Hoje fazem dez anos que estreou o piloto de "The O.C.". Admito que fiquei chocada pelo tempo. Dez anos atrás, milhares de pessoas se apaixonaram pela série criada por Josh Schwartz que retratava a vida de um grupo de adolescentes morando em Newport Beach, California. "The O.C." foi exibida pela FOX, teve duração de quatro temporadas e deixou um legado imenso de fãs espalhados pelo mundo. O The Series Factor trará esse especial de quatro semanas, comentando sobre as temporadas vividas em Orange County. Preparem o coração, a nostalgia será imensa! Mas
cuidado: Este post
contém muitos spoilers!–
Por Aline Thiel.Dizer que é difícil tentar descrever meu sentimento por essa série, é um absurdo, porque na verdade é completamente impossível transcrever. Falar da série que me iniciou do mundo de seriadora e foi minha primeira grande paixão, vai me fazer soar piegas, pra dizer o mínimo.
A primeira temporada é disparada a melhor de todas, o que é triste se formos analisar. Com um dos pilotos mais cativantes que já vi, e uma sequência impecável de episódios, o primeiro ano de "The O.C." foi um marco na televisão americana. Com um gênero que tinha praticamente desaparecido, "The O.C." nos trouxe um drama bem construído, com pegadas de comédia e ineditamente focado em garotos, ao contrario das séries teensque tinham sempre o foco voltado para o elenco feminino. A temporada contou com 27 episódios e teve em média 9,7 milhões de telespectadores.
Decidi rever a temporada antes do especial, confesso que não a terminei, mas foi impossível não se emocionar. Tinha prometido pra mim mesma não fazer novas maratonas, mas ao rever o piloto decidi que a série merecia ser, mais uma vez, re-assistida. Vou comentar sobre a
soundtrack impecável da série mais para o fim, mas pra quem quiser entrar no clima,
aqui segue um link com as músicas da temporada.
A premissa da série é contar a história de Ryan e os Cohen. Ryan Atwood, o menino pobre vindo de Chino, cercado de violência e uma família problemática, é adotado pelos Cohens, a família extremamente rica e certinha, “modelo”, de Newport Beach. Ryan tem 16 anos, difícil acreditar já que a aparência de Benjamin claramente grita ter passado dos 20. Por influência de seu irmão Trey, está metido com o roubo de um carro, é preso, e o Estado designa Sandy Cohen como seu advogado. Sandy, muito tocado com a situação toda do menino, o leva pra casa, supostamente pelo fim de semana, para o horror de sua esposa Kirsten. Lá conhecemos também Seth Cohen, filho único, nerd, sem amigos, absurdamente hilário, que fica feliz com a chegada de Ryan. A amizade dos dois nasce no primeiro segundo de contato entre eles, e apesar da clara disparidade entre um e outro, vemos ao longo da série como os dois se completam.
“Marissa: Who are you?
Ryan: Whoever you want me to be”
Ryan acaba morando na “casa de piscina” da Mansão Cohen e mesmo ciente de sua situação temporária, vemos que ele é completamente atraído para um mundo completamente oposto do que sempre conheceu. Claro que grande parte da atração se dá graças a the girl next door, Marissa Cooper. Marissa e os Cooper são vizinhos dos Cohen, e logo descobrimos quão realmente entrelaçadas suas vidas são, tendo em vista que Jimmy Cooper foi apaixonado por Kirsten a vida toda. Julie Cooper, péssima mãe, falsa e a rainha das bitches nutre um ressentimento enorme com relação aos Cohen, e um ódio desmedido por Ryan. Marissa tem uma irmãzinha, Kaitlin, que só terá alguma importância a partir do momento que for interpretada por Willa Holland.
Conhecemos ainda no piloto, Luke o namorado imbecil e playboy de Marissa e Summer Roberts melhor amiga da moça e amor da vida de Seth. Assim como Brooke, em "One Tree Hill", Summer era pra ser apenas temporária e figurante, e ainda comparando a Brooke, ela devia ser uma vadia fútil, mas me ganhou, e a milhares de outros, logo de início, fazendo com que suas três falas no piloto evoluíssem, para a melhor personagem feminina da série.
A temporada apesar de servir para apresentar a série, conta com plots bem dramáticos e inesquecíveis, que moldaram toda a trama. Como as brigas infinitas entre Luke e Ryan que acabaram por incendiar a casa modelo, a overdose de Marissa em Tijuana, as datas inventadas de Seth - Chrismukkah -, o psicótico Oliver, a putaria desmedida de Julie ao ter um affair com Luke, o casamento de Julie e Caleb e por fim a aparição e gravidez de Theresa.
Em retrospecto, a 1ª temporada foi a que teve mais plots interessantes, e nem por isso pecou no desenvolvimento de cada um, pelo contrário, cada plot foi iniciado e finalizado com maestria.
A série contou a aparição de diversos convidados ao longo da trama, alguns que foram insignificantes e outros que vieram a se tornar importantes para o desenrolar da história. Paul Wesley, Stefan Salvatore em "
The Vampire Diaries", foi Donnie uma cara barra pesada, que incrivelmente atuou melhor em míseros episódios que seu papel frouxo em sua série atual,
sorry fãs de Stefan. Amanda Righetti, Grace Van Pelt em "
The Mentalist", fez a irmã mais nova de Kirsten, Hailey, gostava muito quando ela aparecia, por ser mais nova sua interação com Seth e Ryan era muito boa. Wilson Bethel, Wade Kinsella em "
Hart of Dixie", fez Brad por um episódio que sou obrigada a comentar, pois ele era um casinho de Summer e em sua série atual, ele e Rachel Bilson também são um casal
(Zade <3). Anna, Oliver e Theresa também foram secundários, porém estes, fizeram diferença em toda a trama da série.
Tendo acabado de se mudar de Pittsburgh, Anna aparece para acrescentar um pouco mais de confiança em Seth. Ela e Seth logo notam o quão parecidos são como sua paixão compartilhada em histórias em quadrinhos e velejar. Anna, percebe o quanto Seth gosta de Summer e começa a dar conselhos sobre como atrair ela, mas fica claro que Anna nutre sentimentos por Seth. De uma hora pra outra Seth que não tinha ninguém, tem duas se declarando pra ele. Isso tudo gerou cenas ótimas, como sempre, já que Seth estava envolvido. Anna acaba sendo a escolhida, mas os sentimentos de Seth por Summer falam mais alto por fim. No fim Anna retorna pra Pittsburgh.
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Oliver Trask era um adolescente rico que morava na cobertura do Hotel Four Seasons e vivia sem supervisão. Ele deixou sua última escola, por causa de uma ordem de restrição graças sua obsessão por uma menina. Ele tentou o suicídio e conheceu Marissa na terapia, ele se apaixona por ela e inventa uma namorada fictícia, para fazê-la se sentir segura com ele. Sua passagem turbulenta na série conta com sua prisão por tentar comprar cocaína, ele finge uma tentativa de suicídio, e ameaça se matar se Marissa não deixar Ryan e ir com ele. Aparição de Oliver durou apenas alguns episódios. No entanto, as ações do personagem tiveram implicações de longo prazo. Os problemas de confiança já existentes entre Ryan e Marissa foram agravados pelas discussões sobre Oliver, o que acarreta na separação dos dois ao fim.
Theresa foi um pouco mais além e apareceu até a 3ª temporada para meu grande desagrado, odiava muito ela. Theresa é uma amiga de infância de Ryan e desenvolveu um relacionamento de vários términos com ele. Theresa trabalha um tempo em Newport, mas inicialmente estava envolvida com Eddie, mas graças a seu comportamento abusivo, rompe com ele. Enquanto isso, Ryan e Marissa se separam graças a Oliver e naturalmente, Ryan e Theresa tem um relacionamento. No fim da temporada ela se encontra grávida e não sabe de quem é o filho. Ryan todo bom-moço parte para Chino com ela ao querer garantir uma família normal para a criança.
“Seth: What are you doing?
Ryan: Studying.
Seth: Dude, I cant take it anymore. Puch somebody for old times sake”
Vale a pena lembrar da parte cômica da série que basicamente se resume a Seth e qualquer pessoa que ele converse. Todo o relacionamento dele e Summer é recheado de pérolas, os jogos de vídeo game com Ryan e pra mim o ponto alto é ele e Sandy, os dois são demais juntos. Os conflitos de Hailey e Julie também são ótimos.
"The O.C." foi uma excelente série e grande parte se deu a sua trilha sonora impecável. Ao rever uns episódios, foi impossível não me emocionar ao escutar as músicas que baixei a tanto tempo atreladas as suas memoráveis cenas. Segue meu Top 5 da temporada, tive que me restringir senão ia ficar gigante:
A música que aparece diversas vezes e se tornou, pelo menos pra mim, mais marcante que a música de abertura, embala a primeira
finale da série em que todos estão partindo. A música sempre ficará marcada pela morte de Marissa mas mesmo assim a versão original é a que merece destaque nessa temporada.
A memorável música de abertura embalou também a chegada de Ryan a O.C. no piloto da série
Também aparece mais de uma vez, mas é a música de fundo da cena em que Ryan encontra e carrega uma Marissa inconsciente em Tijuana
Aparece no décimo sétimo episódio como fundo musical enquanto Seth consola Summer e Ryan observa Marissa e Oliver
Eu prefiro a versão original, mas vale a posição por ser uma música excelente e embalar o nosso fofo casal Seth e Summer, e também o término de Marissa e Ryan
Top episódios:
1.01 "Pilot"
1.11 "The Homecoming"
1.13 "The Best Chrismukkah Ever"
1.19 "The Heartbreak"
1.27 "The Ties That Bind"
Enfim, essa foi nossa primeira parte do especial "The O.C.". Espero que vocês tenham gostado de recordar alguns dos momentos e personagens dessa série sensacional que marcou a minha vida. Semana que vem, aguardem pelo especial da season 2.
P.S: Acompanhem a página de The O.C. no facebook
E vocês, se lembram da season 1? Quais os episódios que marcaram? E as músicas? E as cenas? Aguardamos seus comentários!