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REVIEW | Criminal Minds: 10.21 "Mr. Scratch"

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Um dia essa série vai me matar do coração.
Cuidado, spoilers!

Não poderia começar a review sem dizer que um dia, sério mesmo, um dia, eu vou estar assistindo um episódio de Criminal Minds e simplesmente meu coração não vai aguentar e eu vou enfartar. Como lidar com um episódio que qualquer um dos atores dirigiu? Geralmente quando Thomas Gibson faz isso, as coisas funcionam perfeitamente bem. Mas nenhum episódio dele, até agora, superou esse maldito trabalho maravilhoso de Matthew Gray Gubler. Já sou fã de Matthew como ator por motivos óbvios e eu consegui amá-lo ainda mais como diretor. Cada cena de agonia foi excepcionalmente bem trabalhada. Seja pela fotografia, seja pela sonoplastia, seja pela contraposição das cenas. Não tenho nem palavras suficientes para elogiar o episódio.

Acho que o fato de eu ter ficado sem palavras é o que mais me dificulta aqui. Geralmente tenho opinião sobre tudo e tenho um pitaco aqui e outro ali. Mas o que fazer quando um episódio é simplesmente breath taking e você termina com um grande "O" formado na sua boca? O que fazer quando todos os seus argumentos não conseguem sustentar sua opinião? O que fazer quando, ao mesmo tempo que sua cabeça borbulha com ideias, você simplesmente não tem o que falar porque possivelmente tudo o que você conseguir colocar no papel (ou na tela do computador, nesse caso) não exprime nem metade do sentimento que algo te causou? Pois bem, entendam meu drama ao ter de escrever sobre "Mr. Scratch".

Pra começar, o caso já se inicia de uma forma completamente diferente do que estamos acostumados. Ter três suspeitos em custódia, que na verdade, já foram confirmados como autores de assassinatos de seus entes queridos é bem trash, pra início de conversa. Toda a questão das alucinações que os três se encontravam quando cometeram os assassinatos me deixou encucada, mas logo cheguei à mesma conclusão que a equipe sobre as drogas, especialmente com todos eles sentindo o cheiro de sálvia. De alguma forma, isso era importante para o modus operandi do serial killer da vez. E outra coisa bem interessante foi o fato de que na verdade Mr. Scratch não matou ninguém e sim fez com que os suspeitos sujassem as próprias mãos. Sério, se eu fosse uma serial killer, gostaria de ser assim também: vamos dar trabalho pra BAU, bitches.

E a história de Peter Lewis foi uma das mais complexas que a série trouxe até agora, na minha opinião. Ter os pais cuidando de um orfanato já deve ser meio esquisito, se a gente pensar que a criança pode começar a desenvolver um ciúme dali já. Mas antes fosse esse o problema no caso de Lewis. Durante os anos 1980, o pai de Peter vestia-se de Demônio e junto com o filho atormentava as crianças. Vejam só como a loucura foi passada de pai para filho... Acabou que por fim, o pai de Peter foi preso graças a uma instituição chamada Believe The Children, liderada por uma psicóloga. E pois bem, Peter cresceu, formou-se em Harvard, começou a trabalhar na NSA e decidiu ir atrás daqueles que foram responsáveis pela desgraça de ver seu pai preso - e, posteriormente, morto -.

Até então, a complexidade poderia ter acabado aí, certo? Certo. Mas o roteiro decidiu nos ferrar bastante, certo? Certo. Acho que desde George Foyet ("100") e talvez de Diane Turner ("Zugzwang"), a série não nos dá um serial killer que me deixe tão aflita. Porque vocês sabem né, não podem mexer com ninguém dessa equipe que eu fico possuída por um espírito de aflição. O pior de tudo no tal Mr. Scratch é que o plot dele foi envolver logo Hotch. Na minha cabeça, poderiam dar uma dor de cabeça dessas pro Morgan, ou pro Rossi, por exemplo. Mas não, vamos pegar o cara que mais se fodeu ferrou durante a série toda e vamos arrumar mais uma oportunidade de ele se ferrar.

Cada alucinação de Hotch me dava agonia maior do que estava para acontecer. Ver cada um dos membros da equipe morrendo e/ ou sendo atingido foi, não só o maior medo de Hotch se realizando, mas o meu também.

E eu tive que realmente aplaudir a força de vontade de se manter consciente de Aaron. Talvez a maioria de nós não conseguisse isso - muito provavelmente acabaríamos suscetíveis àquela ideia distorcida que Lewis tentou enfiar na cabeça dele. E por fim, quando vi que Mr. Scratch se entregou e fez aquele pequeno gesto pra Hotch tive a certeza: Ele vai voltar - talvez na próxima temporada - e vai atazanar muito nossa equipe. E eu não quero que isso aconteça, e quem sabe até lá eu já não enfartei mesmo com essa série. Aplausos pra Criminal Minds que consegue ser maravilhosa duzentos e trinta episódios depois de seu piloto.

P.S.: Momentos de um bromance de Rossi e Hotch são muito amor.
P.S.²: Kate realmente tá ganhando um descanso já que essa finale será dura pra ela...
P.S.³: Quem não adorou eles falando sobre seus medos quando crianças?

E então, o que acharam do episódio? Aprovam a direção de Matthew?

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