lá, né, gente, mesmo gostando do ship, a gente tem que assumir que há uma pedofilia por aqui, né?
4) Saudades Caleb.
5) Hanna sempre com os melhores quotes. O que foi ela falando do Mr. Biscuit?!
6) Alguém me explica por que a Aria tem uma boneca creepy no quarto dela?
7) A cena da Spencer com a mãe dela me cortou o coração e meu deus, lá foi ela de volta pros remédios...
8) Saudades Mona.
9) Destaque na soundtrack da semana para "Skipping Stones" da Claire De Lune. Que música sensacional!

E vocês, o que acharam do episódio?

REVIEW | True Detective: 2.01 "The Western Book of the Dead"


Prontos para serem julgados. 
CONTÉM SPOILERS!

Um julgamento começa por meio de um ponto de vista. Uma situação que parece incongruente, se vista de outro patamar, pode se tornar algo plausível. Os olhos são as armas mais perigosas que um indivíduo possui. Com a nossa visão, podemos ver as coisas como elas são, ou, como elas aparentam ser. Enxergar é uma dádiva, mas pode ser perigosa. Quem enxerga demais, sabe demais. Talvez Casper tenha visto algo que não devia...

Nic Pizzolato volta com um True Detective totalmente novo em sua segunda temporada, mas mantendo, é claro, os seus créditos iniciais espetaculares, agora ao som de "Nevermind" do Leonard Cohen. O sentimentalismo que assolou o primeiro ano da série se apresentou de maneira repaginada, mostrando uma história diferente com personagens novos, mas sem perder a sua essência. O caos do ano anterior não foi deixado de lado, e de uma maneira tanto quanto diferente, foi retomado pela presente temporada. 

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Taylor Kitsh como Paul Woodrugh
"The Western Book of the Dead"trouxe um cenário moderno, com freeways sendo exibidas a todo instante, ressaltando o problema central da temporada: o desvio de reservas destinadas à construção de vias rápidas. Mas o quê isso tem a ver com o fator True Detective de ser? Ora, o mundo financeiro é tão corrupto quanto os outros, e quem julga demais, ou vê demais, acaba sendo prejudicado. 

A première serviu para mostrar que a temporada seguirá a investigação da morte de Casper, aquele que viu demais. Essa conclusão se mostra necessária, uma vez que Casper foi encontrado com seus olhos retirados por ácido. Seria uma mensagem ou um sinal de que seus olhos, e o que eles viram, valiam muito? Para descobrirmos isso, precisamos avaliar todos os eventos que geraram esse problema, e como a série trabalha de maneira gradativa, teremos um processo um tanto moroso (mas engenhoso e de muito bom gosto) nos próximos sete capítulos. 

True Detective engana. Desde seu ano anterior, a série traz um ritmo desacelerado, que ganha o seu público conforme a sua história vem sendo trabalhada. A presente temporada, aparentemente, seguirá os mesmos moldes, afinal, o caso do assassinato de Casper veio a ser motivado justo nos momentos finais do episódio. Contudo, o essencial dessa introdução não foi somente a demonstração do caso da temporada, e sim dos personagens que nos levarão até sua resolução. 

O primeiro ano se mostrou mais consolidado, e um tanto concreto, pois trabalhou em cima de fatos presentes que avaliavam questões pretéritas. Ainda, tínhamos apenas uma dupla de policiais totalmente ambíguos que se cruzavam em pensamentos para a resolução do ministério das garotas de programa mortas e exibidas como oferendas. Aqui, o problema é outro. Temos três policiais totalmente distintos que acabaram por se juntar a fim de resolverem uma situação que desencadeará um problema de estrutura estatal. O jogo é mais perigoso, mas não menos interessante. 

A briga continua sendo vital, mas com um toque mais político. Todavia, a melancolia permanece. A promo da temporada trazia uma excelente trilha sonora, a qual dizia que acordar é mais difícil do que parece, demonstrando as frustrações do nosso trio protagonista. Viver não é fácil, às vezes precisamos de algo a mais, e o trabalho pode ser esse fator essencial. 

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Colin Farrell como Ray Velcoro
Foi muito interessante perceber as diferenças entre os personagens, contudo, mais bacana ainda foi analisar suas semelhanças. O desgaste emocional é algo que assola o Detetive Raymond Velcoro desde o estupro da sua mulher, situação esse que o levou à corrupção. Sua ligação com Frank Semyon foi necessária para o deslinde da causa, mas deixou a possibilidade de uma troca de favores, afinal, quem faz algo tão caridoso sem levar algo em troca nos dias atuais, não é mesmo? 

A corrupção atingiu a vida do pobre homem, comendo, inclusive, o seu próprio senso de justiça. A privação que o Velcoro teve de seu filho, o qual possivelmente é fruto do referido estupro, só majora a sua angústia e busca por algo que não consegue ter. Velcoro demonstrou ser alguém além da justiça, capaz de fazer de tudo para conseguir o que quer. O problema é que ele está nas mãos de Frank, personagem este que será o antagonista da temporada, pelo o que tudo indica. 

Ver a existência de um antagonismo já dilacerado no primeiro episódio é algo diferente do que estávamos acostumados, mas isso talvez seja uma jogada do roteiro para nos enganar, e demonstrar que o buraco é mais embaixo. Frank já demonstrou possuir cadáveres em seu guarda-roupa, além de estar com a cabeça pronta para ser cortada. Com o sumiço de Casper, ele precisou encabeçar a situação e anunciar a ideia das novas vias sozinho, sem, é claro, deixar qualquer vestígio de corrupção vazar. O tema político é fundamental para a temporada, pois diferenciará os bons dos maus, e os fortes dos fracos. Essa linha é tênue, mas já foi consolidada. 

De um lado temos indivíduos que entregaram a sua dignidade por algo tangível; de outro temos uma dupla confusa, que traça seus próprios medos em situações que os colocam em total adrenalina. Paul Woodrugh se mostrou ser bem único. Sua tentativa de prudência foi algo que me chamou atenção, afinal, não é sempre que um homem foge de uma mulher, especialmente uma atriz famosa, como o diabo foge da cruz. Tudo bem que o seu serviço de policial rodoviário não lhe permitia uma saidinha com a motorista imprudente, mas isso o tornou motivo de piada, tanto que resultou em uma suspensão. 

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Rachel McAdams como Ani Bezzerides
Entretanto, tudo fez sentido quando vimos que suas cicatrizes não são somente aqueles desenhadas em seu ombro. As piores são aquelas que nos julgam até a morte, marcando nossos pensamento a todo instante, tanto que Paul necessita de uma bolinha azul para conseguir atingir o prazer com a sua amada, quando ele mesmo sabe que seu próprio prazer está estabelecido no perigo, como correr de moto, por exemplo. 

Já Ani Bezzerides é alguém marcada pela própria vida, e pelos tapas que ela lhe deu. Ter um relacionamento conturbado, mas não ruim, diga-se de passagem, acrescido de uma irmã disposta a se vender pela internet sem se importar, indo contra seus próprios princípios, e um pai que se desligou da vida para seguir uma vida espiritual, lhe causaram um certo desconforto psicológico. Porém, diante de tudo isso, Ani é a única que parece estar desregulada. A presença de uma mulher na temporada se tornou algo capaz de trazer novas situações e desamparos para o show, afinal, veremos como a melancolia assola o lado feminino também, o que não tínhamos na temporada predecessora.

Paul encontrar Casper - o qual foi sequestrado de seu próprio lar libidinoso e colocado dentro de um carro com estátuas de águias, sendo deixado sentado com seus documentos em uma rodovia - foi o passe de entrada que ele precisava para conseguir o que tanto almejava: sua própria ascendência. É claro que esse causo precisava de uma investigação criminal, e é aí que Ani entra, para suprimir seus fantasmas em uma árdua corrida ao pódio, em que ela é a sua única concorrente. E, o melhor de tudo, temos Velcoro, o qual servirá como uma ameaça invisível, haja vista a sua parceria (dada por meio da coerção indireta, digamos assim) com Frank, o qual precisava de Casper vivo para seguir com seus projetos. 

Casper, coitado, viu demais, e agora deixou todos em sua volta cegos. Frank está perdido, já que agora sabe que todo o plano pode sair pela culatra. Quem poderia querer Casper morto? Quem tem medo tem vergonha, Semyon! Tenho certeza que algo muito maior que o nosso próprio antagonista está para surgir... Talvez a visão de Casper tenha sido algo que possibilitou Raymond, Ani e Paul a enxergarem algo além de suas míseras vidas, mas eles mal sabem que estão apenas adentrando em um terreno onde o julgamento é algo inexistente. A briga de titãs ainda nem começou. 

P.S.: Eu, Eduardo, dividirei semanalmente as reviews com meu colega Mikael. Até o terceiro episódio!

E vocês, o que acharam da estreia da temporada? 

REVIEW | Hannibal: 3.03 "Secondo"


A arte do perdão! 
CONTÉM SPOILERS!

Não consigo começar a falar sobre Hannibal sem falar sobre a triste notícia que recebemos essa semana: o cancelamento da série pela NBC. Se formos realistas, a notícia não é uma surpresa tão grande assim, uma vez que a série já passou por dificuldades em ser renovada do seu segundo para o terceiro, e agora não poderia ser diferente. Tenho dó pois a série tem, não só o seu roteiro, mas toda a sua produção é feita de forma tão brilhante que acaba sendo um prejuízo para a nossa watchlist esse cancelamento. 

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Contudo, olhando pelo lado da emissora, a série por não ser algo simples e voltado às massas, acaba não trazendo a audiência esperada, e todos sabemos que a NBCnão está nem aí para os nossos corações de fãs. Agora só nós resta esperar alguma boa alma para salvar a nossa série, afinal, até Bryan já disse que tem a ideia toda elaborada para um quarto ano. 

Agora sim, falando sobre "Secondo"... Mais uma vez a série merece palmas. É interessante pararmos para analisar a evolução de cada um de seus personagens e de suas atitudes. Todas as nossas ações geram consequências e a partir dessas consequências tomamos mais ações, e assim é o ciclo da vida. No momento, Lecter e Will estão no passo das consequências, porém, ao mesmo tempo em que vivem os frutos das atitudes passadas, eles estão ali, planejando os novos passos, decidindo quais serão as próximas atitudes que irão tomar, e quais serão as consequências que, não só ambos, mas aqueles que estão ao seu redor, também terão que enfrentar.

Minha grande dúvida aqui é: será que Will decidiu perdoar Hannibal? Porque a cada dia que passa ele vê que está se tornando mais e mais como o seu nakama (?), ou então, porque esse perdão é a forma que ele vê de se reaproximar dele e assim conseguir capturá-lo (?) ou então conseguir a justiça que ele precisa (?). 

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Ao mesmo tempo que temos Will mostrando uma grande diferença em sua personalidade, temos Lecter, que, de certa forma, podemos dizer que continua o mesmo, apesar de se encontrar em situações diferenciadas do seu passado. O interessante de "Secondo"é que através de Will e Bedilia, pudemos ver um pouco mais do original Hannibal Lecter, aquele que apenas conseguiu perdoar a sua irmã por qualquer transgressão do seu passado, no momento em que a matou e fez dela a sua primeira obra de arte. 

Lecter não pode ser considerado uma pessoa impulsiva como ele se julga aqui,  ele é e sempre foi um personagem meticuloso, que não só pensa na jogada que tem que fazer no momento, mas sim em cinco passos à frente. Prova disso é que mesmo Bedilia, sendo relutante em participar de seu jogo, aqui é obrigada  a mostrar as sua cartas. Não importa se é na simples forma de dizer que já tem um plano para quando a hora de Lecter chegar, afinal, quanto mais corpos caírem, mais atenção ele chama para si mesmo (ou então por acabar com o sofrimento do Professor Sogliato).

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Hannibal sabe ser delicada até quando o momento pede pela violência. Não sei vocês, mas sou obrigada a dizer que me espantei (e muito) com a morte do professor. Foi algo que eu não esperava naquele momento, não só pelo fato d'eles tentarem arriscar a vida ali (o mínimo possível), ou então pela agilidade em que Lecter deu o seu golpe final. E como não achar fantástico o fato de ele estar ali sentado desfrutando de seu jantar enquanto o pobre professor tinha uma sincope em sua frente? 

Bom, Bedilia teve que tomar uma decisão e acabar com a vida dele, afinal, ninguém merecia aquele tormento todo. E como não achar a cara de pau de Lecter e Bedilia em estar ali servindo o antigo colega para seus convidados e falando sobre a ausência deste como se fosse apenas mais um dia na vida de cada um deles?

Dizem que perdão é um dos sentimentos mais difíceis de se conseguir no mundo, diferentemente do amor que o atinge quando não se está esperando e sem controle algum sobre as as emoções. O perdão não, ele é algo que deve ser conquistado, e não imposto, tanto para quem cometeu o ato que merece o perdão, quanto para aquele que tem que dá-lo.

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Aqui os papéis podem ser analisados de ambas as formas: (a) o ponto de vista do Will que pode ter perdoado o ataque de Lecter, e; (b) o lado de Lecter, no qual temos Will que cometeu a traição por não ter aceitado fugir, entregando-o à polícia. Lecter já deixou bem claro que, apesar de todo esse relacionamento conturbado dele com o Will e de amar sim o seu nakama, ele não conseguirá ter o ato de perdão, apenas na forma que ele conhece bem, transformando Will em sua obra de arte e saboreando ele.  

A série pode levar o nome de Hannibal e mostrar como seu objetivo principal os atos de seu protagonista, mas se pararmos para pensar, qual seria a graça de Lecter sem o seu Will? O relacionamento deles, e essa briga de gato e rato de ambos, é o que dá o tom magnifico à série. Enquanto temos Lecter que se conhece e se aceita da forma que é, Will ainda está se descobrindo. Essa descoberta tardia pode ser dada a forma como ele sempre viu o mundo, como ele consegue se inserir na mente do seu objeto de estudo e pensar como essa pessoa, o que bem conseguimos imaginar que, para uma pessoa com um mente não muito estável, pode ser algo complexo de definir: onde eu começo e ele termina. 

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Desde o piloto eu vejo Will como um personagem muito mais complexo do que Lecter, apesar de Lecter ser o monstro da história. Porém, essa complexidade só se mostra mais e mais próxima da superfície ainda mais depois de toda a história que Will passou. Em sua busca por Lecter, Will não estaá apenas visitando possíveis lugares onde o antigo amigo possa estar, ele está em busca de pedaços de sua psique, afinal, ele mudou a forma como Will vê o mundo e agora ele precisa se encaixar à essa nova realidade, e nada melhor do que buscar as respostas no passado do amigo. 

Primeiro foi no principal local do salão de memórias de Hannibal, e agora em sua antiga casa onde ele fez sua primeira vítima. O interessante é que, tanto Will como Lecter, não conseguem participar dessa batalha sozinhos, eles precisam agregar pessoas que possam estar ali ajudando-os quando necessário; pessoas que eles possam utilizar ou defender de acordo com a serventia de cada uma delas. "Secondo" nos apresentou a Chiyoh, alguém que um dia confiou em Lecter, assim como Will, e que acabou sendo utilizado por ele.

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Dentro da mente doentia de Lecter, ele teve que inventar uma história para poder aceitar o fato do que havia feito com sua irmã, e para isso, ele contou uma triste história para alguém conhecido com o intuito de que a situação pudesse ser perpetuada. 

Ok, isso foi há muitos anos atrás, e agora a farsa não se faz mais necessária, porém, o que ele não viu é que nesse jogo ele acabou perdendo um aliado, talvez até um poderoso aliado para o Will. Chiyoh tinha um único propósito em sua vida - continuar castigando o homem que supostamente havia matado Misha - e Will chegou para mudar tudo isso. 

Pensei, refleti e pensei mais um pouco, tentando chegar a alguma conclusão do que as atitudes de Will representam. Sabemos que Jack (que eu ainda não entendi como pode estar vivo) está à procura de seu amigo para salvá-lo. Agora a grande questão é: ele está ali para salvá-lo de Hannibal ou dele mesmo? 

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À primeira instância, toda a observação de Will a Chiyoh é completamente natural: ele está ali tentando conseguir informações sobre o paradeiro de Hannibal... Então, toda e qualquer pessoa pode ser tanto um inimigo como um aliado, e saber detalhes sobre essa pessoa apenas ajuda a estabelecer essa informação. Porém tudo muda quando Will encontra o senhor preso e decide ser um bom samaritano ao salvá-lo. Meu primeiro pensamento foi "ok, ele sabe que o velhinho não cometeu o crime do qual ele está sendo acusado, então vou libertá-lo e ponto final,  pois ele não será mais uma vítima no jogo de Hannibal".

Entretanto, é ai que se esconde o brilhantismo dessa série. Will está se redescobrindo como Hannibal, tanto que insistiu para que ele fizesse e apenas libertou o homem porque sabia que ele iria voltar para tentar matar a sua carcereira, e assim ela teria que finalmente tomar uma decisão sobre matar ele ou não; ou ele apenas desejou que ela fosse livre da sua tarefa e não contou com o que poderia acontecer? 

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Se o episódio tivesse terminando ali, mesmo desconfiando, eu aceitaria que ele tomou uma atitude para libertar duas pessoas que estavam sendo vítima à longa data de Hannibal, porém, o desfecho do episódio me faz perguntar: o quanto Will é uma nova pessoa? E o quanto ele foi afetado por todos os acontecimentos?

Ao ver Graham pousando o corpo do senhor como uma obra de arte, fiquei com três grandes interrogações em minha mente, juntamente com três possibilidades do que essa representação possa significar. O problema é depois de muito ir e voltar não cheguei a uma conclusão definitiva:

  • O fato de Will ter transformado o corpo do senhor em uma libélula pode estar mostrando a evolução dele mesmo, mostrando que ele está saindo do casulo e se tornando mais parecido com Hannibal do que qualquer um de nós poderia imaginar;
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  • O fato de que, como o senhor só está morto por ter feito parte da fantasia de Hannibal (onde ele não era o culpado pela morte de Misha), Will achou nada mais do que justo demonstrar mais uma das vítimas de Hannibal da forma que ele faria;
  • Ou ainda, por se tratar da casa de Hannibal, ele decidiu expor o corpo para que, quando alguém o encontrar, ele possa ser considerado mais um dos crimes de Lecter e, assim, podendo ser julgado por mais esse ato.
Ou então meus três pensamentos originais estão completamente errados, só sei que essa é uma respostas que ainda levaremos algum tempo para obter, afinal, nada em Hannibal nos é fornecido de mão beijada. Todas as informações são mais complexas do que esperamos.


Notas deliciosamente diabólicas:


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1. Só eu que esperava um flashback do resgate do Jack?

2. Queria saber qual é a graça dessa série de ir trazendo os personagens principais de volta ao passo de lesmas mancas para a terceira temporada.

3. Só eu que fico confusa quando o Will se imagina falando com o Hannibal, que eu não sei se é algo que realmente aconteceu e ele só está adaptando a memória, ou se é algo que ele está imaginando como seria a conversa dos dois?

E vocês, o que acharam de "Secondo"?

FIRST LOOK | Killjoys: 1.01 "Bangarang"


Conhecendo os killjoys e sua Galáxia! 
CONTÉM SPOILERS!

Quem me conhece sabe o quanto eu adoro conhecer séries novas, sempre que tem uma nova estreia dependendo de qual for o tema da bonitinha, lá estou eu assistindo e tentando convencer os amiguinhos a entrarem para essa jornada comigo. Adoro indicar séries ao meus amiguinhos e tentar convence-los de, mesmo sem tempo, assistir as benditas séries, porém como eu sempre digo é tão difícil vir aqui e escrever sobre elas, aquele primeiro texto contando sobre algo novo que me deixou empolgada às vezes é muito complicado de sair, bom mas estou eu aqui tentando convencer você que decidiu perder o seu precioso tempo e ler o meu texto a assistir mais uma série ou então a você que assistiu e não sabe o que fazer com o seu curto tempo a continuar nessa jornada comigo.

Para a primeira leva de pessoas que não fazem ideia do que se trata "Killjoys" eu poderia dizer que a maneira simples de explicar a série é que ela é um procedural misturado com Sci-Fi, agora quem me conhece eu até consigo imaginar um grande AHH no cérebro juntamente com um agora eu entendi porque a Talitha não cala a boca sobre a série, pois bem "Killjoys" decidiu reunir o melhor de dois mundos para mim. Como sempre. estou aqui para dar a minha opinião, que muitas vezes pode não ser tão imparcial assim, ainda mais quando eu já tenho pelo menos um queridinho no elenco, quando são dois então nem se fala. Mas se eu for aprofundar um pouco mais na temática da série eu posso dizer que ela não só se passa em um local distante que não é a Terra como temos um grupo de executadores da lei que buscam aqueles que são foragidos, eles são os killjoys, por algum motivo que ainda não sabemos, mas que provavelmente ao decorrer da temporada ficará claro, eles não podem se envolver com a politica da galáxia onde estão, apenas seguir a suas regras e capturar aqueles envolvidos. 

Dentre os seus primeiros quarenta e dois minutos de seu piloto somos apresentados ao três personagens principais da série: Dutch(Hanna John-Kamen - The Hour, Banana, Cucumber), John(Aaron Ashmore - Smallville, Warehouse 13, Lost Girl) e D´Avin(Luke Macfarlane - Brothers & Sisters, The Night Shift). Logo de cara quando conhecemos Dutch e John, eles estão aparentemente em uma enrascada, mal os bad guys do momento sabiam que tudo não passava de um plano para que eles tivessem mais um trabalho bem sucedido, a dupla aqui funciona e funciona muito bem, o entrosamento entre eles realmente faz o telespectador acreditar que eles trabalham juntos a diversos anos e nos deixa com aquela vontade de ver eles em ação novamente, porque temos que concordar que ambos não estão na categoria de policiais mas podemos comparar seus planos como se eles fossem vigilantes. E para nós garotas de plantão podemos dizer que sim temos muito espaço para os nossos ships de plantão, por mais que não consigo ver eles dessa forma. 

Em "Bangarang" não conseguimos ainda entender perfeitamente como funciona a hierarquia de um killjoy, sabemos que quanto mais eles capturam seus fugitivos e mais tempo de experiência e habilidades eles adquirem mais alto na hierarquia eles estão, por exemplo Dutch tem a hierarquia máxima de um agente killjoy e por isso ela pode adquirir missões onde o seu procurado deve ser assassinado e não capturado, diferente de John. Lógico que para a série começar precisamos de uma história e a que nos foi apresentada aqui é que John decide sumir e deixar Dutch para ir atrás de um procurado e é ai que temos a primeira surpresa do piloto, pois em momento algum nas promos ou então até aqui poderíamos suspeitar que D´Avin é irmão de John e ele está lá para salvá-lo de uma morte certa.

Minha primeira impressão de D´Avin é que ele é um pouco convencido demais e que seu passado não só no exercito mais com o seu irmão é um tanto complexo e nebuloso, podemos pegar pelo fato de que ambos não se falavam a mais de oito anos, mas quando se trata de família estamos sempre ali fazendo o possível e o impossível para mante-los seguros. Dutch que demonstrou que não é nem um pouquinho estúpida sabe que John esta aprontando algo e decide ir atrás dele para descobrir o que ele esta fazendo,  sorte dele porque como toda pessoa preocupada ele não pensa no plano inteiro e se não fosse por ela seu irmão teria morrido ali mesmo,sem contar o tanto de confusão que ele arranjaria por assumir uma missão no lugar dela,  mas é lógico que se isso tivesse acontecido não teríamos história para a série.

A partir daí temos aquele coisa de vamos bolar um plano para cancelar o mandato de morte de D´Avin e nada melhor do que descobrir a pessoa que deseja que ele esteja morto algo que ela queira mais, e com isso Dutch, John e D´Avin partem para encontrar um fugitivo que roubou informações da Companhia que controla todo o quadrante onde eles vivem. Um dos grandes atributos que "Killjoys" soube mostrar logo de cara são as suas lutas que são muito bem executadas e seus efeitos de transição também. Particularmente para mim uma das cenas que mais gostei dessa estreia da série é quando após matar a pessoa que a Companhia estava atrás e recuperar os dados, John e D´Avin são encurralados por guardas e Dutch vem ao resgate dos dois, a junção do figurino dela, com a trilha sonora mais o efeito de slow motion tornam a cena em que ela sozinha acaba com todos os guardas usando apenas mini bombas disfarçadas em seu colar e sua habilidade de luta uma das melhores apresentadas aqui em "Bangarang".

Mas é lógico que como nem tudo são flores e nós sempre estamos precisando de bons plots para nos fazer acompanhar as séries, e mesmo eles tendo resolvido o problema de D´Avin outras coisas surgem no caminho, temos alguém do passado de Dutch que ao que tudo indica a treinou como assassina desde criança a perseguindo e mandando novas missões e D´Avin acredita que ela não seja quem diz ser e por isso decide ficar para ser um bom irmão e compensar os oito anos perdidos.

Apenas com o seu episódio de estreia "Killjoys" já mostrou que tem muito potencial, e muita história para contar não importa se é do lado pessoal, profissional ou politico dos três personagens envolvidos, não sei quanto a vocês mas a série conseguiu me deixar curiosa o suficiente a ponto de que estarei de volta todas as sextas-feiras para mais.

P.S.: Não sei vocês, mas super já consigo sentir a relação de amor e ódio que D´Avin e Dutch terão.
P.S¹.: Além de ter gostado muito do cenário da série podemos bater palmas para a sua trilha sonora.  
P.S².: Não sei se vocês chegaram a assistir a esse vídeo que apresenta a série assim como os seus personagens, é bem interessante.  
P.S³.: Para você que também gostou da série e irá acompanha-lá, segue a promo do segundo episódio. 

E vocês, o que acharam da estréia de Killjoys?

REVIEW | Pretty Little Liars: 6.04 "Don't Look Now"


Nem tudo está escondido.
Cuidado, spoilers!

Confesso pra vocês que eu realmente já tinha perdido toda e qualquer esperança de que Pretty Little Liars pudesse fazer episódios atraentes e consistentes (na medida do possível) e essa sexta temporada tem me surpreendido em níveis que não esperava. É claro que coisas ridículas continuam acontecendo, porque né, quem imaginava algo diferente? Mas as coisas tem caminhado, mesmo que a passos lentos, podemos ver uma progressão e algo que me deixa com uma sensação quase satisfatória em poder continuar acompanhando essa joça.

Eu queria muito começar falando da Spencer e esquecer de -A e Charles por alguns minutos. Eu sempre tive a teoria de que a personagem favorita de 7 entre 10 fãs da série é também a favorita de Marlene King. Sabem por que? Vemos constantemente a personagem de Troian Bellisario ganhando as melhores histórias e muitas cenas que, volta e meia, são desnecessárias. Ou até mesmo volta e meia há uma coisa meio forçada com a personagem, uma necessidade de fazer com que ela seja a mais abalada de todas, em contraposição ao fato de ela ser a mais forte e esperta das protagonistas. Talvez também seja porque Troian é talentosa e a série, por fim, queira explorar e deixar crescer o talento da mocinha. Pode ser um compilado de tudo isso também, na verdade.

A única coisa que não entendo é porque forçar tanto a barra várias vezes. Eu sabia que o plot de Spencer drogada voltaria, estava mais do que na cara depois da neurose dela com os remédios de ansiedade, e desde a "Songs of Innocence" eu me perguntava qual a necessidade da reprodução de uma história aqui, aliás, da pior fase da personagem. O desespero chegou ao nível de sermos obrigados a ver não só Spencer mentindo compulsivamente, mas remexendo no lixo e correndo atrás de cookies batizados. Outra pergunta que me surgiu graças a isso foi: Onde está Toby quando a namorada precisa dele? Tomar conta da vida amorosa de Alison ele quer, mas ver que a amada está indo pro fundo do poço (de novo) não? Aqui, coube a Ezra tentar ser uma luz na vida dela e eu até fico feliz com a interação dele com as outras meninas por mostrar que ele não é um outsider e que a saúde, tanto física quanto mental, das amigas de Aria importa pra ele e talvez agora alguém note que essa menina tá perdendo a sanidade de novo. Oremos.

E já que sanidade é o nosso tema, preciso dizer o quão insanos e interessantes tem sido esses flashbacks das meninas na Dollhouse. Até achei que eles fossem parar de aparecer, mas fiquei feliz quando novamente eles surgiram por aqui. Ainda tenho umas teorias sobre os de Spencer e o, chamemos de pseudo sangue, que se alastrava pela sua barriga e o chão de seu quarto lá. Depois do final do episódio com -A rastreando as meninas pode ser que o sangue no flash seja o da própria menina que teve um microchip instalado no seu corpo (em algum lugar que não percebeu, porque né). Ou que na verdade o sangue poderia ter sido implantado ali só pra ela realmente achar que feriu alguém, porque nós já percebemos o quanto -A é doente e, foi o que Hanna disse pra ela: foram tantos joguinhos ali dentro que é impossível saber o que de fato aconteceu e o que foi manipulado pra que elas pensassem que de fato tinha acontecido.

E se o tema aqui é superação de traumas, Aria é quem, aparentemente tem lidado melhor com esse quesito. Pudemos finalmente entender como seu cabelo foi cortado. Achei interessante esse flashback porque todos sempre tiveram aquela teoria de que Aria nunca sofreu tanto nas mãos de -A e aqui vemos o nível de tortura psicológica que nenhuma mulher aguentaria passar facilmente. Sempre achei que o cabelo é ponto ápice da feminilidade, porque afinal, quem de nós não se preocupa horrores quando o bad hair day chega ou nos sentimos maravilhosas quando damos aquela renovada no look? O fato é que ter seu cabelo cortado à força por um maníaco é uma quebra do seu auto-controle, porque pensem: Se você não manda em como fica seu cabelo, como mais você vai mandar na sua vida?

É tudo uma grande metáfora para mostrar quem estava no controle de toda a situação. Charles/ Charlie/ -A, seja lá quem for essa criatura (já chego lá), é ele quem ganha o jogo sempre. Seja qual for a rebelião que você cause ou a frase de impacto que use contra, ou o quanto você ache que não é uma boneca, no jogo de Pretty Little Liars, as meninas são somente peças no tabuleiro de um doentio jogo de caça. Aria tentou seguir o ritmo da música "My Hair" do The Maine, com um "nobody's gonna tell me how to wear my hair", mas não funcionou, ela não só teve que pintar como teve as madeixas cortadas pelo maníaco. O que realmente gostei nesse meio todo foi que ela não só canalizou os sentimentos na fotografia, como conseguiu falar pro pai de algumas coisas que passou por lá. E esse é o primeiro passo pra poder finalmente seguir em frente.

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Falando em seguir em frente, Emily parece ter tomado as rédeas de sua vida. O fato de ter alguém muito mais danificada por -A por perto, faz dela uma pessoa mais forte e ativa seu instinto protetor no nível máximo. Assumo que mesmo sabendo o quanto Sara é problemática, tenho gostado do envolvimento das duas porque isso tem mostrado um crescimento de Emily que não esperava agora. Na minha opinião ela sempre foi a mais fraca das meninas e a mais sofrida e de uns tempos pra cá, todo o sofrimento que ela passou só me fez começar a gostar dela e até torcer pela mocinha. E agora, gente, só eu fiquei esperando um beijo das duas na cena da piscina? É, esse ship vai ter que esperar (e sofrer) como todos os outros nessa maldita série.

E sim, parece que TODOS os ships dessa série foram criados pra me fazer sofrer. O único que ainda estava intacto era Haleb. Notem o verbo era não é. Porque sim, Marlene decidiu que me fazer sofrer com Ezria não era suficiente e agora resolveu mexer com o casal mais estável da série em algum tempo. Nessa história toda eu consigo entender os dois lados. Caleb se sente culpado por não ter podido proteger a mocinha de ser sequestrada e agora ele criou em si um instinto protetor ainda maior para com a namorada, e justamente por isso, eu super entendo o lado dele em colocar um rastreador no carro dela. Ao mesmo tempo, imaginem vocês quem aguentaria ser vigiada por mais uma pessoa 24 horas por dia?! Hanna vai, no mínimo, ficar louca com isso tudo, não? E outra: Ela quer realmente proteger Caleb disso tudo por causa das ameaças e tal, mas eu sempre penso que se essas meninas abrissem mais a boca (seja pra quem for), as coisas talvez nem chegassem no nível que chegaram. E daí agora terminamos tudo com o "tempo". MARLENE KING, NÃO FAZ ISSO COM NOSSO CORAÇÃO! Só espero que no próximo episódio os dois já tenham voltado a se acertar, se não, mortes acontecerão nessa produção.

Não foi por acaso que deixei pra comentar sobre Charles e todo o big reve-Al agora no final já que foi por isso que todos nós esperamos desde a "Welcome to the Dollhouse", a season finale passada. A resposta pra pergunta "Quem é Charles DiLaurentis?" foi dada oficialmente aqui por Kenneth à Alison e Jason no final do episódio passado. Preciso dizer que achei interessantíssima a forma como tudo foi contado aqui: Assim como as liars nós ouvimos Alison contando sobre a conversa em família. Os flashbacks mais uma vez foram extremamente bem executados aqui contrapostos com as perguntas das amigas de Ali. Acontece que Charles era mesmo irmão de Ali e Jason que só porque nasceu com problemas foi deixado de lado e ignorado pela família. Bom, por Kenneth, na verdade, porque Jessica ficou meio perturbada com essa história do filho e desenvolve todo o plot para adentrarmos na investigação das meninas.

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Achei ótimo como juntaram todas as peças no mesmo episódio. Tanto a revelação de quem era Charles e como ele passou tanto tempo em Radley (sim, mais uma vez esse lugar vem a ser o centro das atenções na série), finalizando com sua possível morte. As meninas estão certíssimas em querer provas de que isso realmente aconteceu, porque afinal, "sem corpo, sem provas", não é mesmo, Hanna? E mesmo assim eu ainda desconfio dessa regra quando se trata de Pretty Little Liars porque afinal, todos nós vimos o corpo de Mona no porta-malas daquele carro em "Taking This One to the Grave" e no fim ela tava mais do que viva e presa na Dollhouse. Eu só realmente não entendi porque diabos Hanna não deu corda pra continuarem cavando aquela cova, não é só porque a planta cresceu ali que isso quer dizer que tenha um corpo enterrado, minha gente. Só significa que a lápide tá ali há tempos.

Pois bem, depois de tudo isso essa gente não aprendeu e eu criei três teorias: 1) Charles não morreu (o que até agora é a opção mais válida na minha cabeça); 2) Charles morreu e alguém em Radley sabia sua história e resolveu assumir sua personalidade (o que vindo da cabeça de Marlene é algo super aceitável); 3) -A na verdade não é Charles mas sabe da história do filho rejeitado dos DiLaurentis e continua querendo mexer com a vida da família (o que também é de se esperar porque Marlene adora criar histórias e desfazer-se delas facilmente). E no fim das contas, pode ser que Marlene e sua equipe de criação surja com uma quarta opção mais louca ainda sobre a identidade verídica de Ch-Arles. Enquanto isso, sobra pra nós a velha interrogação e a elaboração de teorias loucas de sempre.

1) A promo do próximo episódio me deixou extremamente confusa. Teorias?
2) Alguém me explica qual a necessidade da cena da Spencer revirando o lixo? (Juro que procurei um gif disso mas não achei, então fica aqui minha nota do quanto achei ridícula a cena).
3) Assustada com a minha média de notas da temporada estar na casa dos "9".
4) Jason não sabe ser feio nunca, né? Nem todo derrotado no flashback esse homem fica indesejável.
5) Revezamento dos pais de Aria voltou a acontecer e agora vimos Byron ao invés de Ella.
6) Curiosidade inútil: Titus Makin Jr., o Clark, já atuou antes com Lucy Hale no filme "A Cinderella Story: Once Upon a Song".
7) Só eu acho que Marlene exagerou muito no rastreamento de -A pelas meninas?
8) Achei a cena dessas meninas invadindo o almoxarifado dos arquivos ridícula demais pra comentar.

E vocês, o que acharam de "Don't Look Now"?

REVIEW | Suits: 5.01 "Denial"


Estado de insolvência. 
CONTÉM SPOILERS!

A insolvência se dá no momento em que um devedor tem a obrigação de cumprir as obrigações firmadas com outrem, assumindo todos os riscos do negócio, podendo, inclusive, ir à falência. Suits retorna para a sua quinta temporada demonstrando que Harvey Specter está devendo, porém, não tem os culhões necessários para quitar seus débitos. 

Após um desenvolvimento em banho-maria, a temporada predecessora engatilhou uma situação que deixou um belo cliffhanger para ser resolvido. Três meses se passaram e eis que estamos na jaula de vidro da Pearson, Spcter & Litt novamente, aguardando para a resolução das lides deixadas em aberto. O escritório nunca consegue estar em serenidade completa, e na presente premiere isso não poderia ser diferente porém, os conflitos são mais psicológicos do que físicos. 

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A situação que envolve Harvey e Donna é uma das mais bem trabalhados do show, desde seus primórdios. Aliás, Suits sabe trabalhar com suas questões amorosas de um modo bem peculiar. É interessante analisar como o roteiro tem a capacidade de trabalhar com o melhor dos dois mundos quando o assunto é o coração. De um lado temos a frieza e classe de Harvey e Donna, que escondem os seus sentimento, preferindo a fuga; de outro temos Mike e Rachel, acesos pela chama da paixão, enfrentando, inclusive, as próprias limitações para encontrarem uma deixa. 

Por quatro temporadas, vimos Mike e Rachel andando em círculos, até o momento em que a finale do ano anterior veio com o intuito de colocar um basta em tudo. A proposta de casamento que surgiu caiu como uma luva, haja vista ter cessado todo o lenga lenga que abraçava o casal, e deu oportunidades aos personagens de se reinventarem na história. Mike era alguém que andou buscando seu próprio caminho, e vê-lo feliz em seu habitat-quase-que-natural é algo que dá outro gás ao seu desenvolvimento. 

A mesma dinâmica se dá para com Rachel, a qual encontrava-se um pouco deslocadas em meio aos advogados, contudo, no momento em que os roteiristas resolveram a colocar no rumo jurídico que a série tanto trabalha, tudo pareceu funcionar. Não obstante, essa desculpa funcionou perfeitamente bem, pois, além de dar alguma vida à personagem, a colocou em um núcleo que precisava de apoio, ou seja, junto a Harvey. Nesse passo, é bacana perceber como o envolvimento do núcleo vem crescendo, especialmente entre Mike e Harvey que andavam um tanto quanto distantes e que, finalmente, voltaram a se unir por quotes de filmes, especialmente O Silêncio dos Inocentes. #SAVEHANNIBAL

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Harvey é sempre uma incógnita em Suits, visto que o advogado sempre é muito ardiloso e não deixa nenhuma brisa de humanidade lhe possuir. Essa essência é o charme de Mr. Specter, pois segue o pensamento Bruce Wayne de viver, ou seja, perigoso. Entretanto, Harvey, por sessenta e um episódios, vem sido moldado aos referidos parâmetros. Era mais do que a hora de analisarmos o seu lado B, o lado esquerdo de seu corpo, ou melhor, seus sentimentos. 

Com o discorrer do episódio que encerrou a temporada passada, tivemos um tempo para deglutir a ideia de um Harvey sem Donna. Obviamente isso é impossível de ser imaginável, mas eis que "Denial"chega para nos colocar em negação, literalmente. Não, não estamos dispostos a aceitar um Harvey sem Donna, e talvez tenha sido essa sacada que transformou o episódio em algo a mais do que uma simples season premiere

Harvey Specter possui um character development muito aguçado, como mesmo ressaltei. Todavia, sempre foi possível perceber que algo lhe dava a liga necessária entre a paz interior e o stress do trabalho. Tá certo que estava meio na cara, mas Donna exercia esse papel tão fundamental na vida do operador judicial, especialmente nos últimos momentos os quais o colocaram em desvantagem no amor. O mais legal de tudo isso é perceber que Harvey foi golpeado pelas suas próprias frustrações, o que podem o levar à insolvência emocional, caminhando paralelamente com o caso da semana, este que trabalhou, pasmem, com uma situação de insolvência e perigo de falência de uma empresa.

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A análise acerca das seis últimas semanas na storyline da série funcionou perfeitamente, uma vez que traçou de maneira exemplar a fragilidade de Harvey. É engraçado pensar que o personagem só funcionava pois alguém estava ali, o segurando. Porém, Harvey foi negligente, deixou a desídia falar mais alto e abriu mão do seu bem mais precioso. Tudo bem que Donna continua na sua zona de visão, mas talvez isso seja ainda mais perigoso, pois lhe afetará de um modo mais descarado. 

Acerca disso, devemos analisar que toda essa situação foi o que acarretou na desconstrução do caráter monumental que Harvey Specter é. Quem diria que Mr. Specter precisaria de uma psicóloga para cuidar de seus ataques de nervos? Essa alternativa que o roteiro nos presenteou foi algo inusitado, porém, muito esclarecedor. Harvey sempre guardou as coisas para si, mas tinha com quem contar nos momentos de crise. Agora, por deixar isso fugir, Harvey acabou por perder sua válvula de escape. 

Tenho certo receito do que esse plot pode nos resultar. De duas uma: ou teremos Harvey tendo um affair com sua psicóloga, ou teremos a situação de um possível vicio em calmantes. Ou, ainda, nenhuma das alternativas. Creio que Suits seja uma série madura que não precisa necessariamente seguir por esse lado mais sombrio, mas seria uma ideia interessante para demonstrar como a não exteriorização dos nossos sentimentos só nos faz mal. 

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Por outro lado temos Louis, personagem este que consegue exteriorizar toda e qualquer situação que lhe cutuque. Louis é alguém que cresceu muito na trama, mas que se deixa levar por suas próprias limitações e soberba. Mr. Litt é alguém que só pensa em si depois de pensar no que os outros pensarão. É por isso que Louis nunca será Harvey, uma vez que ele quer pensar como Harvey. No momento em que Louis parar para pensar com sua própria cabeça e confiar em seu próprio taco, teremos um personagem mais interessante e menos pedante.

Em "Denial", Louis passou os quarenta e dois minutos de episódio se lamentando e estando em negação acerca das escolhas de Donna. Ora, restou evidente que ela decidiu seguir em frente, mas o advogado insistiu em perseguir a ideia do contraditório. Louis e Donna sempre formaram uma dupla muito boa, e creio que essa nova fase possa ser bem proveitosa para a trama, se bem elaborada e não afastada logo de cara. Agora, o perigo reside no próprio Litt, o qual encontra-se insolvente com seus pensamentos, dívidas estas que mais lhe afundam.

Foi por meio de uma premiere muito coesa e bem executada que Suits retornou para o seu quinto ano, o qual demonstrou que veio para ficar, revitalizando as ideias e princípios que estávamos com tantas saudades. Com certeza a série não está devendo em nada. Se estivesse, o SCPC ou o SERASA já teriam enviado uma notificação... 

P.S.:ComSuits voltando, o nosso iTunes passa a ficar mais atualizado, não é mesmo? Já não é novidade a excelente soundtrack da série, e aqui, na season premiere, isso não poderia ser diferente. Em "Denial", tivemos "First"do Cold War Kids que embalou a cena em que Harvey analisa suas pílulas, e "Shine"do Elmo que tocou no momento em que Harvey deu a descarga nos medicamentos. Já adicionei no meu iPod! 
P.S.S.: Mike, amigo, esse seu corte de cabelo não ornou. 

Curta a página Suits Brasil no Facebook para mais detalhes e informações sobre a série. 

E vocês, o que acharam do episódio? 

FIRST LOOK | Dark Matter: 1.01 "Episode One" e 1.02 "Episode Two"


Uma nave cheia de perguntas!
CONTÉM SPOILERS!

É interessante ver a SyFy voltando as suas raízes e fazendo uma série que seja o clichê do clichê do gênero (e não, não estou falando isso de forma negativa), afinal, sempre que pensamos em algo com a temática Sci-finão temos como não imaginar naves e vidas em outras galáxias. E sou a favor do gênero, e sempre que uma nova série estreia, pode ter certeza que irei conferir. 

Sou sincera em dizer que fui assistir ao piloto de Dark Matter com as expectativas muito baixas, pois todas as minhas apostas para a summer (do gênero) estavam em Killjoys, mas acabei me surpreendendo muito, de uma forma positiva. Lógico, a série pode ter alguns detalhes aqui e ali que a primeira vista me incomodaram, mas o principal para me manter ali grudada na tela ela teve: um roteiro bom, que soube trabalhar os seus personagens muito bem dentro do que foi estabelecido, e o melhor de tudo, o fator curiosidade aqui foi algo que com certeza me fez voltar para o seu segundo episódio.

Quando as promos das novas séries saíram, eu até gostei dela. A premissa mostrada ali era interessante: seis estranhos acordam dentro de uma nave que está em colapso e não tem recordação alguma de suas vidas passadas, ou de como foram parar naquela situação. E para completar, nós temos um andróide abordo... Não poderia ser mais Sci-fi do que isso, certo?

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Considerando que a série, além de ser baseada em um Graphic Novel de Stargate,também é produzida pelos seus criadores, a série já ganha pontos aí mesmo. Além disso, nós temos um elenco com atuações que não deixam a desejar, e que, muito pelo contrário, são muito bem executadas, não importa se é na inocência de um personagem ou no sarcasmo de outro. O único problema que consegui identificar logo de cara são como alguns dos efeitos especiais são meio precários, mas nada que não dê para ser ignorado. Porém, se a série os melhorar, só temos a agradecer. Resumindo: "Dark Matter"é uma série que se souber trabalhar a sua premissa bem, podendo ter um longo futuro pela frente.



Uma das coisas que me atraiu (e muito) em seu piloto foi que, graças a quantidade de personagens principais (são sete) que fazem parte todos do mesmo plot, não temos aquela coisa de uma parte do elenco aparecer e outra não. O episódio passou voando e com a bomba despejada no final dos seus primeiros quarenta e dois minutos, eu fiquei desejando a próxima sexta-feira para poder ver a continuação dessa história. 

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Como disse, a série é focada em seis passageiros da nave Raza que, ao acordarem sem memória alguma de quem são, decidem se autodenominar por números de acordo com a ordem que acordaram. One (Marc Bendavid - Bitten, Hard Rock Medical), Two (Melissa O´Neil), Three (Anthony Lemke - The Listener, Witches Of East End, Lost Girl), Four  (Alex Mallari Jr - The Strain, Remedy, Defiance), Five (Jodelle Ferland - Silent Hill, The Cabin in the Woods, The Twilight Saga: Eclipse), Six(Roger R. Cross - Continuum, Motive, Arrow, The Strain), e por último temos a Android(Zoie Palmer - Lost Girl) que é acordada pela equipe. 

Tenho que ressaltar que por ser amante de Lost Girl desde sempre, Zoie era uma das atrizes que já conhecia, e só tenho elogios para fazer da sua atuação nesses dois episódios, afinal, não deve ser fácil ter que ser um andróide. Os gestos, a forma de falar tudo esta sendo muito bem trabalhado aqui.

O interessante aqui é que, mesmo sem se recordar detalhes de quem são, como foram parar ali ou qualquer outra coisa assim, as memórias físicas não foram tiradas deles. {or exemplo, Four é ótimo com espadas, Three ama suas armas e Six sabe como pilotar a nave,  e com isso eles conseguem restabelecer os comandos  básicos da Raza e decidem descobrir informações de suas origens. Enquanto Two trabalha com o Android tentando recuperar os dados da nave, o restante da equipe sai explorando-a. O problema é que após sofrerem um ataque, eles conseguem descobrir qual era a rota de origem da missão que eles tinham antes da perda de memória, e com isso decidem ir ao local para tentar encontrar respostas.

Chegando na colônia eles descobrem que o lugar está enfrentando uma briga com uma Corporação, e por causa disso eles estão esperando um carregamento de armas, mas também um ataque do que aparenta ser um dos piores inimigos que se possam ter. E é aqui que as coisas ficam realmente complexas, porque enquanto One tem um medalhão que os identifica como as pessoas que deveriam ajudar o planeta, eles conseguem recuperar mais alguns dados na nave e descobrem que eles são os mercenários enviados para matar aquelas pessoas. É engraçado pensar o quanto as aparências podem enganar, nem todos do grupo, à primeira instância, parecem ser perigosos ou mesmo sanguinários, mas após eles descobrirem suas ficha, as quais vão de assalto, sequestro, incêndio criminoso até assassinato, você passa a olhar para eles de outra forma.

"Episode Two" começa do mesmo instante que a premiere havia terminado e somos obrigados a concordar que eles até que reagiram melhor do que eu esperava ao fato de descobrirem que são mercenários contratados para eliminar toda uma colônia e mesmo de suas transgressões passadas. 

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Além da discussão básica de temos um trabalho a fazer, não queremos emputecer as pessoas erradas que nos contrataram. Eles acabaram ganhando uma página em branco para poder reescrever suas histórias da melhor forma que acharem adequadas. Conforme diria o Bastille: "can you stand the person you´ve become? Do you like the person you become?". Se a resposta para essas duas perguntas forem não, bom, então aqui eles tem a chance de não apagar o que eles fizeram por que isso não vai trazer a vida das pessoas de volta, mas eles tem a chance de não machucar mais pessoas inocentes e talvez até lutar por uma causa de que seja mais justa.

Depois de todas as discussões morais e financeiras, o grupo decide que irá ajudar a colônia pelo menos entregando uma parte do carregamento de armas que eles têm, o problema é que, enquanto eles estão ali, a Corporação decide invadir para ter uma conversa com os seus moradores, e é obvio que como algumas coisas não mudam nunca os integrantes da Raza decidem partir para a violência mais para ajudá-los.

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Algumas coisas aqui me chamaram a atenção. É engraçado ver que alguns personagens são extremamente fáceis de ter o seu caráter moldado, mesmo com a falta de memória, prova disso é que, mesmo tendo uma longa lista de crimes, One tenta resolver primeiramente os seus conflitos na base da conversa, o que mostra que ele não é necessariamente uma pessoa violenta, diferente de Three que já chega atirando e depois fazendo perguntas. Porém, ao mesmo tempo, temos personagens que são uma completa incógnita, como Five que, além de não saber quem era na vida anterior a isso, tem uma inteligência bem elevada e ao mesmo tempo sabe de informações que não teria como ela saber.

Ao mesmo tempo em que os garotos estão na colônia lutando contra a corporação, Two recebe a visita de um dos comandantes que os contratou para o ataque. E é aqui que podemos observar que o pouco que conhecemos dos personagens principais não permite que nós possamos confiar no que está sendo nos mostrado em tela. 

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A intenção da série aqui é mostrar que Two traiu a equipe e os deixou para trás, aceitando o suborno da Corporação para matar os seus "amigos", mas não, na verdade ela os abandona contando que eles pudessem se virar enquanto ela buscava uma forma menos sangrenta de resolver o problema dos morados da colônia, prova mais uma vez de que não é porque você fez no passado que você irá fazer de novo. Sim, as pessoas podem mudar, mas elas também não pode, tudo é uma questão de interesse e ponto de vista.

Gostei muito da cena em que os garotos acabam lutando com diversos soldados da Corporação, mesmo não tendo grandes chances de vencer e não importando se eles estão apenas fazendo isso porque adoram uma boa batalha ou então porque eles realmente querem ajudar essas pessoas, todos eles estão ali juntos ajudando e salvando uns aos outros. Outro ponto que tenho que bater palma para a série é para toda a cena da luta que foi muito bem trabalhada, mostrando a habilidade de cada um deles, nos permitindo ver mais um lado dos nossos personagens principais que pouco conhecemos.

Como falei, Dark Matter tem muito potencial para um ótimo desenvolvimento, e os plots paralelos que, logo aqui no seu piloto já são mostrados, só serviram mais e mais para atiçar pelo menos a curiosidade da que vos fala. Temos Three tentando de todas as maneiras abrir uma grande porta que parece estar selada por um motivo, sem contar que se o que está atrás dessa porta for pelo menos um pouco do que a Five deu a entender pelo seu sonhos, com certeza eles terão grandes problemas pela frente. Ou então o Four que sabia exatamente onde estava aquela caixa de segredo. 

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O único problema é que ele não sabia como abri-la, então não temos ideia de qual é o segredo que realmente está ali. E acredito que os principais segredos de que, se Five não está na lista junto com os demais, significa que ela provavelmente não é uma criminosa, mas ela esta ali por livre e espontânea vontade? Ou então ela era uma refém antes de a memória deles ter sido apagada. E o principal de tudo: se a memória deles foi apagada intencionalmente, quem é o responsável por isso? E isso significa que alguém deles está mentindo durante todo esse tempo e na verdade essa pessoa tem a suas memórias?

Sei apenas que estamos no segundo episódio da série e eu já tenho, não só milhares de perguntas, mas também teorias borbulhando em minha mente.

P.S.: Tenho que bater palmas para a cena onde o Androide consegue destruir todos os rapazes na luta, não importando qual era o estilo deles, e ainda mais como se eles fossem simples formiguinhas.

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P.S¹.: Só eu que fiquei com a impressão de que as memórias que foram retiradas dos demais podem ter sido colocadas de alguma forma na mente da Five? Ou então que ela possa ser a responsável por isso, e esse é o motivo dela estar ali? E que essas memórias estão aparecendo na mente dela aos poucos?

P.S².: Não sei vocês, mas já shippo One e Two loucamente!!! As olhadas de um para o outro, ela implicando com ele, é muito amor!

E vocês o que acharam de Dark Matter?

REVIEW | Graceland: 3.01 "B-Positive"


As consequências de nossos pecados.
CONTÉM SPOILERS!

Existe um ditado que diz: "aqui se faz aqui se paga"Pois bem, não conseguiria arranjar uma melhor frase para definir o estado que nos encontramos em Graceland. Depois de uma segunda temporada onde tudo foi destruído, chegou a hora dos integrantes da casa recolherem os seus cacos e lidarem com as consequência de seus atos.  Quando chegamos ao fim de "Faith 7" vimos como o mundo que havia sido construído pelos integrantes da casa foi aos poucos sendo destruído. Todos ali pecaram, se foi por amor, ganância, raiva ou uma simples omissão de fatos, não importa. As coisas nunca mais poderão ser as mesmas.

Acredito que a grande pergunta deste terceiro ano da série será se há a possibilidade de remissão de pecados. Todos nós temos que carregar a cruz de acordo com os nossos atos, então podemos dizer que chegou a hora do pagamento em Graceland e todos estão em débito. O primeiro a responder por seus pecados é Briggs, depois de tanto vai e volta da maldita fita, finalmente ela foi revelada. Acho interessante o fato de que Briggs finalmente poderá pagar pelos seus atos e que, melhor ainda, ele não foi entregue pelas mãos de Mike ou Charlie, afinal, ambos os relacionamentos não estão em seus melhores momentos, mas sempre é tempo de se recuperar. O problema aqui é que, para Briggs pagar a sua dívida, ele acabou se colocando em uma situação pior do que a que ele já se encontrava.

Sabemos que ele errou no passado, mas ele também demonstrou ter se arrependido, porém a sua nova missão mostra que a quantidade de corpos em sua consciência será bem maior do que a que ele já possui, e dessa vez não tem mais volta. Aí me vem a seguinte pergunta: até que ponto você fazer uma coisa errada vale para conseguir um acerto? Até que ponto compensa você sacrificar a sua alma, para poder pagar uma dívida que na verdade está se transformando em algo bem maior do que se poderia esperar? Será que não seria mais válido ele manter sua alma intacta, mesmo que na prisão?

Graças a nova missão de Briggs, conhecemos o que provavelmente será a grande pedra no sapato de todos nós durante esse terceiro ano da série.  Ari já mostrou que não está aqui para brincadeira e derrubar a máfia Armênia será um desafio bem maior do que qualquer um que eles já enfrentaram. Ari não tem medo de sujar as sua mãos, literalmente, e podemos dizer que ele, no mínimo, é um tanto quanto psicótico, mas tenho que concordar que o personagem agitará as coisas ainda mais.

Briggs sempre foi um personagem que eu vivia no amo/odeio. Na verdade, assim como todos, ele tomou algumas atitudes erradas que acabaram ferrando diversas pessoas, mas na hora em que qualquer um deles precisou dele, ele estava ali disposto a fazer o que fosse necessário para salvar os seus amigos. Sim, ele tem que pagar por seus pecados, mas acredito que dessa vez o acerto de contas tenha sido um pouco pesado demais.

Por falar dos pecados a serem pagos, Paige também tem a sua parcela de culpa no cartório, mas antes de falar sobre como ela irá pagá-los, temos que falar sobre o grande cliffhanger da temporada: a morte de Mike. Sim, Mike morreu, pode ter sido por apenas seis minutos, ou apenas como forma de enganar o Sid, mas durante esse tempo ele deixou o nosso mundo e logo de cara podemos ver que isso deixou sequelas no nosso tão amado protagonista.

Mike começou a pagar por seus pecados antes de todos, suas atitudes não foram graves o suficiente para que ele tivesse que pagar com sua vida como Paige decidiu. Lá atrás já discuti o que achava das atitudes dele, e por mais que ele não estivesse correto, ele fez o melhor que podia dentro das cartas que tinha, mas de nada adiantou, e Paige não aceitou isso e decidiu entregá-lo a Sid de qualquer forma. Agora ela está pagando, e acredito que da pior forma possível. Não existe nada  pior que a nossa própria consciência falando o quanto nós fizemos algo errado, ainda mais na escala que ela fez, e pior ainda é ela saber não só que Mike a perdoou, como mais uma vez salvou a vida dela.

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Sim quando estamos desesperados tomamos atitudes impensadas e Paige não foi só até a casa de Sid e mais uma vez teve que praticamente pagar com a sua vida, como decidiu encurralar ele novamente o que poderia ter terminado em algo realmente desastroso se não fosse por Mike.

Entendo que a culpa a esteja consumindo, mas pagar com a sua vida ou sua carreira não vai mudar o fato de que ela tentou matar o Mike, sem contar que isso não seria nem um começo para acertar as coisas, Mike é muito gentil por simplesmente perdoá-la e decidir não entregá-la ao FBI, mas pois bem ele amava/gostava dela então o que por um lado acaba sendo compreensivo, acaba tornando a situação pior ainda.

A decisão de Briggs em não querer ela na casa é mais do que aceitável, afinal já foram ditas tantas vezes que para que eles possam fazer o trabalho deles da melhor forma possível, tem que haver uma confiança enorme entre as pessoas que moram ali, e o fato de ela não querer ficar ali prova mais uma vez que ela não consegue lidar com as atitudes que teve. Acredito que o pagamento dos pecados de Paige ainda durará uma longa estrada pela frente e teremos que ver o que acontece no desenrolar da temporada.

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Se um dos grandes problemas da temporada passada foi a existência de Sid, pois bem ele continua por aqui e da melhor forma possível, tentando assassinar todos os integrantes de Graceland, ok isso não passa apenas de mais um dia no escritório para eles.

A ideia de fingir a morte de Mike na tentativa de fazer ele confessar pelos seus crimes até que foi boa, mas tenho que dizer que a cara dele no momento em que ele viu que o Mike ainda estava vivo foi F A N T Á S T I C A. Tudo bem que de nada me adianta uma cara fantástica se isso só serviu para eles não conseguirem capturar ele e mais uma vez ele fugir. Agora o tapa na cara de todos nós vem com Jhonny ajudando ele em sua fuga, não precisamos ser nenhum gênio para descobrir que isso só esta acontecendo graças a mais uma chantagem de Carlito com a vida de Lucia. Sei que isso irá dar muita merda ainda, mas acredito que no momento que Jhonny deixar de ser orgulho, confiar em seus amigos eles poderão arranjar um jeito de resolver toda essa situação.

Notas direto do Paraíso:

1.: Não importa se você matou um agente do FBI, mas no momento em que te colocam contra a parede vale tudo, principalmente entrar na sede do FBI pingando a sangue de uma vítima inocente e gritar com o seu novo supervisor para que todos possam saber o tipo de pessoa que ele é, mesmo que isso não de resultado algum para você!

2.: Jake só serviu para reclamar da bagunça e arrumar a casa, espero que ele ganhe uma utilidade melhor nos próximos episódios.

3.: Adoro quando Charlie esta nesse clima mãe de todos, tentando manter todo mundo sã e salvo.

4.: Estava com saudade não só da série mas como de ver todos eles reunidos em volta da fogueira na praia.

5.: Alguém me explica o que foi os olhos do Mike brilhando quando ele sentiu as drogas entrando no organismo? Primeiro a cena foi tosca demais e segundo por favor Jeff não me faça Mike virar um viciado que eu não mereço isso! 

6.: Campanha: Mike, corte o cabelo, porque esse ar de mendigo não combina com você! 

E vocês o que acharam do retorno de Graceland?

REVIEW | A terceira temporada de Orange is the New Black

CONTÉM SPOILERS! 

Após o atropelamento de Vee e a fuga majestosa de Rosa, Orange is the New Black retornou para o seu terceiro ano com a difícil missão de manter o ritmo frenético de seu predecessor. Com histórias recheadas de armações e trapaças, a segunda temporada da série cumpriu o prometido, e nos presenteou com plots bem elaborados que demonstravam o perigo das detentas de Litchfield.

O hiatussurgiu, e com ele a promessa de uma renovação sistêmica no roteiro da série se concretizou. Era a hora de humanizar as nossas personagens. De fato, a terceira temporada do show buscou, em seus treze episódios, mostrar o lado mais humano daquelas personalidades. Contudo, a alternativa fez com que Orange is the New Black pisasse no freio, nos fazendo deglutir uma temporada lenta, mas não menos suculenta.

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Se o ano anterior deixou possíveis nós desatados, aqui eles foram sendo amarrados gradativamente. A tentativa de trabalhar com cada personagem de maneira única, ressaltando as suas qualidades e defeitos, foi algo exuberante, porém, diferente do que estávamos acostumados.

É incontroverso salientar que o terceiro ano da série foi, dentre os três, o mais moroso. Seus episódios mantiveram-se na média, em razão da ausência de um arco central que servisse como o liame necessário  para atar todas as histórias. Talvez, a grande lide que a temporada enfrentou, foi o problema de desenvolvimento. A expressão “filler” se encaixa perfeitamente, haja vista a inocorrência de algo tão impetuoso.

Todavia, os treze episódios seguiram uma cronologia sensata e fugaz, preservando todas as características que transformam Orange is the New Black em uma série única. As críticas aos estereótipos, ao poder de milícia, ao estupro, ao aborto e à religião, por exemplo, foram tão judiciosas que merecem destaque. A qualidade do show se dá no momento em que percebemos que estamos sendo bombardeados por assuntos que são de difícil acesso, especialmente em um universo onde tudo é impiedoso.

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Em um dos episódios pudemos ver uma defesa ao aborto que pareceu tão sutil, mas ao mesmo tempo, tão real. A questão não foi discutir acerca do pecado e da ilegalidade do ato, e sim de suas consequências. A série é isso, desde o seu princípio: tentar mostrar ao seu público que, muitas vezes, o perigo está nos olhos de quem vê.

Todos os flashbacksressaltaram isso. Por meio deles, pudemos ver o fundo da alma de cada detenta. Aliás, o trunfo da temporada foi trabalhar em cima de personagens interessantes que, até então, eram vistas como secundárias. Boo é um grande exemplo disso. Desde o episódio piloto a temos como uma mulher involuntária, que tem a necessidade de se impor, principalmente nas questões sexuais, para conseguir o que quer. Aqui, o oposto disso se deu, e sua história serviu para nos mostrar que, por trás de toda muralha, há um paraíso.

Nicky, infelizmente, teve pouco tempo em tela, contudo, foi a protagonista necessária para nos mostrar que, mesmo estando presa, está sujeita ao perigo do vício, e como isso é algo ameaçador. Por outro lado, fomos presenteados com uma história de amor e pacificidade, demonstrando a essência angelical de Norma. Aqui, a personagem saiu das sombras de Red e conseguiu movimentar um grupo disposto a aprender o sentido da vida e da bondade. O interessante de tudo isso é analisar como tudo pode ser alienado, tanto que a busca pela razão cegou grande parte de suas seguidoras, as quais se tornaram grandes ameaças à coletividade. Soso, coitada, foi a vítima primária de toda essa alienação, chegando a tentar o suicídio. Bacana ver essa situação sendo tratada de maneira tão eficaz, especialmente de um grupo fanático que, felizmente, conseguiu entender o que é certo e o que é errado.

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Por falar no amor, tivemos situações em que a busca pelo amor foi uma furada, não é mesmo Poussey? E Pennsatucky, que não tem sorte no amor? O policial estuprador foi algo muito importante para a trama pois mostrou o poder da polícia em penitenciárias femininas, e como isso pode ser um risco ao convívio social das detentas, especialmente entre elas e seus superiores.

Mas, por outro lado, o amor atravessou as grades da prisão e possibilitou um casamento à Morello. E o que falar das crônicas malucas de Crazy Eyes? Litchfield se tornou um grande clube do livro em razão das histórias de Suzanne, o que trouxe certo conforto a ela.

A temporada também conseguiu ousar ao mostrar o outro lado de Litchfield ao trabalhar com a vida dos guardas e suas preocupações. Desde que Bennett e Pornstache se envolveram com Daya, a qual engravidou, sentíamos a necessidade de uma história que trabalhasse a vida daqueles que mantém o presídio em ordem. As questões da sindicalização e do controle a que Caputo foi coagido foram essenciais para o deslinde da trama, tanto que influenciou em situações internas, como o decorrer da gravidez de Daya, a qual ocasionou em uma situação tremenda na vida fora dos muros, além de um caos na cozinha.

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A cozinha também foi um ambiente conturbado, como sempre. Desde as questões do Judaísmo e as refeições kosher que “converteram” metade da população de Litchfield, até as tramas de Red para conseguiu um posto no refeitório. Tudo muito bem trabalhado e que gerou em situações honráveis. E o que falar de Red e Healy como um possível casal? Um plot muito bem pensado e passível de ser bem trabalhado.

Ainda, as questões do preconceito contra Sophia foram de um tom muito real. Desde o começo, Sophia era alguém que passava despercebida pelos olhos preconceituosos de Litchfield, mas agora, por brigas externas entre seu filho e o de Gloria, tudo se desencadeou. Isso gerou uma repercussão muito grande, sem falar em uma crítica ao sistema que não é capaz de controlar isso da melhor maneira possível. Sophia foi a vítima, mas precisou pagar para conseguir sair ilesa. Parece certo? Eu não acho.

A temporada, também, deu menos destaque à sua real protagonista, Piper Chapman, o que é algo muito proveitoso. O desgaste da trama da personagem e a sua ladainha com Alex era algo que nunca foi bem aproveitado pelo roteiro, se tornando algo muito martirizado. Toda a situação da desconfiança que uma possuía da outra se arrastou por uma série de episódios, até ser aniquilada por um triângulo amoroso, onde Stella foi o vértice.

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Todo o tráfico de calcinhas usadas foi bem executado, contudo, eclipsado por toda a desculpa do roteiro em querer acabar com a alegria dos shippers ao separar Alex e Piper. Alex, por incrível que pareça, conseguiu um certo destaque nos momentos finais ao acreditar que estava sendo perseguida. A personagem, por sua vez, foi enganada pela própria situação, o que ocasionou em um cliffhanger curioso.

Já Stella, foi aniquilada pela sua própria soberba. A sua lição de que não se deve confiar em uma puta caiu por terra. Quem mandou mostrar o caminho das pedras a Piper, não é mesmo? Entretanto, toda essa passada de perna que Piper conseguiu dar em Stella só nos provou o quanto a personagem cresceu (ou decaiu) em seu tempo de prisão. Chega de Piper mocinha indefesa, agora ela está mostrando o seu lado presidencial, e tenho certeza que isso será muito bem trabalhado no próximo ano.

Por falar em próximo ano, a quarta temporada da série já promete momentos únicos com a superlotação de Litchfield, sem falar na prisão da cozinheira Martha Stewart Judy King. Será que isso será benéfico? Aposto que teremos muitas situações complicadas, afinal, dobrar o número de detentas não será nada fácil. Coitado do Caputo!

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A season finale, por sua vez, nos presenteou com uma cena em conjunto com grande parte das detentas felizes no lago, lavando-se de todos os pecados e intrigas que foram geradas nesses treze episódios. Um banho é bom, pois muita sujeira ainda está por vir.

Com plotsque preservaram a humanização de seus personagens, Orange is the New Black nos apresentou uma terceira temporada redondinha e muito coesa, acentuando os problemas sociais de maneira exemplar, mas sem sair de sua própria zona de conforto.


E vocês, o que acharam da temporada? Quais outros momentos foram importantes nesses treze episódios? Espero seus comentários. 

REVIEW | True Detective: 2.02 "Night Finds You"


No escuro. 
CONTÉM SPOILERS!

A neutralidade da temporada anterior foi substituída pelas luzes do condado de Los Angeles, bem como as rodovias marcadas pelos pneus do carro de Marty perderam espaço para as movimentadas freeways da Califórnia. A disparidade entre os universos de True Detective é tamanha que fica difícil não comparar os anos da série. Talvez essa tenha sido a maior crítica que "The Western Book of the Dead"tenha recebido, haja vista ser um episódio diferente do que estávamos acostumados. Porém, devemos aprender que estamos no escuro, abraçados a uma situação diferente. Um verdadeiro detetive sabe diferenciar seus casos. 

A lide que a temporada apresenta se torna muito peculiar por se diferenciar da situação predecessora. Todo o dinamismo envolvendo questões políticas e administrativas demonstra uma crítica aos planejamentos sociais e desvios de verbas públicas, algo em alta na economia mundial. O mais promissor, contudo, é perceber que a situação torna vulnerável aquele que era prometido como o antagonista da temporada, uma vez que, com o assassinato de Casper, se torna a maior vítima de tudo. 

A questão não é necessariamente descobrir quem matou Casper, e sim entender o porquê disso. Obviamente, a resolução do caso nos levará a algo maior, e, possivelmente, acabará em Frank Semyon e associados. Aliás, toda a analogia que Frank utilizou em "Night Finds You"se encaixa perfeitamente na mensagem que o segundo ano da série tenta passar. A noite encontra os mais fracos, e com ela teremos aquilo que merecemos, afinal, somos dignos daquilo que plantamos, não é mesmo? 

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A casa de papel machê de Frank Semyon é algo que se desmanchará ao longo dos próximos seis episódios, principalmente em virtude dos acontecimentos deste segundo capítulo da temporada. O seu medo de escuro, ou a recordação dos piores momentos que passou nas sombras noturnas, é algo que voltou para aterrorizá-lo, e com certeza veremos Frank sendo vendado pelo destino. A água já bateu no seu queixo, e isso restou comprovado no momento em que ele age com sangue nos olhos para conseguir o mínimo de verba necessária para se manter no status quo. A sua ligação com Raymond Velcoro não é suficiente para suprir o seu medo. Quem deve não teme, não é esse o ditado? A morte de Casper só o tornou ainda mais vulnerável. O seu castelo de areia, bem como a má administração de seu dinheiro, será o seu fim. 

A grande inferioridade que a temporada apresenta é a concentração na esfera individual de cada personagem. Contudo, com o deslinde da causa, se fez necessária tal narrativa. Pudemos ver a pessoalidade (e personalidade) de cada personagem, e, essencialmente, seus medos. Raymond tem medo dos seus fantasmas, e por isso age como um louco. Já Paul tem marcas do passado que ainda doem. Ani, por sua vez, luta para não se tornar aquilo que mais repudia. Todos os três se cruzam nas próprias desilusões, e por isso formam um trio interessante. 

O problema é perceber como isso acaba sendo afetado pelas decisões que todos tomam. Paul precisa da vaga para fugir de um processo administrativo, enquanto o Detetive Velcoro precisa trabalhar (ou atrapalhar, no caso) para que a situação não saia do controle. Essa demanda se tornou interessante no momento em que Ray questiona se deve solucionar isso ao seu superior, uma vez que se trata de uma questão de interesse público. A cidade de Vinci é um lugar ambientado por uma historicidade mórbida, e não é agora que essa característica sumirá. Ani é a única que poderá cortar o mal pela raiz. 

Talvez, o grande problema que nossos personagens encontrem ao solucionarem o caso seja suas próprias frustrações. Todos estão tentados a realizarem atos involuntários, mas que, até então, não sabemos o que são. Isso pode atrapalhar, mas ao mesmo tempo pode ser a válvula de escape necessária. Acontece que nem sempre essa válvula é cuidadosa. Vejamos Ben Casper, por exemplo, que usava de sua libido para satisfazer seus próprios prazeres, ou seja, ver outras pessoas transarem. Entretanto, como disse na review anterior, Casper viu demais, e sofreu as consequências disso. Só nos resta saber o que a sua visão alcançou. 

Raymond é o perigo que reside na solução do caso. Porém, Raymond não é perigoso, é apenas uma marionete dos chefões. Acontece que "Night Finds You" nos surpreendeu, e fez jus ao nome: a noite nos encontrou. Raymond, na tentativa de resolver os fatos (ou escondê-los) foi pego pela noite e acabou levando tiros pesados. Presumimos que ele faleceu na casa de Casper. E aí? Se a investigação e os maiorais dependiam de seu auxílio, agora encontram-se no escuro. 

O público também contava com o ovo na bunda da galinha, com uma storyline de gato e rato onde Raymond seria o empecilho nas investigações. Com a sua morte - pois não teria como ser diferente - as coisas mudam. A noite nos encontrou, e com ela trouxe a escuridão. Não conseguimos enxergar nada além deste cliffhanger sensacional. Estamos no escuro. 

P.S.:Dividirei as reviews da série com meu colega Mikael. Nos próximos dois episódios vocês verão o episódio pela visão dele. Até o quinto capítulo! 

E vocês, o que acharam do episódio? 

REVIEW | Hannibal: 3.04 "Aperitivo"


Vislumbre das consequências...
CONTÉM SPOILERS!

Nossas vidas são baseadas no "se", nas oportunidades que aceitamos e abraçamos, e naquelas que deixamos passar. Quem nunca teve um momento de e "se" provavelmente está vivendo escondido em um buraco sem contato com o mundo exterior. Nós que tomamos decisões e temos que viver com as consequências, sempre estamos pensando no e "se", "Se" eu decidir seguir esse caminho qual será o meu futuro? E "se" eu decidir fazer uma curva aqui, onde é que irei parar? 

A mesma coisa acontece em Hannibal. Cada personagem tomou uma decisão e está enfrentando suas consequências, e é por esse motivo que a série insiste e persiste em nos mostrar, vez após vez, os acontecimentos da noite fatídica que mudou o destino de cada um deles permanentemente. E "se" Will tivesse concluído com o seu plano e fugido com Hannibal? E "se" Will e Hannibal tivessem ficado e matado Jack juntos? O que o futuro reservaria para ambos?

Perguntas que nunca saberemos a resposta, e não importa o quanto Will passe e repasse os acontecimentos em sua mente, o que esta feito, está decidido, e a gora tudo o que restou é apenas a arte da imaginação. Afinal, Will tem que viver não só com as consequências de sua decisão, mas também com a culpa do que essa escolha trouxe para todos os envolvidos.

Os flashbacks podem mostrar os momentos onde os personagens tiveram seus destinos selados, o momento para o qual não havia mais volta, porém tudo começou antes, a mudança no destino de Hannibal, Will, Jack, Abigail, Alana e Bedilia não se deu por conta do momento em que cada um deles adentrou a casa de Hannibal, mas sim no momento em que Alana decidiu avisar Will de que ele seria preso, que o levou a entrar em contato com Hannibal e decidir que os sentimentos pelo seu amigo eram maiores do que as suas responsabilidades com o FBI.

O problema foi esperar um reação lógica de um psicopata, achar que Hannibal se daria por vencido ou então que fugiria sem lutar, não foi uma atitude bem pensada de Will, e isso nós sabemos as consequências que tiveram, mas, mais uma vez, nem sempre é possível usar a lógica quando o sentimento fala mais alto.

O que para Will foi um ato de misericórdia para com alguém que ele se preocupava profundamente, para Hannibal serviu não só como a oportunidade de um ato de vingança contra aqueles que queriam pará-lo, mas também contra Will que, aos olhos de Hannibal, o traiu, uma vez que ele seria o responsável por sua captura. E aí voltamos à tecla da traição e do porquê os episódios anteriores foram tão importantes para a narrativa desse terceiro ano, visto que estamos entrando em um mundo onde estamos vendo os objetivos finais, para depois entendermos o que levou os personagens a determinado ponto.

Sabemos que Will diz que perdoou Hannibal, porém após os acontecimentos de "Aperitivo", podemos dizer que o seu perdão foi sincero? Ou que na verdade tudo não passa de um grande plano daqueles que foram prejudicados por Hannibal para capturá-lo? E mesmo que Will esteja "participando" desse plano, até que ponto há uma sinceridade em sua participação? A vingança supera o sentimento de pertencer a algum lugar? A ter alguém que te entenda completamente? Como Alana disse após tudo que Will viu, como é possível ele ignorar o pior lado de Hannibal? Esse é o lado de Hannibal que não tem o interesse em perdoá-lo e apenas transformá-lo em mais uma de suas obras de arte para que assim ele possa ser aceito? Will pode ter partido de Boston com  um intuito, mas quando o momento chegar, ainda não sei dizer ao certo de que lado ele estará.

Ao mesmo tempo que para a série os limites de tempo e cronologia não são necessários, o mesmo acontece com o que é real e o que é fruto da imaginação. Hannibal sempre fez questão de misturar o que é real com o que não é, isso não só como uma forma de nos manter atentos, mas também de demonstrar que não só a nossa mente tem poder, mas ela também é responsável por todos os what if´s que passamos ao decorrer de nossa existência. Esse recurso sempre foi muito utilizado quando pensamos em Will, afinal, nada melhor do que confundir o telespectador com realidade e ilusão para que possamos entender melhor a mente do nosso protagonista. Will não vê o mundo da mesma forma que nós, ele consegue enxergar o sombrio e todos os seus desdobramentos como se estivessem acontecendo no mundo real, e o presenciando.

"Aperitivo" nos apresentou essa mesma perspectiva vista de outro personagem. Dessa vez foi Jack que perdeu o seu contato com a realidade, mesmo que tenha sido temporariamente e por causa de uma dor maior. As decisões de Jack fizeram com que ele tivesse sua vida totalmente transformada. No momento em que ele escolheu apresentar Will para Hannibal, seu destino mudou. Ele fez com que Will moldasse e moldasse sua mente até o ponto de ele duvidar de sua sanidade e de quem ele realmente é. Agora Jack está colhendo o fruto de suas ações. Podemos considerar que tudo o que aconteceu levou Will a traí-lo e querer salvar o seu amigo, mas também o fato de Jack ter mudado o plano e ido enfrentar Hannibal sozinho não facilitou e nada a sua situação, causando quase a sua morte e também uma aposentadoria antecipada do FBI.

A única coisa que Jack não poderia levar a culpa seria o estado de saúde de Bella, porém, aqui até isso ele decidiu torná-la sua decisão. Se ele ajudou a terminar a vida de Bella por misericórdia ou então por puro egoísmo para poder atrair Hannibal, ou então como diria Bella, "para que ele pudesse matar o que o estava matando", ainda não sabemos, mas de forma alguma Jack simplesmente irá esquecer tudo o que Hannibal causou para ele e para as pessoas que ele se preocupa e curtir sua aposentadoria.

Já estava na hora de vermos as consequências dos atos de Hannibal perante os personagens não tão importantes assim. Particularmente, eu não me recordava de Frederick tomando o tiro e muito menos de que eles não haviam informado o que aconteceu com ele, mas, pois bem, ele é outro dos imortais do elenco de Hannibal que, mesmo após ter tomando um tiro no rosto e ter ficado com metade dele desconfigurado, ainda deseja a sua revanche.

É nessas horas que temos que agradecer aos flashbacks de Hannibal! Se com Frederick que nem fazia mais parte da minha memória, Mason Verger eu já tinha dado como mais do que morto em meus pensamentos, e ver que o personagem sobreviveu para ficar cada dia mais semelhante com aqueles que ele matava com tanto gosto, chega a ser poético. Coisa que não deixamos de  reparar em Hannibalé o quanto toda desgraça pode ser vista de forma poética.

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E aí que vem a surpresa de "Aperitivo" para mim. Enquanto poderíamos considerar ele um episódio principal para a temporada, pois apresenta não só o restante das consequências dos acontecimentos da season finale, mas também dá o tom para o que será o futuro dos personagens, todos ali estão dispostos a se vingar de todo mal que lhe foi feito, e o meio para essa vingança será através de Will que tem a importante tarefa de localizar o amigo.

Minha surpresa aqui se dá pelo fato de Alana estar no clube dos sobreviventes de Hannibal. Sim, eu não vivi em um casulo nos últimos mese,s então eu sabia que Alana estava viva, agora jamais imaginei que já veríamos a recuperação da médica, e que pior ainda, ela estaria andando por ai!

Notas deliciosamente diabólicas:

1.: Amo Hannibal, mas chega de mostrarem o Will sendo esfaqueado né? Não aguento mais sofrer com esse homem. 
2.: Continuemos na campanha #SaveHannibal

E vocês o que acharam de "Aperitivo"?

REVIEW | My Mad Fat Diary: 3.01 "Who is Stan Ford?" [Season Premiere]


Everything turns to shit.
CONTÉM SPOILERS!


Depois de acompanharmos a vida conturbada da Rae por dois anos, a última temporada de My Mad Fat Diary estreou e com ela um caminhão de sentimentos e uma montanha-russa de emoções vieram no bagageiro. My Mad Fat Diaryé realmente uma série única. E a Rae também está passando por um momento único: entrar para a universidade.

Depois de uma desastrosa entrevista na Bristol University, tudo está perfeito na vida da Rae. Seus amigos estão todos reunidos, sua família está mais feliz do que nunca – especialmente depois da chegada de sua irmã bebê – e a Rae está trabalhando em uma loja de discos, o que para ela é o melhor emprego do mundo. E é claro, ainda tem o Finn, o namorado dela, que dá a ela os maiores prazeres da vida. Palavras da Rae. Tudo está tão perfeito para ela, que ter fodido sua entrevista na universidade não a preocupava.

No entanto, o fracasso de entrevista da Rae em Bristol, onde ela discursou sobre seus problemas pessoais de aceitação e da vida da sua família, convenceu os avaliadores e garantiu a ela uma vaga. O problema mesmo fica em o que fazer: ir ou ficar? No início, instantaneamente a Rae recusa a proposta, o que me parece fiel à personagem. Ela quer ficar em Stamford com seus amigos e com o Finn. Então ela decide mentir que foi rejeitada e assim, ‘aparentemente’ seus problemas não existem mais. Assumindo que a Rae ficaria em Stamford, Finn pede pra ela se mudar pro apê dele, e ela explode de felicidade – literalmente. Nesse momento o episódio começa a ficar tenso e nem tudo mais está claro na cabeça da Rae.

No meio disso, Rae consegue juntar, nem que seja só pra uma transa, seu amigo Archie e o gerente da loja de discos onde ela trabalha. O Archie não quer ir pra universidade virgem, mas acha impossível encontrar outro gay na pequena Stamford de 1998. Então a Rae acha um pra ele. Simples assim. Essas cenas ajudaram a descontrair bastante o clima pesado que começou a se formar do meio pro final do episódio.

Como se ter sua mãe descobrindo sobre a carta de aceitação da universidade e estando orgulhosa como nunca antes, não fosse o suficiente, uma das professoras espalha a notícia pela escola. Isso obviamente deixa o clima tenso entre ela e o Finn. E é nesse momento que os dois tem uma conversa triste e franca, onde terminam, Junto à notícia do Kester de que ele acha que a Rae está preparada pra terminar as sessões de terapia, resultam em uma cena pesada em que ela volta a se machucar propositalmente, depois de um ano. Pra final de história a Chloe, ao saber que a Rae passou pra Bristol, fica chateada ao achar que a Rae não a ajudou a estudar pras provas finais do sixth form propositalmente. Já muito irritada com a situação, a Rae acabou explodindo na Chloe.


Quase como um reflexo do seu desespero, a Rae convida todos os amigos (incluindo a Chloe) para o pub pra ‘encher a cara’. Quando ela, Archie, Chloe, Izzie e Chop estão indo pro apê do Finn, pra after-party, a Chloe percebe o machucado na mão de Rae e pede pra ela parar o carro. Isso tudo resulta num acidente dramático e, ao fim do episódio, Chloe está insconsciente. 

Só restam dois episódios pra série acabar, mas ainda dá pra sofrer muito com a Rae. E agora restam algumas perguntas: algo grave aconteceu com a Chloe? Como ficam as coisas com o Finn? Ir pra universidade ou não? Se sim, vamos ver o que existe de novo pra Rae?

“Was Stamford enough for me? It wouldn’t be the same without the gang. 

And if the others moved on… what would I do?

"Stamford era o suficiente pra mim? Não seria o mesmo sem a gangue. 
E se os outros seguissem em frente... o que eu faria?"

E você, o que achou da volta da série? Comente!

REVIEW | Teen Wolf: 5.01 "Creatures of the Night" e 5.02 "Parasomnia" [Season Premiere]


O começo de algo novo...
CONTÉM SPOILERS!

Depois de quatro temporadas Teen Wolf já se estabeleceu como uma das melhores séries do gênero. Em quatro temporadas já tivemos de tudo um pouco, mas sinto que essa quinta vai reafirmar ainda mais a mitologia da série que se torna cada dia mais completa.

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Teen Wolf sempre tem o mesmo começo icônico de filmes de terror, mas o começo dessa quinta temporada foi fantástico. A Echo House é um ponto de referência para nós meros sofredores/ telespectadores, ver Lydia machucada e sofrendo foi um tapa na cara e o senhor Jeff Davis falando que essa temporada não vai ser fácil.

A série já mostrou que banshees não tem vidas fáceis ou promissoras, ver uma das personagens mais centradas e inteligentes da série sem vida parecendo um zombie foi chocante. Como confiar em um lugar que já prendeu dois personagens queridos pelo público e aonde todos os enfermeiros parecem que saíram dos nossos piores pesadelos? O enfermeiro, além de ruim em seu trabalho, parecia que ia abusar sexualmente da personagem.

A cena de fuga mostrou todo o potencial que a personagem de Holland tem e como a mesma foi ignorada nas temporadas passadas, adorei ver as cenas de luta dela utilizando os seus poderes para se defender, em uma cena ela mostrou a todos os personagens independente do seu gênero como se luta.
Se tem uma coisa que nós aprendemos ao decorrer de quatro temporadas é que o maior inimigo da Lydia sempre foi e sempre será o seu cérebro. Vimos Aiden voltar e naquele momento sabíamos que a personagem estava ferrada, pois mesmo que, se de alguma maneira milagrosa Aiden conseguiu se sobreviver ao final da terceira temporada, ele nunca prejudicaria Lydia.

Na presente timeline, temos o melhor bromance das histórias atuais, pois afinal é super comum e normal você planejar todo o seu futuro com um adolescente de quinze ou dezesseis anos acorrentado em uma árvore. E posso falar como a teoria do Deaton define a nossa vida: Nada pode estar muito bom nem muito ruim, teremos picos de felicidade e de tristeza para ocorrer o equilíbrio.

Liam, menino cotonete, cresceu. Adorei ver um pouco da evolução do personagem, pelo menos no sentido de confiança. Scott confia em todo mundo, se um dia ocorrer um top sobre os maiores bananas das séries, ele com certeza estaria no topo. Mas o fato de Stiles não ter reclamado de deixar o menino solto mostra que ele adquiriu auto controle para não matar ninguém. Sobre correr pelado e uivando, isso é outra história...

Temporada passada fomos apresentados oficialmente a Parrish e deu para perceber que nesta temporada ele vai ter bem mais destaque. Eu não sei se a ascensão do personagem se deve a saída do Derek ou não, mas que o que ele realmente é me deixa curiosa. Tudo bem que o xerife estava tratando-o mal para protegê-lo, mas gente o que custa falar para a pessoa que já esta bem informada sobre os assuntos sobrenaturais da cidade que “olha não sabemos o que você, como você reage a situações extremas, então vamos pegar leve por enquanto ok?”

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Não me preocupei com a vida do personagem porque deu para entender que ele é ou tem os poderes de uma fênix, porém esse mega super vilão me deixou curiosa. Mas o que realmente atiçou a minha curiosidade foi como os grandes vilões dessa temporada planejaram o grande plano maligno.  Criar um mega monstro de olhos azuis (ok), colocá-lo dentro de uma parede de cimento sem ventilação e que qualquer pessoa normal não teria saco para arrombá-la (ok), se certificar que essa parede de cimento fiquei dentro de uma casa mal assombrada e que aparenta não ter nada perto para receber uma reclamação de barulho (ok), esperar alguém vim salvar o seu monstro de estimação (ok), matar o seu salvador e sair a procura do true alfa para assiná-lo (ok). Sim, pois seria muito complicado criar o monstro é falar "vai querido mate o alfa!".

Outra coisa que me deixou bem curiosa (sim, eu só fiquei curiosa nessa premiere), é que em seus delírios de quase morte Parrish vê Lydia e quase a beija (?!?!?). Nada contra o ship, até gosto dos dois juntos, mas se pararmos para pensar é praticamente pedofilia, se não for. Mas o que importa é que o personagem está vivo, e sabemos que toda vez que ele “morre”, ele acorda com um ataque de raiva, o que é totalmente compreensível se você me perguntar.

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Eu adoro ver que além de preocupações sobrenaturais, de transformações e de quem quer nos matar dessa vez, eles tem problemas de adolescentes comuns do dia a dia como: o que seu flerte está fazendo durantes as férias, como passar de ano/ semestre naquela matéria horrorosa e, principalmente, o que vai ser a vida depois da escola. Eu entendo este drama do Stiles, afinal quem nunca achou que seria amigos para sempre de uma pessoa? Ou que determinado alguém ia estar para sempre em sua vida? Mas o problema é que as pessoas crescem e mudam, e muitas vezes não conseguimos mais nos identificarmos com elas.

Como o próprio Stiles disse, o verão foi bom e divertido, o seu relacionamento com Malia está firme e forte e os dois conseguem ser fofíssimos juntos.Nem todos os relacionamentos podem estar tão bem quanto os outros, Scott pode ser um true alfa mas quando se trata de relacionamentos ele é um banana. Gente, você não manda a garota que você está saindo se divertir sem especificar o que você está dizendo. Primeiro, defina o seu relacionamento com ela e depois a stalkeei no instagram como uma pessoa normal.

Nada diz mais: vocês estão ferrados, do que celulares sem sinal, chuvas gigantes e trovões que são ruins de mira. Eu adorei todo esse clima apocalíptico do episódio, tornou todas as cenas mais divertidas e emocionantes. Confesso que achei super fofo Scott ir correndo ao "resgate" de sua amada. ainda mais fofo foi o beijo na chuva dos dois, melhor, mas querido, quando ela disse que não teve diversão pode ser apenas que o sexo não tenha sido bom. Alguém mais não entendeu a cena da casa do Scott aonde os relógios ficam doidos, coisas desafiando a gravidade e até mesmo um mini terremoto?

Geralmente sou muito crítica com a cenas de luta e não tem como não ser, ainda mais da luta gloriosa do começo do episódio. A luta entra entre o casal e grande lobo mal começou muito bem, adorei o truque da Kira com o cinto mas, como todo luta com a Kira. no meio o negocio começou a desandar. Conhecemos o nosso mais novo aliado Theo (conhecido como menino Mike para os fãs de Pretty Little Liars) e posso dizer meu primeiro extinto, como o de Stiles, é sempre desconfiar de todo mundo que aparece, principalmente os que estão oferecendo ajuda.

Sobre a cena em si, ela foi bem sincronizada e fiquei com o coração na mão quando o Scott começou a ter seu poder sugado, mas no fim tudo deu certo. Mas a sua bondade me irrita, eu nunca deixaria alguém que tentou me matar, matar a minha namorada e que tem acesso a minha família fugir, pode ser essa qualidade que torna ele um true alfa, mas num futuro é isso que vai fazer ele se ferrar.

O grande ritual de passagem dos "quase formandos"é escrever as suas iniciais na estante da biblioteca. Posso dizer que meu coração já se partiu com o D.H (Derek Hale) e quando o Scott colocou as inicias da Ali foi ainda pior.

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Logo nesse episodio vimos que os médicos são os mais cruéis dos vilões até agora, quanto mais conhecimento mais cruel uma pessoa pode ser. Eles mataram a sua mutação sem dó ou piedade e eles tem diversos experimentos em seus tubos. Eles podem ser os vilões mais incríveis de Teen Wolf... A única questão é como o Jeff vai trabalhar, não vai ser nada proveitoso ou divertido se tivermos a cada episodio um vilão que tenta matar o Scott ou alguém da PACK.

No fim do episodio voltamos ao começo aonde tivemos previsões com a Lydia Diná, Scott e Liamlutando entre si. Liam possivelmente vai querer se tornar um alfa, já vimos que ele é poderoso para alguém da sua idade, a única questão é se ele está sendo manipulado ou fazendo isso de livre e espontânea vontade.

Kira indo embora da cidade deixando o Scott com cara de tonto e sofredor para trás, não me surpreende agora é esperar para descobrir o que o alfa aprontou. Parrish lindo, divo, rei no fogo comprova cada dia mais a minha teoria, e preciso comentar como este homem é maravilhoso e só eu achei que a o futuro dele pode estar entrelaçado com o do Stiles que estava desmaiado dentro do Jipe pegando fogo? E por último, Maliavai ter uma reunião familiar e, como toda reunião familiar, essa não vai ser nada agradável.

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Se Creatures of the Nightnos apresentou o que podemos esperar desta temporada. Parasomniacomeçou a desenvolver as suas tramas de uma maneira rápida. Colocando numa balança. o primeiro episodio foi melhor tanto no plot quanto na apresentação dos personagens.

O episodio passado já serviu para nos mostrar que Liam não era apenas mais um cotonete mas que ele se encaixava no banheiro. Eu não sei vocês, mas eu simplesmente adorei as cenas dele com o Stiles nesse episodio. O sarcasmo dos dois combinam e eles simplesmente roubaram o episódio sem ao menos tentar.

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Se tem uma coisa que Teen Wolf me ensinou em cinco anos é: sempre confie no Stiles, independente do que seja o assunto. Não me conformo como Scott, depois de tudo que eles passaram, consegue duvidar do julgamento do seu melhor amigo. E de verdade se eu fosse o Stiles ao invés de eu meter a mão no meu jipe lindo eu ia meter ela na cara do Scott. Tudo bem que ele realmente parecia um pouco paranoico comparando as assinaturas mas gente cadê a confiança nesse relacionamento? Adorei a cena do Scott tirando a dor do seu amiguinho mas ainda estou brava pela inocência do personagem.

E claro que o Stiles estava super certo, Theo o que tem de bonito tem de ordinário, além de gastar horas incontáveis jogando video games, e andar nu pela floresta, ele tem um passado conturbado. Sua irmã está morta, ainda não sabemos como, mas aposto uma coxinha que foi algum ser sobrenatural que fez isso. Ele alega que foi transformado pelo mesmo alfa dos gêmeos, essa parte é até acreditável, mas o que ele quer com o Scott?

De verdade, acredito que pode ocorrer uma obsessão da parte dele para ser aceito, afinal ele sabe fatos que apenas o verdadeiro Theo pode saber. Mas não podemos descartar a possibilidade de um impostor, afinal se no primeiro episódio tivemos um lobisomem geneticamente modificado que absorve poderes, o que impede alguém de absorver memórias? A parte com os supostos pais dele foi um tapa na cara de quem estava torcendo para a beleza do personagem mas não acho que ele esteja relacionado ao vilão principal e sim que ele vai ser um trama paralela.

Theo tem o mesmo poder da mãe do Derek e do próprio Derek, a questão é: o que fez ele ser digno disso e por que perseguir o pobre do menino Liam apenas para forçar ele contar a verdade para Mason? Talvez com Mason e Liam fortificando a amizade super fofa dos dois, Scott perderia um pouco de espaço na vida de seu Beta. Ao mesmo tempo que amo personagens confusos, os odeio. Afinal, o que esse menino quer? E apesar ter meios errados, as suas intenções são boas?

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Os médicos atacam novamente e dessa vez a vitima é uma pobre adolescente. Eu até gostei deles esclarecerem o que eles tinham já deixado implícito no começo da temporada que eles fazem experimentos científicos criando mutações genéticas. A nova lobisomem tem bastante potencial e vai saber o que tipo de poder ela tem além das garras, minhas apostas estão em asas.

E claro todo esse plot nos serviu para aproximar o novo ship. Apesar da diferenças de idade não consigo não torcer para Lydia e Parrish os dois são muito amorzinho juntos e óbvio que ele confia nela mais do que qualquer pessoa, e vocês querem apostar quanto que quem ensinou a Lydia a lutar daquela maneira foi o Parrish ?

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As vezes eu tenho certeza que o Scott é o coadjuvante da sua própria série. Enquanto todos os personagens estavam tendo ótimos momentos, ele estava lá preocupado com biologia e em desfilar pelos corredores com a sua nova namorada. Menino, se você começasse a agir logo no começo das temporadas, menos gente ia morrer, não fica procrastinando. Aparece um lobo, sujo de petróleo  tentando te matar, o que você faz? Vai queimar lâmpadas por ai com a sua namorada e não, isso não é um eufemismo para sexo.

Tendo essa premiere dupla, mas não dupla, estou cheia de expectativas para o decorrer da temporada, e quem sabe essa temporada marque grande mudanças na trama?  Ela já começou diferente se situando no futuro.

NOTAS SOBRENATURAIS :
1) Malia porque você cortou o seu cabelo? Ele era maravilhoso.
2) Adorei a nova abertura.
3) Nunca iremos descobrir o nome completo do Stiles, nunca.
4) Tudo bem o Derek não aparecer, mas cadê o lindo do Peter?
5) Assistam o Wolf Watch, está divino.
6) Liam pedindo para andar com as seniors me partiu o coração.
7) Pai do Stiles não usando o anel de casamento , estou sentindo cheiro de ship novo/velho no ar.
8) Malia dirigindo me define.
9) Confesso para vocês que cai da cadeira quando o Liam caiu no buraco.
10Parrish querido, toda vez que você aparece, Burncomeça a tocar aqui de fundo.

E vocês, o que acharam dos dois primeiros episódios?

REVIEW | Dark Matter: 1.03 "Episode Three"


O poder da desconfiança.
CONTÉM SPOILERS!

Não adianta, nós seres humanos somos desconfiados por natureza. Ok, cada tipo de pessoa confia ou desconfia em níveis diferentes. Existe aquela pessoa que confia incondicionalmente em todos aqueles em que conhece; existem aquelas que costumam confiar em um círculo pequeno de pessoas, e; aquelas que tem o costume de não confiar em ninguém. Independente de qual tipo somos, chegamos a esse lugar por algum motivo, e para a maioria de nós, confiança é algo que pode ser tanto adquirida dependendo dos atos ou mesmo perdida.

Acordar em uma nave com nenhuma lembrança de quem você era até cinco segundos atrás não deve ser nem um pouco fácil, mas acordar junto de outras cinco pessoas que, além de você não fazer ideia de quem são, você não sabe: 1. qual é a índole dessa pessoa; 2. o que ela deseja e odeia, e, 3. se ela pode ser confiável. Esta deve ser mais difícil ainda, principalmente quando a sua vida depende dela.

Desde o começo que os seis estranhos acordaram à bordo da Raza eles já sabiam que as coisas não seriam fáceis, mas essa semana, mesmo sem ter visto o mundo externo as coisas ficaram um tanto quanto tensas dentro da nave mais confusa da galáxia. Se a desconfiança e a vontade de Three em seguir o seu próprio caminho já não tivesse deixado os ânimos dentro da Raza para lá de agitados, Six descobre não só que Five tem algumas memórias em sua cabeça, mas que Two sabia disso o tempo todo. 

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Bom, como é de se imaginar, mais uma vez a confusão estava arrumada. Fico feliz em perceber que meu cérebro não está tão lento assim e o que eu já havia entendido desde o piloto, foi confirmado aqui. Five realmente, de alguma forma que ainda não fazemos ideia, tem as memórias dos seus demais cinco companheiros de viajem alojados em sua mente. Como já era de se imaginar, sabemos que a maioria dessas memórias não fazem muito sentido, mas ao mesmo tempo, é através delas que pequenos detalhes sobre os acontecimentos dentro do Raza e seus ocupantes são sendo revelados.

Já sabíamos que Five havia sonhado com a grande porta de metal que protege algo muito perigoso, mesma porta que já tínhamos visto Three tentando abrir, e agora que ele decidiu procurar um aliado na desordem, ele acabou partilhando o seu segredo com Four.

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Por mais que tenhamos pouquíssima noção de quem realmente são os integrantes do Raza, o mais "misterioso" podemos dizer que é Four. "Episode Three" serviu apenas para confirmar ainda mais esse status, visto que na maioria das vezes, ou ele ficou em cima do muro nas decisões, ou acabou apoiando o Three, coisa que já aprendemos que só trará problemas.

Como se essa informação já não fosse estranha o suficiente, aprendemos também que alguém deles é responsável pela perda de memória de todos ali. Mais uma vez, com a desconfiança aumentando entre todos, One tem a brilhante ideia de usar a Android como detector de mentiras, afinal, ela consegue identificar quando alguém esta mentindo graças aos seus super poderes. O único problema nessa coisa toda é que, mesmo Three dando um pouco de problema, todos passam por todas as perguntas sem que nenhuma novidade fosse descoberta, mas temos que concordar que todos ali, ou quase todos (mas já chego lá) são super bandidos e assassinos, é meio que certo que para um deles não seja tão difícil passar por um detector de mentiras, sem contar que como foi lembrado ali, a pessoa responsável também pode ter apagado a sua memória. 

Os porquês eu tenho que admitir que é a parte que, por enquanto, tem me deixado mais curiosa. Qual o sentindo de tudo isso? Ou por qual motivo? Se foi algo proposital ou não? Bom certamente as respostas vão sendo dadas aos poucos então só temos que esperar.

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Bom, parece que nos dias de hoje todas as informações vem pela Five e ela acaba descobrindo o corpo de um garoto de uma idade aproximada a dela em um dos depósitos de carga. Só sei que esse fato e o fato de ele ter sido assassinado ali só me deixa mais e mais curiosa para saber a origem de Five e o que raios ela está fazendo em uma nave cheia de assassinos extra perigosos.

Mas como eu disse, apesar de não termos saído da Raza para explorar novos mundos, tivemos uma boa agitação por ali mesmo, e com todos com ânimos extra agitados e desconfiados, eles ainda são obrigados a lidar com um problema técnico na nave que gera mais desconfiança ainda, isso é porque ninguém sabia se realmente existia um problema ali, ou se o problema era inventado para que eles perdessem tempo.

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Mas graças ao nosso super Android, eles conseguem reparar a nave, o que gera uma nova discussão, porque no meio de seu reparo ela acaba recebendo uma descarga elétrica e é desligada, assim não pode voltar à nave, e One, Two, Five e Six querem resgatá-la, não só pela importância que ela tem na navegação da nave, mas também porque eles não consideram certo matar ela só pelo fato de ela ser um Android, mas isso é o suficiente para deixar Three e Four contra eles.

Tenho que dizer que a sequência das cenas com One e Six salvando a Android, Six quase morrendo por causa de um choque e a Android o salvando foi excelente, e para completar toda aquela briga e Five mostrando que, apesar de ser apenas uma garota, é mais inteligente que todos eles ali, tirando as balas das armas de Three para que ele não pudesse fazer mal a ela ou a nenhum deles. Foi engraçada demais. Apenas sabemos que essa desconfiança só aumenta, e estou prevendo que logo teremos uma grande discussão no futuro dos ocupantes da Raza.

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E como já virou de costume, o episódio não podia terminar sem um belo tapa na nossa cara, e no momento que o homem começa a falar no bar, eu já havia reconhecido a voz dele. Agora, a grande questão é se o Jace Corso não é o One, então quem na realidade é o One? Perguntas que ficaram para o novo episódio, só espero que nada de ruim aconteça com o One, porque dos garotos ele é o meu preferido!

P.S.: Tão feliz que, apesar de extra estranho, One beijou Two, agora só não entendo essa mulher que fica flertando com ele o tempo todo, aí quando o garoto toma uma atitude, ela fica cheia de dedos. Me poupe né!

E vocês o que acharam do episódio?
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