O futuro vazio dos heróis que conhecemos.
CONTÉM SPOILERS!
Em sua penúltima semana, Heroes Reborn nos apresenta mais um episódio que visou encaixar as peças do quebra-cabeças mitológico do universo criado por Tim Kring. Pertinho da series finale, a série nos empurrou goela abaixo uma sequência de minutos que não acrescentaram em nada no termo final do show, apenas controverteram diversos aspectos que foram transmitidos até aqui. É, parece que o roteiro não aprendeu nada com a série mãe...
Poucos acontecimentos essenciais rechearam "Company Woman". Posso parecer rígido demais - e talvez esteja sendo - e um pouco ingrato, pois é notável a tentativa de melhora na storyline, porém, a série acabou se perdendo ao cometer os mesmos erros de Heroes, qual seja, querer ser demais. Tal feito é incontroverso na esfera de Erica, personagem esta que foi humanizada no episódio em questão. Não que isso seja ruim, mas é um ponto extremamente irrelevante para uma série que sempre visou colocar o bem contra o mal.
Na série pretérita, tínhamos Sylar que exercia tal feito, e que acabou se tornando um dos mocinhos da história. Não que eu não acredite em redenção, mas a mitologia de Heroes Reborn não combina com tais circunstâncias. Temos uma história repleta de idas e vindas, e tentar simpatizar a verdadeira anarquista nos momentos finais é um golpe baixo, extremamente sem criatividade e que retira toda a essência que foi transmitida em doze episódios. Erica era uma personagem interessante, e perceber que as motivações dela foram por puro e simples rancor, não é nada inovador.
A ligação de Erica com os Renautas, bem como a necessidade de incluir Tommy no brave new world é um dos fatos que foram bem desenvolvidos, não posso negar, tanto que o personagem cresceu nos últimos instantes e se tornou essencial para fazer o transporte dos escolhidos ao futuro. É uma história bem interessante e que poderia ser mais elaborada, ou unida.
Uma coisa que me chamou atenção no episódio foi a busca de Malina pelo irmão (como não se emocionar com a menina vendo a foto de Claire?), que remeteu à primeira temporada de Heroes, não posso mentir. Contudo, Heroes tinha um futuro, enquanto Heroes Reborn é uma série limitada. Esse é o problema primordial: tínhamos um universo totalmente novo para explorar, baseado em situações antigas, que demorou para funcionar. É claro que iria para o buraco cedo ou tarde.
Além disso, tivemos situações que demoraram para engrenar, feito este que restou claro nos dois episódios que não desenvolveram muito a essência, e sim os personagens. Isso é claro com Luke, por exemplo, que reverteu seu mundo em cento e oitenta graus em meros instantes. Tudo bem, sua motivação foi explicada, mas um pouco má desenvolvida. O mesmo acontece com sua esposa que prometeu tanto e não cumpriu nada. Diferente deles, tivemos Carlos que seguiu em uma crescente, vindo a se tornar importante somente agora.
O resgate dos elementos da série que conhecíamos foi a situação que favoreceu Heroes Reborn. Desde Hiro, passando por Angela e chegando, finalmente em Matt. Este foi a maior decepção - como sempre - e que, finalmente, acabou sofrendo as consequências de sua própria vaidade. Nada mais justo controlar alguém controlador, não é mesmo?
Assim, a série nos prepara para seu ato final de maneira arrastada, infelizmente. Toda a ideia e nostalgia começou a despedaçar, e eis que chegaremos no décimo terceiro episódio pedindo por ar. Uma pena ver que, a série que pediu por redenção, não conseguiu. Assim, eu, Eduardo, me despeço de vocês e das reviews, e fiquem semana que vem com a Talitha que encerrará os trabalhos de Heroes Reborn aqui no blog. Obrigado.
E vocês, o que acharam do episódio?