Hoffstader e Cooper em versão maternal.
Cuidado, spoilers!
Confesso que desde que li a notícia de que tanto a mãe de Sheldon, quanto a mãe de Leonard apareceriam novamente nessa temporada, já tinha ficado bem empolgada. Quando vi que seria no mesmo episódio, achei tudo ainda mais sensacional, porque realizei que em oito anos de série as duas nunca tinham compartilhado a tela. E como não imaginar um encontro entre uma psicóloga cética e uma texana religiosa? Como não imaginar as diferenças entre os filhos refletidas ao reverso nas mães? Pois bem, foi exatamente isso que "The Maternal Combustion" trouxe pra nós.

Em compensação, Mary Cooper é essa figura indescritível. Amável, mas temente a Deus e ditante de regras em sua própria via. A história de como ela conseguiu gerar um filho tão averso à religião segue a mesma premissa quase que a do caso de Beverly. O tanto de esforço feito por ela para fazer um menino cético acreditar de todas as formas numa entidade espiritual que controla tudo teve o efeito reverso do pretendido. Se o mini Sheldon já tinha um QI elevado e tendia a entender tudo de forma lógica e cientificamente provável/ palpável, não haveria sermão religioso que funcionasse para que ele deixasse suas ideias ateias de lado. Pelo contrário, a cada novo discurso da mãe, o menino tendia a afastar daquilo que ele consideraria "fanatismo cego". Mas, ao contrário de Beverly, Mary decidiu educar os filhos com sentimentos envolvidos e não de uma forma fria quase que como se fosse uma metodologia de estudo.
E, obviamente essas diferenças iam aparecer quando as duas se conhecessem. Mas não antes das próprias diferenças entre Leonard e Sheldon exalarem de si mesmos. Leonard teve a crise que todo filho tem quando a mãe o compara com o amiguinho - e, aliás, quem gosta disso? -, enquanto Sheldon e seu ego maior do que a sala de estar do apartamento dos dois, não aceitavam a discussão "sem propósito" do roommate. E se fosse só esse o problema, tudo estaria ok.
Porém, espelhando-se na discussão de diferenças dos filhos, Beverly e Mary acabam discutindo - com Penny no meio - sobre métodos de criação de filhos, ceticismo e fanatismo, e claro que isso não poderia dar certo. Honestamente, achei divertidíssima a troca de farpas das duas, e especialmente o final que Beverly deu um passo atrás em sua postura fria, mesmo que ainda estivesse presente ali, e aceitou a premissa de que talvez a metodologia de anos dela pode não ter sido tão eficaz quanto ela esperava. E sim, também achei o abraço da mãe no filho a coisa mais forçada e mais engraçada da face da Terra. E eu mal posso esperar pra ver um reencontro entre essas duas.
P.S.: Plot de Bernadette sendo mãe de Howard, Raj e Stuart serviu só pra encher a tela.
P.S.¹: A cena das mãos na testa foi eleita como a melhor do episódio todo por mim.
P.S.²: Só eu que tenho me incomodado muito com a falta de Amy?
P.S.³: Penny descobrindo que seu anel não era da Tiffany's e depois fazendo piada com Leonard. É, amiga, I feel you.
E então, o que vocês acharam do episódio?