CONTÉM SPOILERS!
Confesso que essa foi uma das reviews mais difíceis que eu tive que escrever sobre "Glee". Ainda não consegui formular todos os meus pensamentos e devo pisar em ovos. Shippers foram feitos e desfeitos, além de uma trama esquisita e que trará muito pano para a manga. Será que Ryan Murphy sabe o que está fazendo?
Primeiramente devo deixar claro que o núcleo de New York é o que mais me decepciona. Comecei a temporada adorando esses novos ares, mas acabo sempre me interessando mais pelo pessoal de Lima. "Glee" tinha a faca e o queijo na mão, mas optou por repetir suas tramas, seja na Big Apple ou nos corredores do McKinley. A "novaiorquisse" subiu à cabeça de Rachel Berry que agora vê tudo o que não é popular como um desperdício. A moça se encantou tanto por Brody que, além de chamá-lo para se mudar com ela, ainda deixou Kurt sozinho na sua primeira semana de NYADA. Felizmente o rapaz encontrou suas origens em um clube do coral chamado "The Adam's Apples". Lá, Kurt encontrou Adam, um futuro pretendente britânico que, de cara, retirou suspirou de nosso Mr. Hummel. Não sei, sempre achei a relação de Kurt e Blaine muito montada. Olhávamos para os dois e tínhamos a sensação de estarmos vendo um casal de vinte anos de casados. Tudo bem, Klaine sempre será Klaine, mesmo para mim que não torço pelos dois, mas Adam, logo na sua aparição, trouxe novos ares ao rapaz. Tirando o novo romance, o "The Adam's Apple" não é bem visto por Rachel. Kurt logo notou a mudança repentina no comportamento da amiga, o que também começou a me irritar. Rachel sempre foi a controladora mas focada nos seus sonhos, oriundos de horas e horas em um clube que lhe proporcionou tudo. Será que Rachel se tornará tão mesquinha assim ao ponto de se encaixar em um dos clubes populares citados por Kurt logo no início do episódio?
Mas o nosso querido Glee Club fez uma ótima semana. Tudo bem, foi bem aleatória, trazendo Lauren Zizes das trevas, mas tudo funcionou dentro dos padrões Glee. Pudemos ver mais de Tina, uma personagem que eu adoro mas é sempre ofuscada. Ela logo teve a ideia de fazer um baile à la Sadie Hawkins para agitar todo o colégio, que funciona assim: para sair dos padrões, as meninas tomam as atitudes e ficam ao encargo de chamarem os meninos aos baile. Acho sensacional. Porém, Tina logo recebeu os sinais errados e se declarou ao Blaine, chamando-o para o baile e sendo humilhada na frente de todo o New Directions. A moça logo tentou se redimir, e acabou descobrindo que Blaine tem uma queda por Sam. Assim, os dois vão ao baile como amigos e acabam se divertindo por igual, mesmo tendo um quase beijo interrompido pelo menino Evans. A princípio, rejeitei a ideia de ver esses novos casais se formando, principalmente Blatina e Blam, mas acho que isso poderá se reverter em algo sadio para a trama, desde que nosso titio Ryan Murphy consiga expressar o que quer de maneira correta, o que eu acho difícil de acontecer.
Mas o que me chama mais a atenção é Finn. A postura "Mr. Schue" que ele tomou é ótima, mas a sua falta de atitude continua a mesma. Acho muito interessante essa relação que o personagem quer ter com o clube Glee, mas ele nunca consegue se expressar. Acho que o personagem não funciona na atual trama, mas o esforço é grande, tanto que acaba me agradando no fim das contas. Quem não achou divertidíssimo ver Tina cantando para o New Directions no vestiário masculino?
Ainda no episódio vimos Ryder deixado de lado e sendo chamado por uma cheerleader aleatória para o baile, uma vez que Marley optou por chamar Jake ao baile. Jake ficou meio assim, já que Kitty fez a sua bitchness habitual e acabou confundindo a cabeça do rapaz. Mas, por sorte, tivemos Puck no episódio que conseguiu reverter toda a situação e acabou caindo nas graças de Kitty. Eu confesso não gostar da personagem, mas vendo-a com Puck me fez lembrar um pouco de Quick, um dos shippers que eu mais gosto da série. Porém, vejo isso como algo negativo, uma vez que Puck, mesmo saindo do colégio, ainda mantém o passado como cadeado. Diferentemente de Brittany que, mesmo tendo reprovado, mostrou atitude ao convidar Sam ao baile. Os Brittanas que me desculpem, mas acho Bram muito legal! Só espero, encarecidamente, que Ryan Murphy não tire o Sam do armário e faço-o ficar com o Blaine, pois aí teríamos sérios problemas...
"Sadie Hawkins" foi isso, uma salada atrativa. Não trouxe muito para a trama, mas não deixou muito a desejar. Talvez o que venha a ser algo interessante é a história dos Warblers que usaram de artifícios para burlar as seletivas, o que logo foi confirmado por um rouxinol amigo de Blaine. É claro que o New Directions não seria tão prejudicado em tudo, mas logo logo veremos nosso clube do coral favorito ganhando o que merece.
P.S.: A review não foi a das melhores, mas acredito que esse episódio só veio para nos perturbar. Conclusões serão tomadas juntamente com o resto dessa história rs.
P.S.²: Não comentei sobre as músicas pois acho que elas não influenciaram muito na trama, a não ser por "I Don't Know How To Love Him", cantada pela Tina, que ilustrou todo o sentimento da moça. Menção honrosa para a apresentação boy band dos garotos cantando "No Scrubs" do TLC e para as meninas com "Locked Out Of Heaven" do Bruno Mars - música que eu não gostei na Glee Version mas com o episódio aprende a apreciar.
E vocês, o que acharam do episódio?