REVIEW | The Walking Dead: 4.08 ''Too Far Gone'' [Mid-Season Finale]

Acabei de rever o episódio e confesso estar absorvendo os acontecimentos ainda, se haviam pessoas reclamando do ritmo que essa temporada vinha levando (o que não é meu caso), não tem o que falar de ''Too Far Gone''. Todos os dramas abordados nos 7 episódios anteriores culminaram nessa épica batalha final, que pois fim ao cenário mais iconico da franquia ''The Walking Dead.

Adorei a edição da cena pré-abertura, intercalando muito bem o discurso de motivação do Governador com o mesmo capturando Hershel e Michonne. Desde o primeiro segundo foi possível sentir o clima de tensão que rondava o episódio, mesmo mostrando inicialmente um vilão disposto a conversar, ao contrário de seu correspondente da HQ que já chegou metendo bala. 

Antes da ação em si começar tivemos algumas pontas soltas fechadas, como o Daryl descobrindo sobre a expulsão de Carol e obviamente ele não aceitou mas devido aos acontecimentos dos segundos seguintes não teve muito tempo para questionar. Quem continuou não sabendo nada foi Tyreese, o principal interessado, mas algo me diz que por trás disso há uma grande intenção para a segunda metade da temporada.

A cena que me deixou psicologicamente abalado foi sem dúvida a morte de Hershel, veio em boa hora, já que o personagem já tinha rendido o que poderia, mas nunca é fácil perder um membro da família. O pior de tudo foi o lindo discurso de Rick antes, com um texto primoroso, não servindo para nada. O jogo de camera foi muito bem colocado, nos deixando por dentro da visão do Governador. E ver o rosto das irmãs Greene ao ver seu pai sendo decapitado não foi uma missão fácil, Lauren Cohan mesmo, deu um show de atuação, a evolução da moça nos 3 anos de trama é evidente. 

A morte do nosso sábio e bom velhinho foi o pontapé inicial para o início de uma batalha sangrenta e que mudou toda a trama. A morte de toda aquela gente era esperada, o que me encantou foi a qualidade técnica das cenas, tudo efeito prático, eles realmente estavam explodindo a prisão, e The Walking Dead é mestre no aspecto prático. E lá estava a tão querida por uns e odiada por outros, a prisão, definhando. Portões derrubados, walkers invadindo e sangue para todo lado. Não sei se alguém percebeu, mas foi dado um close em uma zumbi, e ela era a mulher que se matou no primeiro episódio da temporada. 

A luta de Rick com Governador foi ótima, ver os dois líderes partindo para o instinto primitivo do ser humano, uma pena o xerife apanhar feio. Mas o melhor mesmo foi ver aquela katana perfurando Phillip/Brian, Michonne se vingando da morte de sua melhor amiga da sua maneira e ainda por cima deixando o sofrer, sem uma morte rápida. Quem finalizou o trabalho foi quem menos esperávamos, Lilly, que depois de perder sua filha (R.I.P Megan) e ver as atitudes monstruosas de seu parceiro não teve outra escolha. Espero que ela e Tara (que se recusou a atirar) tenham continuidade na série, adorei ambas, principalmente a quase policial lésbica. 

A emoção mesmo ficou para o finalzinho com Rick e Carl vendo a cadeirinha de Judith ensanguenta, mas não ficou claro se aquele foi mesmo o fim da Little Ass Kicker. Andrew Lincoln mas uma vez deu um show de atuação, muitos reclamam do Rick, mas eu confesso amar demais o personagem com toda a sua personalidade perturbada e quebrada pelo apocalipse zumbi. E Chandler Riggs me surpreendeu, não acho ele dos melhores, mas considerando a idade do ator foi muito bem.

E assim chega ao fim a saga da prisão, a maior da HQ e a maior da série (até agora), nossos sobreviventes se dividiram em vários sub-grupos. Rick e Carl/ Glenn e o buss/ Tyreese a as filhas adotivas de Carol/ Maggie, Bob e Sasha/ Daryl e Beth e por fim Michonne sozinha. Vamos ter que esperar até dia 09 de Fevereiro para descobrirmos como estão nossos bravos e corajosos personagens, o que nos aguarda na segunda parte é muita tensão psicológica e a introdução de novos personagens já conhecidos pelos leitores da revista em quadrinhos mensal.