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REVIEW | Scandal: 4.08 "The Last Supper"

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Clientes são muitos, amigos são poucos.
CONTÉM SPOILERS!

O Rowan Pope foi por um tempo a melhor coisa que já havia acontecido em Scandal. Foi. Agora ele deixou de ser intrigante e se tornou uma entidade poderosa o suficiente pra descarrilhar toda a temporada do nosso escândalo de cada dia. Ele deixou de ser um planeta na órbita da Olívia e agora tem seu próprio campo gravitacional. Nesse episódio ele se tornou um deus, onipotente e não no sentido bom da coisa.

A Olivia Pope & Associates nunca foi só uma firma que controlava crises e escândalos de parâmetros internacionais. Sempre foi a casa de vários bonecos quebrados pela vida e colados por Olivia Pope. No começo, o Rowan representava uma promessa de iluminar a cabeça da Olivia, então a revelação de quem ele era na finale da segunda temporada foi revigorante. Os discursos dele podem parecer fajutos agora, mas foram Scandal em seu melhor um tempo atrás.

O Rowan deixou de ser um instrumento pra Olivia e se tornou um instrumento pra B-613. Como Command, o Rowan consome espaço demais e se torna onipotente e perigoso, quase um vírus. Em outras palavras, ele é um deus. Existe um propósito para as atitudes dele a não ser atormentar a vida do resto das personagens?

No entanto, “The Last Supper” foi muito melhor do que eu pareceu. Serviu como um neutralizador pra abafar as histórias da B-613 temporariamente. O cliffhanger no final foi ótimo. Se o Rowan é poderoso demais pra ser derrubado pela Olivia, Fitz e Jake juntos, ele talvez seja poderoso demais pra ser derrubado de forma satisfatória pra história.

O episódio foi bom porque mostrou a utilidade do Rowan. Esse triângulo entre Olivia, Fitz e Jake não pareceu vital até nesse momento. O Jake estava a beira da morte várias vezes, inclusive alguns episódios atrás, e isso só mostra o quão supérfluo a personagem dele é. O Fitz estava danificado no começo da temporada, mas encontrou forças pra vingar a morte do filho. Já a Olivia está se sentindo culpada por ter feito ambos Jake e Fitz sofrer por causa da associação deles com ela.

Por mais interessante e bizarro que o triângulo amoroso tenha se tornado, este se apoia firmemente no Rowan e nos riscos de eliminar o grande mistério envolvendo a Catherine Winslow e o envelope cheio de fotos da Olivia. Essa história ficou interessante rapidamente, com “The Last Supper” juntando os fiapos das histórias da temporada e os colocando em uma revelação chocante. Quanto mais tempo passa sem uma explicação do por quê do Kubiak ter assassinado a Caitlin e a Faith e o que a Olivia tem a ver com isso, mais eu temo que a explicação vai ser desapontante.

Essa temporada, por mais lenta que esteja, obrigou a Olivia a examinar sua ética. A crise da Olivia por trabalhar pelas costas da Lizzie com o Cyrus é algo interessante. Parece que, por viver em um mundo cheio de mentiras, algumas coisas na vida da Olivia devem permanecer intactas.

Scandal parou de focar apenas em um miniarco e começou a explorar melhor áreas que não explorava antes. E isso faz toda a diferença quando se quer mostrar que a série é um drama político inteligente ou apenas um drama.

Observações:
  • A Shonda tá arrasando com as cenas de sexo gay, mostrando que não existe diferença alguma entre este e o sexo hétero. Igualdade!
  • A história com West Angola deve ficar de lado por alguns episódios. Já tem muita coisa acontecendo.
  • Mesmo adorando o Huck, ele foi bem irresponsável em deixar uma criança perto de uma emboscada policial.
  • Gostei do discurso [nem tão falso assim] da Olivia, falando que o Jake e o Fitz são duas crianças brigando pra ter ela e não por ela.
  • Agora eu, Gerson, vou assumir os episódios de Scandal, por isso estou primeiro colocando a série em dia. Em janeiro as reviews sairão em dia!
E você, o que achou do episódio?

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