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REVIEW | Suits: 3.09 "Bad Faith"

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Sentimentalismo.
CONTÉM SPOILERS! 

Geralmente as séries que ascendem demais, tendem a não manter o nível em suas temporadas seguintes. Tinha medo que com "Suits" isso acontecesse, visto que o segundo ano da série conseguiu superar toda e qualquer expectativa. Não digo que esta terceira temporada está maravilhosa, uma vez que possui seus erros, mas a cada episódio consegue mesclar a mitologia da série com seus elementos mais característicos: seus personagens.

"Bad Faith" pode não ter sido o melhor episódio da temporada, longe disso, mas conseguiu mostrar quais serão as perspectivas para o futuro de "Suits". Ao reduzir para a segunda, o episódio decidiu focar no lado mais humano de seus personagens, e para tirar aquela carga pesada dos episódios anteriores, tivemos algo mais simples. Muitos reclamam que a série não é feita para utilizar de seus sentimentos, e eu já digo o contrário, "Suits" sempre buscou e sempre buscará deixar claro os sentimentos para o espectador o que seus personagens estão sentindo.

A trama de Louis foi bem mais ou menos durante estes nove episódios, pois só focou no alivio cômico. Tudo bem, não fui capaz de perceber qualquer ponto de entrada viável para que ele se encaixasse na trama, mas agora ele pôde ter uma parcela de participação. Com a dissolução da sociedade, veio o divórcio. Pearson não era mais de Darby, e vice versa, e em um bom divórcio litigioso, sobrevive quem tem as melhores armas.

Edward Darby recorreu à sua melhor advogada. Scottie veio e conseguiu lançar o benefício da dúvida na cabeça de Harvey. Com a Hesington Oils demitindo a firma, Harvey supôs que sua namoradinha estava por trás disso, mas ele se enganou. Ava achou que a firma agiu com negligência perante os seus problemas jurídicos, mas quem manda ela ter o passado mais sujo do que a caixinha de areia de um gato? Ela sabia que sofreria as consequências, mas ainda foi capaz de querer sugar a Pearson por meio de um processo. É Ava, as coisas estão tão difíceis assim?

O meio que Jessica e Harvey encontraram para negociar seus bens com Darby teve o auxílio de Louis, que se deixou levar por Nigel. Tudo pareceu meio patético. Ver Louis baixando a guarda por causa de uma gata é uma ingenuidade do roteiro, mas que deixou passar. Penso que Louis está assim por perceber que é uma carta do baralho, como sempre foi, ainda mais com Harvey lhe ridicularizando o tempo inteiro. Mas Louis teve o seu ponto alto e conseguiu pensar fora da caixa, com o auxílio de Katrina.

O meu sentimentalismo também aflorou no momento em que o advogado da Gianapolous rebaixou Louis, dizendo que ele não era um advogado de peso para conseguir liquidar previamente as ações de sua empresa. Ali pudemos ver o sofrimento de Louis, e o quanto ele pôde crescer como personagem para recorrer a Harvey como uma saída. Por mais que doa em Harvey Specter, ele notou a capacidade de Louis e ainda lhe ajudou, garantindo um trunfo para Pearson. Ava, não precisamos mais de você! Você foi Littada.

Enquanto Louis atravessa suas barreiras, Mike e Rachel encontram algumas em seu relacionamento. Adoro o casal, mas já não bastasse duas temporadas de "fica ou não fica", agora temos o impasse de Stanford. Mike deveria suportar a namorada, mas as ações dela não lhe fazem ter essa iniciativa. Sendo um casal novo, eles descobrem suas manias, e nada disso é algo bom para o relacionamento. Além do mais, a firma precisa que a Folsom Foods liquide suas dívidas para que eles fiquem à frente de Darby nas negociações, e quem mais poderia fazer isso?

Robert Zane não pode ver ninguém da Pearson pintado de ouro, exceto pelo seu genro Mike, este que conseguiu, no maior estilo Harvey, usar da lábia e da coragem, ameaçando confrontar uma pai contra uma filha, para que garantisse o sucesso da firma. Mike conseguiu, provou que é melhor do que parece ser, mas tudo vem com um preço. Rachel acabou descobrindo, e é claro que isso não será benéfico para esse namoro. É como dizem: nunca se pode ter tudo...

"Suits" buscou um lado mais sentimental de seus personagens em um episódio que cozinhou seus acontecimentos em banho-maria. Não digo que não conseguimos tirar proveito disso, muito pelo contrário, só nos provou a audácia do roteiro em elencar algo assim em meio aos plots de guerra que a série vem enfrentando.

P.S.: Não me canso de elogiar a soundtrack. Desta vez destaco a música "Worthy" do Jacob Banks.
P.S.²: Mike aprendo a se vestir. Tava mais do que na hora...
P.S.³: Já quero a caneca do Louis pra ontem!

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E vocês, o que acharam do episódio?

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