A inovação na história de Sir Arthur Conan Doyle.
CONTÉM SPOILERS!
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Uma série que antes mesmo de começar já tem rejeição pelo público é de se esperar um tremendo fracasso. Era de se esperar, pois Elementary veio para provar que nem sempre a lei de Murphy está correta. Aliás, a série também prova que algumas vezes inovar é bom e não desrespeita o clássico.
Com isso, "Elementary" segue um Sherlock Holmes que vive em Nova Iorque, ex viciado em drogas e coma genialidade característica do personagem clássico. Entretanto, esse Sherlock encontra em Joan Watson, sua acompanhante de sobriedade, a amizade verdadeira e necessária para ser aquilo que ele faz de melhor; resolver crimes.
A primeira temporada foi focada em apresentar os personagens e criar a estrutura básica de seus relacionamentos, mas sem deixar de lado os casos mirabolantes e inteligentes, além do suspense que envolve toda a mitologia do detetive inglês. A série conseguiu ganhar o respeito e a admiração do público, que desconfiou da capacidade da história, ao modificar os pilares do clássico.
Se você ainda não se rendeu a "Elementary", veja a avaliação a seguir e tire suas próprias conclusões se a série merece um lugar na sua watchlist.
AVALIAÇÃO DAS CATEGORIAS:
ROTEIRO: Esse foi o primeiro elemento a me fazer cair de amores pela série. Quando se vê referente a Sherlock Holmes, você já cria altas expectativas para a história. Afinal, nosso protagonista é uma mente genial e que resolve casos curiosos e incomuns.
Então, imagina a minha surpresa por ver casos tão irreais, mas, ao mesmo tempo, tão inteligentes? E até o impossível se tornava possível com os roteiristas de Elementary (Inclusive criar uma doença genética!).
Claro que houve episódios que não conseguiram chegar a um nível tão alto, porém, em sua maioria, a temporada apresentou ótimos casos, conectando aos dramas dos personagens. E a cada caso, o fortalecimento das personalidades dos personagens e seus relacionamentos eram destacados, criando uma personalidade única para a série.
A inovação e diferenciação foram grande parte dos roteiros, que prezaram por reinventar a mitologia criada por Doyle, mas de modo que fosse algo plausível com a nova realidade de Sherlock e Watson. Só pelo modo como Irene Adler/Moriaty foram tratados, a série já merece a minha nota máxima.
NOTA: 10,0
ATUAÇÃO: Outro aspecto importante da série. Devido ao grande sucesso da série britânica “Sherlock”, tendo Benedict Cumberbatch como protagonista, as pessoas simplesmente rejeitaram Jonny Lee Miller sem nem ao menos assistir a série.
As diferenças entre os shows são enormes e não vejo razão para admirar somente um, enquanto temos a opção de gostar de todos. Sim, eu adoro Holmes do Benedict, assim como adoro Robert Downey Jr interpretando Sherlock nos filmes. O interessante do personagem Sherlock é justamente que ele pode ser multifuncional, cada um seguindo uma linha, mas sem perder a essência do personagem.
Assim, só tenho elogios para Jonny, assim como Lucy Liu, que finalmente conseguiu sair da minha lembrança como a atriz de “As Panteras”. A química entre os dois é ótima e o roteiro consegue explorar bem a relação conflituosa dos personagens. Fiquei em interessada na série pela inovação de ter Watson como mulher e a atuação de Lucy Liu apenas provou como o criador da série estava certo em realizar essa mudança!
Inclusive, considero que Elementary só conseguiu conquistar o público pela questão de roteiro e atuação. O restante do elenco é bom, complementando, como se espera, o nível de qualidade da série. Destaque para os atores convidados que auxiliaram o show a demonstrar sua grandiosidade, como foi o caso de Natalie Dormer (Irene Adler).
NOTA: 10,0
SOUNDTRACK: Este é um quesito que poucas séries policias conseguem se sobressair. Felizmente, "Elementary" é uma delas, apresentando, no mínimo, uma música marcante a cada final de episódio.
A série também sabe trabalhar bem a escolha das músicas com a personalidade específica da série e seus personagens. A soundtrack várias vezes nos apresenta a bandas novas ou pouco conhecidas da grande mídia, mas com excelentes músicas. Assim, "Elementary" utiliza o elemento da música como um fator a mais para se apaixonar pela série.
NOTA: 8,0
ASPECTOS TÉCNICOS: Esse é um aspecto até fácil para a série, visto que não tem nada de sobrenatural ou fantasioso. Utilizando a conhecida e requisitada Nova Iorque, "Elementary" adiciona apenas uma frieza característica das séries polícias na Big Apple.
Neste quesito, o mais “fora-do-comum” que a série consegue ser é referente ao figurino de Sherlock, que sempre é algo inusitado, mas sem ser extravagante. O cenário da casa de Holmes também pode ser lembrado como uma tentativa de misturar a residência típica de Nova Iorque e a lembrança da famosa casa de Baker Street.
NOTA: 8,0
Apresentando nota maior a 7,0, a série mostra que tem o fator necessário para ser acompanhada. Portanto, a série está devidamente aprovada e já garantiu lugar na minha watchlist para a próxima season.
O The Series Factor continuará cobrindo todos os episódios. Até a próxima temporada.
E vocês, o que acharam desta primeira temporada? Ansiosos pelo segundo ano?