
Até quando dois podem jogar esse jogo?
Cuidado, spoilers!
1.17 Nº 88: Ivan
O nome desse episódio bem que tenta nos enganar, mas na verdade Ivan nem de longe é o foco desses quarenta minutos. Na realidade, o verdadeiro criminoso é alguém fingindo ser Ivan, o que o faz muito bem.
No último episódio, nós tivemos a confirmação da personalidade "dupla-face" do Tom e, agora, as expectativas estavam altas, porque eu não aguentaria ver Lizzie, que já é uma personagem lerdinha por natureza, ficar confiando no seu marido por vários episódios. Pensando nisso, ela no começo do episódio estava um poço de irritação, continuando a não desconfiar nas pessoas suspeitas e negando a ajuda de quem, nós bem sabemos, pode ter importantes respostas: Red. Mesmo assim, um tiquinho de meu tentou compreendê-la, o que seria mais fácil se a atuação da Megan Boone, apesar de já ter uma pequena evolução do piloto pra cá, não fosse tão instável.
Mesmo com esse lado da série tão interessante, ainda temos o "caso semanal", que nesse caso até foi interessante, mas apresentou alguns questionamentos que me irritaram, porque após dezessete episódios, já confio nesses roteiristas para que não façam erros bobos. A pessoa que se disfarçava de Ivan era ninguém menos que um menino complexado/psicopata/louco de amor de 17 anos, um tal de Lee, cujo único objetivo era ficar com uma menina - a filha de um engenheiro, líder de uma operação super secreta e que foi o ponto de partida do caso.
A partir daí, já desconfio seriamente da seriedade do caso, mas o que mais me irritou foi até onde o menino foi por um simples amorzinho: ele chegou a matar uma pessoa, só na ilusão de ficar com a garota. Certamente ele tem problemas no cérebro, mas não é o único, porque, ao tentar se encontrar com seu amor - que nem sabe que ele existe, aliás!! -, ocorre um dos vários pontos soltos do episódio que, apesar de bom, teve esses pontos baixos.
No caso, o menino - que sabe mexer em eletrônicos como ninguém, sendo capaz de deixar Washington D.C no escuro (mais uma forçada de barra, pra mim) - finge ser a bestie da menina e troca mensagens com ela, dizendo para ela ir para a estação de metrô. No meio da noite. No meio de um apagão geral. Sem qualquer explicação. Não sei vocês, mas eu tenho certeza que, se minha amiga me mandasse uma mensagem assim, eu acharia que ela estava chapada e voltava a dormir.
Mesmo assim, eu gostei da ideia de ter alguém "Jovem" na blacklist, mesmo que não fosse de fato o nome que lá constava. As cenas no metrô foram bem bacanas, apesar do fechamento do caso ter deixado a desejar - para alguém tão obstinado, Lee é bem facilmente influenciado pelas palavras de Lizzie, que vai lá salvar o dia mais uma vez.
E, agora, o que realmente tá fazendo a gente ficar de cabelo em pé: Tom e Lizzie. Após Jolene msiteriosamente desaparecer (o cowboy também tá sumido, mas pelo jeito ninguém se importa, nem mesmo o Red), até a polícia aparece na casa de Lizzie e, uma coisa somada a outra, ela acha o endereço do lugar em que Jolene ligou para ela. Pra quem não lembra, naquele momento, Jolene estava naquele balcão, junto com Tom. Ou seja, o belo esconderijo do nosso dupla-face estava comprometido.
E o que Lizzie faz, no meio da investigação? Liga pro marido avisando sobre isso, inclusive dando o endereço. Tom, que já estava lá dentro, tenta se livrar das evidências rapidamente, e é ajudado pela burrice só isso mesmo de Lizzie, que bate na porta do lugar, como se alguém fosse atender!! Enfim. Suspiro, suspiro. Adorei a sequência de cenas que se seguiu, Lizzie tomando pancada do marido não tem preço, se era pra ser uma cena séria, falhou, porque eu ri muito.
Mas o mais importante sempre fica pro final. Lizzie, num momento de inteligência, descobre o que todos nós, lá no fundo, já sabíamos ser verdade: Tom não é nada do que parece e a gente só viu a ponta desse iceberg. FINALMENTE!!! Vamos abençoar os roteiristas por não deixarem isso pra season finale, porque né? Agora é esperar quanto tempo Lizzie consegue fingir que não sabe de nada (medo dessa atuação! Se nem a Megan me engana, imagina a Lizzie? rs).
P.S.: Tô querendo mais duas coisas: Ressler e Lizzie (acho um casal bem interessante, que se desenvolvido de um jeito legal, daria um toque diferente à série, mas nada urgente) e mais informações sobre a ligação de Red com Lizzie. Isso, tenho quase certeza, deixaram pra SF.
1.18 "Nº 135: Milton Bobbit"
Ai, que episódio gostoso de The Blacklist! Bem feito, sem furos chatos que nem o anterior, legal de se ver. Só faltou mesmo um tempero final no caso da semana em si, mas tá tudo bem.
Pra começar, faz tempo que não falo isso, mas nesse caso é impossível negar: a trilha sonora arrasou nesse episódio. A sequência da Lizzie dando a louca por ter que fingir que não sabe de nada, tentando descobrir a verdade, teve a música ideal para plano de fundo. Aliás, adorei vê-la assim, mais viva, mesmo que o meu receio que ela deixe na cara que sabe de tudo seja enorme.
Um dos motivos do caso da semana ser meio simples foi que nem mesmo Lizzie participou muito dele, como costuma fazer, em virtude da presença do "irmão" de Tom, que veio para a renovação dos votos de casamentos do mesmo e de Lizzie. Sim, gente, esse povo ama uma situação bem foda pra atuar. De qualquer forma, o caso tinha tudo pra ser interessante, afinal, com um criminoso que era fã do Voldemort que nariz é aquele, meu bem? Ou a falta dele, né, o que poderia dar errado? Mas não sei exatamente por quê, não achei dos melhores casos.
O que mais me conquistou, na verdade, foi a atuação do Damian Young, o próprio Milton Bobbit. Gente, ele estava acabado e realmente atuava como tal! Pensar que, por ganância de algumas pessoas, tantas outras pagam o preço é revoltante. Mas imaginar que tais atos fizeram vários indivíduos comuns se tornarem assassinatos e suicidas, é medonho. Mas é exatamente esse o trabalho de Milton que, apesar de não ter tido a melhor das resoluções, ainda é ok.
Porém, o foco da série tem sido mesmo, cada vez mais, o desenvolvimento dos personagens principais, como Tom, Red e Lizzie. Com o aparecimento do irmão do Tom, eu estava crente que conseguiria algumas respostas (o Red e a Lizzie também), mas seja pra quem que esses dois trabalham, pelo jeito a coisa é muito séria, porque antes que eles conseguissem boas respostas, o louco do irmão pula da janela do prédio do hotel em que estavam. Foi tudo tão repentino que a minha cara de "what?" deve ter sido bem parecida com a deles.
A morte de Craig Keen acarrete talvez efeitos mais interessantes que suas respostas em si. Eu realmente acho que, com esse cara morto, Tom já tenha certeza (ou quase) de que Lizzie sabe das coisas. A última cena dos dois foi ótima, porque ambos mostraram saber jogar bem esse joguinho de gato e rato, algo que eu não esperava ver em Lizzie. Só espero que ela aguente as estribeiras mesmo! Uma observação, apenas: que bom que não caíram no clichê de dizer que Tom é realmente apaixonado por Lizzie, porque depois de dar uma pedalada nela no último episódio, duvido que algum espectador vá realmente acreditar nisso.
Por final, mais uma pergunta: por que Red queria a lista de clientes do Milton Bobbit? Não sei se vocês notaram, mas todos esses casos em que há uma lista de pessoas, Red sempre dá um jeito de dar uma olhadinha. Nem imagino o que ele pode querer com tantos nomes, mas será que tem a ver com o que aconteceu com sua família e talvez... Com Lizzie?
E, por fim: who the hell is Berlin?
P.S.: Red divando em todos os episódios já virou clichê, né?
P.S. 2: Citação a Gina Zanetakos, será que teremos essa criminosa de volta? Quem além de mim quer isso?
P.S. 3: Dembe perguntando sobre as cores das paredes da casa de Lizzie > você.
P.S. 4: Prêmio de piores perucas vai sempre para a coitada da Megan Boone. Gente, por que não deixam ela usar o cabelo dela assim mesmo?
E vocês, o que acharam do episódio?
E vocês, o que acharam do episódio?