Resumão de tudo que aconteceu na incrível segunda temporada de Bron/Broen.CONTÉM SPOILERS!
Já nas primeiras cenas do primeiro episódio dá pra sentir que Bron voltou emocionalmente sobrecarregada. Martin está diferente. Passou-se treze meses desde a morte de August e tanto ele quando Saga estão seguindo em frente.
Saga está tentando minimizar os problemas de suas relações interpessoais através de livros. Ela até arranjou um namorado com quem está vivendo junto, mas tudo é muito difícil pra alguém com Aspergers. Martin se separou e agora vive em uma espécie de flat, longe de seus filhos.
A ponte é, mais uma vez o motivo da reunião dos dois. Um navio cargueiro bate em um dos pilares da imensa Ponte de Øresund. A segurança marítima dos dois países, Dinamarca e Suécia, tenta contatar o comandante do navio, mas não obtêm respostas. Depois, quando a política adentra o cargueiro, encontram um navio abandonando com apenas cinco jovens encarcerados, machucados e despidos. Três dinamarqueses e dois suecos. Esse é o começo de um crime muito pesado e dramático, forçando a polícia de Malmo a trabalhar com a polícia de Copenhague. Saga, liderando a investigação vai atrás de Martin, marcado pela morte do filho.
O crime dessa vez é uma tentativa de criação de uma epidemia de peste pneumônica. Um grupo de quatro pessoas posta vídeos na internet, usando máscaras de animais, apontando problemas que não afetam a estável vida dos escandinavos. Frases de imposição como "The World is bigger than us", "O mundo é maior que nós", com ênfase no NÓS, são jogadas na tela.
Além disso, como na temporada passada, pessoas aleatórias são focadas e suas vidas são mostradas. Pessoas aparentemente normais, sem nenhuma ligação com o crime ou com os detetives. Aí começam a surgir teorias que possam linkar essas pessoas ao que está acontecendo.
Os criminosos em questão são um grupo extremista de ecoterroristas que planejam alertar a população quanto à destruição em massa do meio ambiente, os perigos da indústria farmacêutica e as injustiças sociais nos países subdesenvolvidos.
Mais uma vez, existem momentos em que nos identificamos com os detetives e também com os criminosos, afinal de contas, eles tem uma boa argumentação. Dessa vez, o sigilo dos criminosos quanto á audiência não existe. Conhecemos os criminosos e até a família de um deles.
O grupo tem alguns conflitos de opiniões. Temos a organizadora de tudo, o sádico, o amedrontado e o pensante.
"319 pessoas morreram de Peste Pneumônica na Angola. Empresas farmacêuticas queimaram remédios piratas uma semana antes. 319 mortos por ganância. Quantos morreram aqui? O mundo é maior que nós."
Aí se inicia um grande quebra cabeça. Então se descobre que os quatro ecoterroristas são apenas peões, facilmente descartáveis nesse jogo.
Episódio após episódio percebe-se que a polícia tem dificuldades em encontrar a fonte de tudo. Os mandantes desses ataques estão longe de serem apresentados.
No meio de tudo isso, como na temporada passada, personagens aparentemente aleatórios são colocados em cena. No decorrer dos episódios, as conexões com todos eles são claramente estabelecidas.
Os ativistas voltam à internet no episódio cinco, protestando contra os testes de laboratório em animais. Além disso, embarcam no ataque de um poço de petróleo e distribuem comida envenenada. Tudo para chamar atenção aos problemas eco financeiros que o mundo está sofrendo. Os quatro ecoterroristas depois aparecem mortos num cargueiro logo após os ataques, mostrando que tudo vai muito além de alienação de psicopatas.
Mas é só no sexto episódio, que as tramas soltas começam a ser laceadas. Martin e Saga tem um momento emocionante na ponte, onde até um abraço acontece. Toda a vulnerabilidade de Saga é exposta quando Martin fala do suicídio de sua irmã.
Indo de fato aos acontecimentos, é necessário introduzir Laura. Laura é uma adolescente chegando à idade adulta que manteve um relacionamento amoroso com uma de suas professoras. Seu pai descobriu e achou o comportamento inapropriado e antiprofissional para ambas. Em revolta à proibição do pai, Laura acaba saindo de casa, largando o colegial e indo trabalhar de secretária numa empresa de TI. Seu chefe, sabendo da situação da garota, tenta não envolvê-la em seus negócios ilegais. A garota acaba mesmo assim entrando nos problemas do chefe. Ela acaba testemunhando o assassinato do chefe, mas leva um tiro. É socorrida pela polícia minutos depois, mas de começo não se lembra do rosto do assassino.
Alguns dias depois, quando Laura faz um retrato falado do assassino, a polícia consegue progredir na investigação dos ecoterroristas. A polícia o identifica como Oliver, irmão de Victoria.
A palestrante principal da Conferência anual da União Europeia sobre mudanças climáticas é assassinada por envenenamento, o que leva Caroline, a organizadora do evento, a substituí-la por Victoria Nordgren, CEO da Medisonus, a maior companhia farmacêutica da Europa.
Caroline é uma das outras personagens cuja trama é mostrada desde o começo da temporada. Ela está com problemas no casamento. Sua irmã, Bodil, arranja pra ela um gigolô chamado Claudio como presente de aniversário. Caroline até tenta, mas não consegue seguir em frente com Claudio.
Enquanto isso, Oliver contrata Bodil para escrever a biografia de sua irmã, Victoria, que está com câncer terminal e tem menos de seis meses de vida.
Entretanto, durante a recuperação de um barco afundado, sete corpos são encontrados dentro. O proprietário do barco é Marcus Stenberg, a mesma pessoa que era dono do cargueiro. A investigação descobre as identidades dos mortos e descobre que alguns deles já tinham sido voluntários em estudos médicos realizados pela Medisonus.
Novos ataques ocorrem; Claudio é encontrado envenenado em um parque de Copenhague e a peste pneumônica é liberada em um avião de passageiros em Copenhague. Saga e Martin questionam Gertrud Kofoed, a esposa de Oliver e o cientista-chefe da Medisonus. O chefe de segurança da empresa diz que uma possível espionagem industrial ganhou o acesso aos arquivos da empresa.
Bodil e Victoria se reúnem para discutir o conteúdo da biografia. Oliver, que mora na casa ao lado de sua irmã e tem câmeras instaladas secretamente em sua casa, assiste as duas fazendo sexo.
Quando Victoria pede a Oliver para se manter fora de sua vida, ele confessa que ele é responsável pelos atos de ecoterrorismo. Ele confessa à Victoria que pediu a sua biografia para torná-la uma heroína europeia. Quando ele tenta matá-la, Gertrud chega para salvar Victoria e mata Oliver. A polícia supõe que Oliver agiu sozinho como o líder da conspiração, mas Saga então descobre uma prova de que deve haver pelo menos mais um cúmplice.
Um patologista mostra que dois dos corpos contem um vírus mortal; Saga e Martin suspeitam que Gertrud desenvolveu o vírus e infectou Victoria com a intenção de espalhar o vírus na conferência da UE. As tentativas de chegar a uma contenção do vírus levam Victoria e Pernille, uma policial, à morte.
Gertrud dirige a um armazém isolado, onde ela grava um vídeo confessando suas ações, mas é executada por alguém desconhecido para o fracasso de seu enredo.
Com o caso solucionado e com Mette colocando um fim em seu casamento, Martin se vê novamente sem rumo e em uma última visita a Jens, o assassino de seu filho August, na cadeia, ele envenena o criminoso secretamente.
Vendo o estado de Martin e ouvindo sobre o suposto “suicídio” de Jens, Saga investiga o amigo e descobre sobre o envenenamento.
A temporada acaba com uma cena difícil de assistir, quando Saga entrega Martin para a polícia.
P.S.: O roteirista de Bron/Broen já começou a escrever a terceira temporada, que mesmo ainda não tendo sido confirmada pela NRK e pela SVT1, já é esperada pra fall season de 2015.
O que acharam dessa segunda temporada?