REVIEW | Person Of Interest: 3.06 "Mors Praematura" e 3.07 "The Perfect Mark"

Depois de um começo morno, "Person Of Interest" esquentou... pra valer.

Após ter um dos piores episódios da série, POI teve uma sequência três ótimos episódios que deram uma boa chacoalhada na série. E, agora, parece que as coisas iram continuar intensas até, pelo menos, o mid-season finale, já que uma trilogia de episódios - que promete acontecimentos capazes de mudar totalmente os rumos da série - se aproxima. E, com ela, mais episódios de boa qualidade.

Mas vamos nos focar nos dois últimos episódios mostrados pela série. Em "Mors Praematura" nós vimos a melhor qualidade da série em ação: a habilidade de desenvolver dois ou mais plots no mesmo episódio com uma excelência  e equilíbrio invejáveis. Tudo ficou ainda mais genial quando o espetacular roteiro da série fez com que as duas histórias que acompanhávamos pelo episódio encontraram um ponto de intersecção.

No começo, confesso que estava bem irritado pelo fato de termos um caso da semana porque era desnecessário. Já tinha uma ótima história pra contar e o caso da semana seria completamente inútil. Entretanto, quando o caso da semana começou a ficar interessante e indo contra a encheção de linguiça que eu pensava que seria, eu rapidamente comecei a olhar a história do Sloan com outros olhos.

Eu fiquei mais feliz ainda quando Finch mencionou o nome de Peter Collier e disse que era ele quem estava por trás dos planos. Collier tem muito a ser explorado. É bom ver que a série não vai deixá-lo na geladeira por muito tempo, como costuma fazer com seus vilões. Um bom exemplo disso é Alistair Wesler que em Critical (02x07) prometeu que voltaria, mas nunca mais deu sinal de vida.

Tanto Laskey quanto Terney, com suas últimas forças, tiveram a chance de se redimir. E ambos a aproveitaram. Laskey finalmente parecia que acabaria tornando-se uma boa pessoa, e não apenas isso, também seguia um caminho de utilidade para a história. Porém, se formos analisar, foi melhor ter partido mais cedo a ter saído mais tarde. Temos muitas histórias interessantes nessa temporada, perder tempo com coisas "desnecessárias"é uma armadilha fácil para se cair.

E, não apenas a revelação do chefão da HR fez o episódio bom, o caso da semana também foi na medida certa. A história do golpista, com direito a reviravolta no final - que foi a cereja no bolo de um caso da semana bem construído - foi envolvente, sustentou o episódio e, mais importante ainda, fez a ligação necessária com a trama que era desenvolvida paralelamente envolvendo Carter e HR.

E como se não houvessem acontecido coisas o suficiente nesses dois episódios, tivemos ótimos diálogos (sempre sendo o forte da série) entre Finch e, a agora aprisionada, Root. O sentimento de "ciúmes" para com a atenção da Machine dá uma dinâmica boa para a relação paternal que eles têm. Mas o que realmente marcou foi a última frase de "Mors Prematura" quando Finch soltou um sonoro "Como você pode ter tanta certeza, Srta Groves, que a Machine não quer que esteja exatamente onde você está?"

1: "Mors Praematura" significa "Morte Prematura" em latim.

2: A luta entre Simmons e Reese foi um presente aos fãs da série.

3: Apesar de audiência estar baixa em relação aos padrões que a série mantinha, a renovação é bem provável.

4: O The Coronet Hotel, onde Natalie fica hospedada, é o mesmo hotel em que Mira Dobrica, a POI de "Book Solid" (02x15), trabalha.