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REVIEW | Suits: 3.15 "Know When to Fold 'Em"

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Brincando com a sorte. 
CONTÉM SPOILERS! 

Desde o início da terceira temporada, "Suits" vem pisando em ovos e brincando em um jogo de azar. As controvérsias sobre a temporada são gigantes, mas "Know When to Fold 'Em"vem para fazer jus ao título do episódio. A tática de lançar as bombas durante a temporada funcionou nos dois primeiros anos, mas agora a série prepara o terreno para os maiores acontecimentos. "Suits"soube nos dobrar direitinho. 

O penúltimo episódio da temporada trouxe uma carga emocional grande, mas mascarada através das situações mais controversas. Os sentimentos de cada personagem estiveram em jogo e foram utilizados para guinar todos os acontecimentos. Depois da inserção de Scottie na trama, Harvey veio sendo trabalhado de uma maneira mais humanitária. Muitos criticaram essa decisão do roteiro, mas ela acabou sendo sábia. Todo o caso envolvendo James Quelling e o parquinho de crianças que era perigoso colocou Harvey à toda prova, mostrando que os seus sentimentos podem, ou não, atrapalhar o seu trabalho. 

Digo isso pois toda a situação entre o caso e James se deu através da carga emocional de Harvey. Oras, com Mike pensando em seguir um caminho próprio e Harvey perdendo o seu fiel escudeiro, que tanto lhe custou, não seria nada fácil. Ainda, tivemos um caso bem engenhoso onde a sorte foi lançada e tudo precisava ser medido nos mínimos detalhes. Todo o desenvolvimento da história foi bem interessante pois mostrou a relação da justiça com o azar, e como isso não funciona. James foi a prova disso, além de ter sido um instrumento de choque de realidade para Harvey perceber que nem sempre a sorte será fator essencial para suas vitórias. Como Harvey mesmo disse, "ele não trabalha com a sorte", mas a situação envolvendo Mike Ross depende totalmente dela para ser assegurada.

Mike também é outro que usa e abusa da sorte para conseguir guiar o seu futuro profissional. Todo o perigo que ele enfrenta é algo bem pavoroso, principalmente para alguém ligado ao advogado mais poderoso da cidade. A proposta que ele recebeu para se tornar um investidor bancário foi nada mais do que a sorte batendo na sua porta e dizendo que aquilo já estava ganho, que era hora de parar com o azar e buscar algo garantido.

Toda a ideia de análise que se passou pelo episódio, do certo e errado, da sorte e azar, foi bem configurada pois transpareceu a verdade e a mentira, a gratidão e a facada nas costas. Digo isso pois Mike depende e muito de Harvey, pois se não fosse por ele, Mike não teria chego até aqui. Entretanto, diante de outros pontos de vista, a decisão de escolher o novo emprego era algo sábio, e Rachel sabia disso, tanto que lhe deu dicas e tudo mais. Pessoalmente, se Mike largasse a carreira jurídica por aqui, tudo seria mais fácil e ele não teria mais problemas. Mas é aqui que o peso na consciência surge. Ele não poderia jogar tudo pro alto. Harvey ainda jogou sujo e lhe deu uma última cartada que lhe mostrou o poder do Direito em sua vida. Se ele encerrou o caso de James tão bem, ele poderia continuar com a vida da mesma forma. Se Mike escolheu o caminho certo, não sabemos, mas acredita-se que a sorte não bate duas vezes na mesma porta...

E se a sorte é um jogo, Jessica Pearson o ganhou. O desenvolvimento do plot envolvendo a advogada e o ex-sócio Charles van Dyke foi uma pura prova disso. A primeira impressão trouxe Jessica como a vilã, empregada ingrata, mas conforte a situação foi sendo desenvolvida, ficou claro que Charles só queria tirar proveito de toda a situação, e Jessica não poderia trair a sua própria casa, tanto que teve que buscar auxílio. 

No episódio anterior, Louis terminou o curso noivado com Sheila e isso lhe deixou bem para baixo, o que fez com que Katrina segurasse todas as pontas na firma, precisando até da ajuda de Rachel para que tudo fosse resguardado em relação aos casos Litt. Isso piorou ainda mais quando o caso van Dyke chegou às mãos delas tudo ficou dificultoso, fazendo Jessica tomar uma decisão. Contudo, Jessica Pearson entende de lealdade, e através de um discurso de Rachel, aliviou a barra e foi até a fonte.

A eficiência de Louis em alterar os contratos foi extrema e mostrou que ele não precisa de Sheila nenhuma para continuar a ser feliz, afinal, seu trabalho é o seu forte, e nada pode lhe tirar dali. Ainda, toda a dinâmica mostrou o poder de Jessica, e como a sua cor da pele é a coisa mais insignificante do seu ótimo trabalho. O tapa de luva que ela deu em Charles a respeito disso foi grandioso e só mostrou o porquê dela ser tão grande como advogada. Jessica vem reconquistando os seus pontos na história.

"Suits" mostrou o poder da sorte e como ela é decisiva, tanto em momentos oportunos, como em momentos difíceis. Sem a sorte, Jessica não poderia ter mostrado a sua eficiência. Mas ela pode ser perigosa. Mike abusa de todas as formas da sorte até um momento que ela não será mais tão eficaz. "Suits" consegue com isso mostrar que nada dura para sempre, e ninguém é tão sortudo assim, exceto os fãs, que só ganham com isso.

P.S.: Não posso terminar a review sem destacar alguma música da soundtrack da série. Aqui cito "I Want Some More"do Dan Auerbach que deu o ar da graça aos momentos de poker entre Harvey e James. Ótima trilha.
P.S.S.: Não comentei sobre a Scottie pelo simples motivo dela não servir para mais nada na trama, além de deixar Harvey encucado com os seus segredos. Os conselhos dela são como um reboot dos de Donna, que convenhamos, são muito melhores. 

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E vocês, o que acharam do episódio? 

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