Harvey Specter quebrando suas próprias barreiras.
CONTÉM SPOILERS!
E não é que "Suits" mostrou mais fôlego para encerrar sua segunda temporada com merecidas palmas lentas? Diferentemente de seu primeiro ano, a série não quis focar em casos separados para moldar seus personagens. Tivemos sim panos de fundo jurídicos para nos mostrar a essência da série, mas que foram cruciais para o bom desenvolvimento de cada história presente na trama.
E foi isso o que aconteceu. Em uma temporada de dezesseis episódios tivemos centenas de acontecimentos, desde demissões até contratações, mas nada barrou a queda do império Specter. O advogado que sempre mostrou um ego inflado dessa vez caiu nas suas próprias ciladas levando na cara os, talvez, merecidos tapas. Contudo, se não fosse toda essa onipresença, Harvey não seria um dos maiores focos de "Suits". Acho de muito bom tom o personagem ter uma pequena falha na sua trajetória majestosa. Porém, isso resolveu vir em dose dupla, seja na sua carreira como no seu coração.
Como sabemos, Harvey sempre teve uma queda por Dana Scott, e conseguia se manter distraído quando a moça aparecia, mas dessa vez, ela o decepcionou, juntamente com Jessica, que decidiram o apunhalar pelas costas. Harvey não percebeu que toda a armadilha featuring Edward Darby seria benéfico para a Pearson... Isso é o que Jessica e todo mundo pensa. Desde o momento que a firma começou a se restabelecer com essa ideia de fusão, fiquei com o pé atrás. É de praxe isso se tornar uma ruína, principalmente após os dias de escuridão que todos sofrerão no escritório, e Harvey é desta opinião, tanto que resolveu jogar contra Edward recebendo propostas de Jessica: caso ganhasse, teria a chance de ver o seu sobrenome na porta; caso perdesse, cederia. Mas nem tudo são flores, e Mike surgiu para intermediar, como sempre, sendo procurado por Scottie, esta que lhe deu um papel com algumas informações para a vitória, que lhe custaram o emprego. Specter, sendo o cavalheiro de sempre, resolveu mostrar a sua decência, assumindo o risco, mas talvez isso possa lhe causar alguns drama, uma vez que ficou a seu encargo o destino da moça: ou em New York ao seu ladinho, ou em Londres.
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Logo Scottie que está apaixonada por Harvey, diferentemente de Donna que diz não querer nada com o rapaz (o que sabemos que é mentira). Gostei muito de ver esse lado não-advogado de Scottie. Foi interessante vê-la assumindo a paixão pelo ex-colega de Harvard, que dividiu seus problemas maternos que podem ser um impasse na atual relação dos dois, como Donna ressaltou.
O que me tira do sério é ver a apatia de Harvey com relação a Donna. Tudo bem, os dois possuem uma grande química, mas quando se trata das emoções vindas do coração da secretária, os dois parecem esconder, quando é notável algo no ar, mais do que o que ele tem com Scottie.
Assim, Harvey não consegue seu nome na porta, tenta demitir Mike mas é impedido por Jessica e não consegue firmar as suas opiniões tendo que baixar a crista para os britânicos que invadiram seus habitat natural. Pelo menos se isso der algum problema, ele poderá dizer que avisou.
Quem também tentou ajudar em toda a situação foi Louis, que se uniu ao time Specter ao tentar vencer usando das artimanhas dos jogos sujos. Harvey aceitou a sua proposta de atravessar barreiras, mas infelizmente foi barrado por Jessica, que afim de jogar limpo, recusou. O falso moralismo reinou nas atitudes da chefona da firma, uma vez que ela também não quis pisar em ovos para receber os futuros benefícios da fusão. Mas Jessica, tome cuidado, tudo o que você planta, um dia colherá.
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Louis foi o alívio cômico de "War". É incrível a evolução do personagem que consegue uar o seu humor para tratar de assuntos sérios. Dessa vez ele travou batalhas com Nigel Nesbitt, este presente no sistema da fusão entre Edward e Jessica. É claro que a batalha de egos não ia ficar só na discussão sobre drinks, tanto que tomou uma maior proporção ao se tornar mera desculpa para uma discussão sobre lamas, a qual Louis deixou o rival vencer. Gosto muito de ver Louis enfrentando o seus iguais, pois assim ele pode sentir o gosto do próprio veneno. Mas em relação a Rachel, Louis tentou ser o mais sensato possível, ao esconder a verdade para evitar constranger a moça. Entretanto, isso não funcionou...
Mike Ross acabou se tornando o alvo de Rachel Zane, uma vez que ele teria mais força para enfrentar Sheila, que, nas ideias de Rachel, teria a recusado por causa de problemas com Louis. Mas Mike não conseguiu fazer isso, nem Louis, que decidiu ser homem e contar a verdade a Rachel.
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Mas isso se tornou um problema maior já que Zane enfrentou Ross cara a cara, dando-lhe tapas após descobrir a verdadeira trapaça do "falso advogado" para conseguir um emprego na Pearson. Mas o ódio é a melhor poção para o amor, e foi mesmo, pois tivemos uma cena muito quente dos dois que conseguiram transar em pleno arquivo da firma, fechando o episódio em um nível de tensão sexual altíssimo!
"War" consegue fechar o segundo ano de "Suits" em um nível altíssimo, mostrando o quão grandiosa a trama é, com elementos bem amarrados e que nos deixam vidrados para o terceiro ano da série que virá na Summer Season. Obviamente, trará diversos problemas para a firma e nossos personagens tão bem construídos. Única coisa que sei é que não poderei perder tudo isso de jeito nenhum!
P.S.: Genial foi ver Mike fazendo piada com o sinal de respeito de Edward, que estava no aguardo de um anuncio para adentrar a sala de Harvey. As referências de "Downton Abbey" se encaixaram como uma luva para a situação, mas se tornarão melhores quando Edward decidiu assistir a série e acabou recebendo um big spoiler de Mike. Ótima sacada!
P.S.²: Acho muito engraçado o narcisismo de Harvey.
E vocês, o que acharam dessa season finale?