REVIEW | Dallas: 3.07 "Like a Bad Penny"

Arregou. 

O problema de uma série é colocar o peso de uma temporada em cima de um personagem sem carisma. O plot da vingança de Elena tinha tudo para funcionar, principalmente após o baque da morte de J.R., mas já estamos chegando ao fim da primeira parte da temporada e as promessas da moça ainda não se cumpriram. Muitos pensam que Elena configura o polo de vilã da ação, mas quando na verdade ela é a única mocinha da história, e sabemos que os mocinhos não são bem quistos em "Dallas".

Elena não tem o chamariz necessário para carregar um arco em suas costas, tanto que Nicholas vem se demonstrando muito mais interessante que ela. Toda a situação do vídeo relacionado a John Ross e Emma era a faca que falta para o seu queijo, mas ela não conseguiu cortar. Essa dinâmica prova a falta de iniciativa de Elena e como isso não funcionará para a personagem.

Agora com a volta de Drew, tudo parece se encaixar, afinal, ele é irmão da personagem e é o único alheio que sabe da sua relação verdadeira com Nicholas, podendo colocar a situação em risco. É interessante a volta de Drew pois consegue colocar Christopher de volta ao jogo. Contudo, Christopher é outro que só bate cartão na série pois não possui importância. A sua determinação em relação ao passado de Nicholas o colocou em certo destaque, mas não fluiu. A carga horária do personagem, agora, só se resume ao fato dele querer estabelecer uma família com Heather que se encontra em um triângulo amoroso bem insosso.

A temporada consegue se destacar pelos demais personagens. John Ross mais uma vez rouba a ação ao passar de amado para odiado em questão de segundos. A intenção do personagem nunca é das melhores, principalmente para com Pamela, que vem sendo o reboot do que Sue Ellen foi na primeira versão da série. Todavia, essa relação, pelo meu ponto de vista, pode funcionar. Emma pode ter sido essencial para o personagem, mas não passa de uma diversão.

Pamela está presa em sua própria concha mas provou ser o par perfeito para o marido no momento em que John Ross se arrisca e dá tudo de si em um jogo de pôquer para mostrar que os vencedores não têm medo de perder. As questões empresariais em "Dallas" vem sendo um trunfo, pois ganharam certo destaque. Aqui, Pamela volta ao holofote ao receber o vídeo de Nicholas, e só nos falta saber no que isso resultará.

A questão de John Ross com a secretária/prostitua gerou um buzz para Emma, o que eu achei bem feito, Mas o bom de tudo isso é que fechou o cerco para Ryland que se vê numa escassez de atributos para destruir o herdeiro de J.R. Mas Ryland não é o único que quer colocar John Ross na berlinda. Toda a esfera envolvendo ele, Bobby e Sue Ellen vem sendo bem interessante para mostrar que os problemas alheios não se comparam com os problemas de casa, o que é bem legal. Sue Ellen, que foi corna mansa a vida inteira, quer se redimir agora através da água que passarinho não bebe, e não vejo necessidade disso. John Ross é grande, bem como Pamela, e agora ela querer envolver situações empresariais em tudo isso? Ao meu ver, John Ross esta certo, e Bobby é muito quadrado para tentar se desafiar, e sabemos que Bobby nunca sai ganhando.

"Dallas" consegue estabelecer um quadro bem dinâmico para o próximo episódio que encerrará a primeira parte da temporada. Para quem reclamava das intenções da temporada, tem a possibilidade de se preparar para o que vem a seguir, que promete ser algo bem "Dallas.